(resposta ao comentario publicado na foto malteses ao sul(ll)- para quem não sabe e queira saber!)
Meu querido amigo, meu camarada, meu irmão de sangue e de sentir... caminho como sempre caminhámos. lado a lado, no mesmo pó, na mesma luta, com o mesmo sangue igual que nos corre nas veias de nos amarmos muito, no sangue de pais diferentes que na nossa amizade tornou igual. A mesma sede, a mesma fúria, o mesmo sonho.
Meu querido amigo, meu camarada, meu irmão de sangue e de sentir... caminho como sempre caminhámos. lado a lado, no mesmo pó, na mesma luta, com o mesmo sangue igual que nos corre nas veias de nos amarmos muito, no sangue de pais diferentes que na nossa amizade tornou igual. A mesma sede, a mesma fúria, o mesmo sonho.
Recordo agora essa noite que me falaste e que não esqueço tamanha alegria me assaltou o coração de maltês que dizes e só um amigo grande grande grande sabe descodificar. Di19 de MAIO. Onze e tal da noite e dois tiros me assaltaram o coração. Um de ferro e doloroso, trazido na memória de Catarina Eufêmia morta, fazia 52 anos nesse dia. e logo outro, fazendo aligeirar este, em sua homenagem, e este filho do mundo dos homens decide que no dia seguinte iria formalizar o que há muito sentia mas naquele momento se obrigava. Nesse dia ricardo, nesse dia, outro dos dias muito bonitos que vivi contigo camarada, nesse dia senti o sangue mais quente e uma alegria inexplicavel invadir-me o peito. Não era do tinto que esse, fora das refeições, só contigo e em tua, em nossa homenagem. Não era nenhum amor que o meu estava em agonia...(e fazia anos nesse dia, minha pequena patricia, como te choro ainda na nossa impossibilidade!) Era sangue camarada. era a minha essência trepando as pernas e o peito, cerrando-me o punho na razão imemorial deste sonho tão antigo e que agora sei - sempre soubemos!- e quero como meu, como teu, como nosso, CAMARADA. Nesse dia 19 tornei-me militante do Partido Comunista Português. E ao meu encontro vieram gerações inteiras de gente no mesmo sonho. A explodir de alegria, grávido de terra, liguei a dois amigos maiores que o mundo. A ti meu irmão, que foste o primeiro. Logo depois ao amigo que nos ensinou aos dois o «tabaco na mesa» e o caminho das aves... E ninguém consegue imaginar a alegria que me corria (e corre ainda hoje, e corre!) nas veias! entrei na Casa Grande e a planicie ardeu no Cante do Grândola Vila Morena que cantei com o Lota, meu mestre de cantigas, nosso camarada, que no outro dia procurei para lhe dar a noticia. Nove da manhã, quase sem dormir de tanta euforia na minha descoberta simples, e estava à porta da sede do PCP em Aljustrel, onde em teu nome, em meu nome, em nome de todos os operários e sonhadores do mundo, em nome de todos os que querem e lutam pelo fim da exploração do homem pelo homem, assinei a ficha de militante do Partido, causa que sempre abracei mas que agora tomo de forma organizada, neste Partido de operários e Homens bons.
Camarada, irmão: sinto a tua falta. muito. sempre que rio ou choro, canto ou caminho... vejo-te nas «gentes e nas arestas» porque é inolvidavel a tua companhia na minha solidão. Meu amigo. Meu mano. meu camarada muito amado. sou memória dos dias na tua companhia. Planície fora... buscando no caminho das aves e dos homens o caminho para o nosso sonho... soletrando nas aldeias, nos largos e nas tascas PAREM OS HOMENS! e venham daí os abraços dos seres fraternais. E olhando-te nos olhos camarada, frontalmente ou através da nikomat que o meu pai me confiou e confia, orgulhei-me (e orgulho-me) de ti todos os dias. Porque só tu me soubeste «apontar o sol ao final da tarde e perguntar-me o que espero», só tu meu querido amigo soubeste amar estes malteses que fotografámos e fotografaremos, dizendo-me ao ouvido cantigas do Adriano, através das tuas mãos pequenas como esses meninos que aprendiam a nadar - de propósito, parecia-nos, para a racionalidade dos nossos sonhos! Meu pequeno maltes, meu grande sacana desvairado da merda que nunca mais me visitaste (nem eu a ti, nem eu a ti): Tenho muitas saudades tuas camarada, como rolieiro que nunca mais encontra o ninho abandonado desde a ultima migração.... meu grande canalha, choro a tua falta entre os meus dedos que agora te escrevem e diariamente fotografam gente, ansiosos para que vejas o resultado final, para que juntos partamos à construção de outro livro, de outra memória em viagem. Choro-te no rótulo do nosso tinto alentejano, ali quieto na cozinha, esperando a alegria da tua presença para ser aberto... Terras do trigo. Pois claro! Para ti, para nós, só um vinho com o sabor da nossa amizade, companheiro!
Camarada, irmão: sinto a tua falta. muito. sempre que rio ou choro, canto ou caminho... vejo-te nas «gentes e nas arestas» porque é inolvidavel a tua companhia na minha solidão. Meu amigo. Meu mano. meu camarada muito amado. sou memória dos dias na tua companhia. Planície fora... buscando no caminho das aves e dos homens o caminho para o nosso sonho... soletrando nas aldeias, nos largos e nas tascas PAREM OS HOMENS! e venham daí os abraços dos seres fraternais. E olhando-te nos olhos camarada, frontalmente ou através da nikomat que o meu pai me confiou e confia, orgulhei-me (e orgulho-me) de ti todos os dias. Porque só tu me soubeste «apontar o sol ao final da tarde e perguntar-me o que espero», só tu meu querido amigo soubeste amar estes malteses que fotografámos e fotografaremos, dizendo-me ao ouvido cantigas do Adriano, através das tuas mãos pequenas como esses meninos que aprendiam a nadar - de propósito, parecia-nos, para a racionalidade dos nossos sonhos! Meu pequeno maltes, meu grande sacana desvairado da merda que nunca mais me visitaste (nem eu a ti, nem eu a ti): Tenho muitas saudades tuas camarada, como rolieiro que nunca mais encontra o ninho abandonado desde a ultima migração.... meu grande canalha, choro a tua falta entre os meus dedos que agora te escrevem e diariamente fotografam gente, ansiosos para que vejas o resultado final, para que juntos partamos à construção de outro livro, de outra memória em viagem. Choro-te no rótulo do nosso tinto alentejano, ali quieto na cozinha, esperando a alegria da tua presença para ser aberto... Terras do trigo. Pois claro! Para ti, para nós, só um vinho com o sabor da nossa amizade, companheiro!
3 comentários:
Ricardo, António, meus CAMARADAS, meus COMPANHEIROS desta viagem pelo caminho das aves que é a nossa LUTA, meus convivas desta casa grande da amizade que é o nosso Partido: meus Irmãos: meus AMIGOS.
Dois abraços do tamanho da AMIZADE.
É bonito, mesmo muito bonito, ver como se declaram estes amigos, camaradas, irmãos!
Todos juntos a continuar Abril e com muita AMIZADE VERDADEIRA!
Assim vale até dá gosto pertencer a este partido, ao NOSSO partido, grandioso e cheio de bons amigos!
Beijos a todos os cravos!
Desfolhei com alegria “O Caminho das Aves”, chorei como “No Tempo das Giestas” e enterneci-me com a amizade como “Naquela Noite de Natal”
Camarada António,
Encontraste com os hinos que estão nos belíssimos romances de José Casanova,
Amizade, Fraternidade e Solidariedade.
GR
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