Continuamos a recordar aqui alguns congressos do Partido - neste ano em que se realiza o XVIII Congresso do PCP.
Hoje vamos falar do III Congresso do PCP
Decorreu de 10 a 13 de Novembro de 1943 - num momento em que os exércitos nazis ainda dominavam a Europa e a repressão da ditadura salazarista atingia altos níveis de violência e brutalidade.
As sessões do Congresso realizam-se na vivenda Vila Arriaga, no Monte Estoril-Cascais, com a participação de 17 delegados.
Os Informes ao Congresso - debatidos e aprovados pelos delegados - foram:
«Unidade da Nação Portuguesa na Luta pelo Pão, pela Liberdade e Independência» - Duarte (Álvaro Cunhal);
«O Partido e as Grandes Greves de 1942 e 1943» - Alberto (José Gregório);
«Tarefas de Organização» - Santos (Manuel Guedes);
«A Actividade do Grupelho Provocatório» - Duarte (Álvaro Cunhal);
«Pela Liberdade e pela Democracia, pela Salvação da Jovem Geração da Miséria Económica e Cultural» - Amilcar (Sérgio Vilarigues).
O Partido em 1943:
«Hoje podemos constatar que o nosso Partido se tornou um Partido nacional pela sua organização e pela influência crescente das nossas organizações entre as massas. Hoje, o nosso Partido pode contar já com uma centena de organizações locais e regionais e, nos grandes centros, com umas dezenas de células de empresa».
(In Informe sobre Tarefas de Organização)
Uma orientação decisiva:
«É necessário lançarmo-nos decididamente a uma acção em larga escala para converter os Sindicatos Nacionais, de organismos defensores dos interesses do patronato, em organismos defensores dos interesses da classe operária»
(in Resolução sobre a Questão de Organização)
Em consequência desta orientação, dois anos depois - apesar dos golpes e ameaças dos dirigentes sindicais fascistas - as listas unitárias, construídas pelos militantes comunistas em estreita ligação com os trabalhadores, tinham já conquistado as direcções de dezenas de sindicatos.
O Congresso elegeu o Comité Central, que tinha a seguinte composição: Álvaro Cunhal, José Gregório, Manuel Guedes, Sérgio Vilarigues, Dias Lourenço, Pires Jorge, Alfredo Diniz, Piteira Santos (membros efectivos) e Luís Guedes da Silva (membro suplente).
Por sua vez, o CC elegeu para o seu Secretariado: Álvaro Cunhal, José Gregório e Manuel Guedes.
O III Congresso marcou uma profunda viragem na história do Partido.
A partir de então, o PCP conseguiu garantir a estabilidade e a continuidade do seu trabalho de direcção, o que constituiu uma das fontes principais dos seus êxitos, da sua capacidade e experiência política, da sua actuação e orientação.
Neste Congresso o PCP afirmou o princípio, desde então rigorosamente cumprido, de garantir o máximo respeito pelos métodos democráticos na vida interna do partido.
Hoje vamos falar do III Congresso do PCP
Decorreu de 10 a 13 de Novembro de 1943 - num momento em que os exércitos nazis ainda dominavam a Europa e a repressão da ditadura salazarista atingia altos níveis de violência e brutalidade.
As sessões do Congresso realizam-se na vivenda Vila Arriaga, no Monte Estoril-Cascais, com a participação de 17 delegados.
Os Informes ao Congresso - debatidos e aprovados pelos delegados - foram:
«Unidade da Nação Portuguesa na Luta pelo Pão, pela Liberdade e Independência» - Duarte (Álvaro Cunhal);
«O Partido e as Grandes Greves de 1942 e 1943» - Alberto (José Gregório);
«Tarefas de Organização» - Santos (Manuel Guedes);
«A Actividade do Grupelho Provocatório» - Duarte (Álvaro Cunhal);
«Pela Liberdade e pela Democracia, pela Salvação da Jovem Geração da Miséria Económica e Cultural» - Amilcar (Sérgio Vilarigues).
O Partido em 1943:
«Hoje podemos constatar que o nosso Partido se tornou um Partido nacional pela sua organização e pela influência crescente das nossas organizações entre as massas. Hoje, o nosso Partido pode contar já com uma centena de organizações locais e regionais e, nos grandes centros, com umas dezenas de células de empresa».
(In Informe sobre Tarefas de Organização)
Uma orientação decisiva:
«É necessário lançarmo-nos decididamente a uma acção em larga escala para converter os Sindicatos Nacionais, de organismos defensores dos interesses do patronato, em organismos defensores dos interesses da classe operária»
(in Resolução sobre a Questão de Organização)
Em consequência desta orientação, dois anos depois - apesar dos golpes e ameaças dos dirigentes sindicais fascistas - as listas unitárias, construídas pelos militantes comunistas em estreita ligação com os trabalhadores, tinham já conquistado as direcções de dezenas de sindicatos.
O Congresso elegeu o Comité Central, que tinha a seguinte composição: Álvaro Cunhal, José Gregório, Manuel Guedes, Sérgio Vilarigues, Dias Lourenço, Pires Jorge, Alfredo Diniz, Piteira Santos (membros efectivos) e Luís Guedes da Silva (membro suplente).
Por sua vez, o CC elegeu para o seu Secretariado: Álvaro Cunhal, José Gregório e Manuel Guedes.
O III Congresso marcou uma profunda viragem na história do Partido.
A partir de então, o PCP conseguiu garantir a estabilidade e a continuidade do seu trabalho de direcção, o que constituiu uma das fontes principais dos seus êxitos, da sua capacidade e experiência política, da sua actuação e orientação.
Neste Congresso o PCP afirmou o princípio, desde então rigorosamente cumprido, de garantir o máximo respeito pelos métodos democráticos na vida interna do partido.
1 comentário:
Encontrei um registo que a minha memória não esquece.
http://www.youtube.com/watch?v=C6kuAma7DJE&eurl
GR
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