POEMA

A CADA UM CHEGA UM POUCO...


A cada um chega um pouco
do que para todos chega.
Quem o quer diz-se que é louco.
Mas por que é que se lho nega?
É porque a verdade assusta
que a mentira persuade.
A unidade mais justa
nasce da variedade.
Querer só não é querer.
Não há querer sem acção.
O próprio pão, para o ser,
primeiro rebenta o chão.


Armindo Rodrigues

4 comentários:

Maria disse...

Tão claramente verdadeiro, este poema...
'o próprio pão, para o ser,
primeiro rebenta no chão.'
É lindo!

Um beijo grande.

samuel disse...

Sejamos pois o pão...

Abraço.

Bolota disse...

Primeiro rebenta o chão.
A vida ao germinar
Duma semente, dum grão
Outro ser a palpitar

Porque estamos na consuada...
A todos Festas Felizes
Pro Bolota rabanadas
As prendas são pros Petizes.


Abraços

Graciete Rietsch disse...

Comentário para quê? O poema fala por si.

Um beijo.