Nascido em 27 de Outubro de 1892, em Alagoas, Brasil, Graciliano Ramos é um dos maiores escritores da Língua Portuguesa.
Escreveu o seu primeiro romance - Caetés - em 1933. A sua última obra (que não teria tempo de acabar, faltando-lhe o último capítulo) foi Memórias do Cárcere.
Entre estes dois livros, produziu um conjunto de notáveis obras literárias:
S. Bernardo, Angústia, Vidas Secas, Infância, Insónia, Viagem (em que conta a sua visita à União Soviética - passando, de caminho, por Portugal.
Toda a obra de Graciliano Ramos está publicada no nosso País.
Os livros Vidas Secas e Memórias do Cárcere foram adaptados ao cinema por Nelson Pereira dos Santos.
Graciliano Ramos foi preso em 1936 - acusado de participar na «revolta comunista» contra a ditadura fascista de Getúlio Vargas - e libertado um ano depois.
Era militante do Partido Comunista do Brasil, no qual se filiou em 1945, a convite de Luís Carlos Prestes, então secretário-geral do Partido.
Em 1952 é-lhe detectado um cancro no pulmão. Por iniciativa e a expensas do PCB é internado num hospital de Buenos Aires - mas a doença havia progredido rapidamente e não chega sequer a ser operado.
Morre no dia 20 de Março de 1953.
Na altura, Vinícius dedicou-lhe este belo soneto:
MÁSCARA MORTUÁRIA DE GRACILIANO RAMOS
Feito só, sua máscara paterna,
sua máscara tosca de acridoce
feição, sua máscara austerizou-se
numa preclara decisão eterna.
Feito só, feito pó, desencantou-se
nele o íntimo arcanjo, a chama interna
da paixão em que sempre se queimou
seu duro corpo que ora longe inverna.
Feito pó, feito pólen, feito fibra,
feito pedra, feito o que é morto e vibra,
sua máscara enxuta de homem forte
Isto revela em seu silêncio à escuta:
Numa severa afirmação da luta,
uma impassível negação das morte.
Escreveu o seu primeiro romance - Caetés - em 1933. A sua última obra (que não teria tempo de acabar, faltando-lhe o último capítulo) foi Memórias do Cárcere.
Entre estes dois livros, produziu um conjunto de notáveis obras literárias:
S. Bernardo, Angústia, Vidas Secas, Infância, Insónia, Viagem (em que conta a sua visita à União Soviética - passando, de caminho, por Portugal.
Toda a obra de Graciliano Ramos está publicada no nosso País.
Os livros Vidas Secas e Memórias do Cárcere foram adaptados ao cinema por Nelson Pereira dos Santos.
Graciliano Ramos foi preso em 1936 - acusado de participar na «revolta comunista» contra a ditadura fascista de Getúlio Vargas - e libertado um ano depois.
Era militante do Partido Comunista do Brasil, no qual se filiou em 1945, a convite de Luís Carlos Prestes, então secretário-geral do Partido.
Em 1952 é-lhe detectado um cancro no pulmão. Por iniciativa e a expensas do PCB é internado num hospital de Buenos Aires - mas a doença havia progredido rapidamente e não chega sequer a ser operado.
Morre no dia 20 de Março de 1953.
Na altura, Vinícius dedicou-lhe este belo soneto:
MÁSCARA MORTUÁRIA DE GRACILIANO RAMOS
Feito só, sua máscara paterna,
sua máscara tosca de acridoce
feição, sua máscara austerizou-se
numa preclara decisão eterna.
Feito só, feito pó, desencantou-se
nele o íntimo arcanjo, a chama interna
da paixão em que sempre se queimou
seu duro corpo que ora longe inverna.
Feito pó, feito pólen, feito fibra,
feito pedra, feito o que é morto e vibra,
sua máscara enxuta de homem forte
Isto revela em seu silêncio à escuta:
Numa severa afirmação da luta,
uma impassível negação das morte.
4 comentários:
Desconhecia o Graciliano. A ver se o descubro...
I&&f: a Caminho editou creio que a obra completa de Graciliano.
“Memórias do Cárcere” o testemunho da dura realidade de quem viveu numa prisão política. Foi torturado, privado da família, trabalho, conviveu em prisões sujas, passou fome. Um livro duríssimo, contudo, não deixa de pensar na fuga, no que poderá fazer cá fora. Ao longo da narrativa, o próprio Graciliano não sabia a força que o movia, vai aprendendo que o poder da liberdade, torna as pessoas diferentes, mais solidárias e combativas.
Apesar de ser um livro amargo é um livro cheio de esperança.
Não conhecia o soneto de Vinícios,é lindo.
GR
gr: cheio daquela esperança que só os comunistas têm...
Um beijo amigo.
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