Isabel Pires de Lima (IPL) deu entrevista ao DN.
Ao que parece, fê-lo em três qualidades:
- não-militante mas apoiante indefectível do PS;
- ex-ministra da Cultura;
- ex-militante do PCP.
Na primeira qualidade:
- apoiou com entusiasmo o comício do PS, hoje, no Porto, sublinhando a indispensabilidade de o PS dar a conhecer ao País os resultados da sua governação. Ou seja: segundo a penetrante análise de IPL, o País, ignorante e ingrato, desconhece as infinitas e incomensuráveis bondades de governação PS; o País, rico e mal agradecido, não quer ver os benefícios todos que essa governação lhe proporciona todos os dias; o País, casmurro e masoquista, insiste em vir para a rua protestar contra a bem-aventurança e exigir mais sacrifícios e mais miséria. Por isso, segundo IPL, é necessário que Sócrates obrigue o País a reconhecer e aceitar, grato e feliz, as vantagens da sua benemérita governação - como aquele escuteiro que, obrigado a cumprir a sua boa acção do dia, ajudou a velhinha, arrastando-a, a atravessar a rua que ela, de todo, não queria atravessar;
- rejeitou a comparação, que considerou «muito artificiosa e muito forçada», entre o comício de hoje e a Marcha da Indignação - furtando-se, assim, a estabelecer a única comparação que, nestas circunstâncias, a seriedade e a inteligência permitem: entre o comício organizado pelo PS e a Marcha Liberdade e Democracia organizada pelo PCP.
Na segunda qualidade, IPL disse que nada tinha a dizer - o que só lhe fica bem.
Na qualidade de ex-militante do PCP, à pergunta sobre se «sente o dedo do PCP(...) nas chamadas "manifestações espontâneas" dos professores», respondeu que sim, que sente o dedo... - mas sabe que está a mentir, sabe que o PCP não só nada tem a ver com acções junto às sedes ou iniciativas do PS, como as condena por considerar que elas «visam alimentar um clima de crispação na sociedade e de vitimização do Partido Socialista». Portanto, se IPL sente (ela lá sabe onde) o dedo... que se cuide sobre a mão a que o dito pertence...
Finalmente, nas três qualidades referidas, posta perante a hipótese da existência de uma nova «bipolarização entre o PS e o Governo, por um lado, e o PCP e os sindicatos, por outro lado», IPL tranquilizou-se com a constatação de que «as manifestações sociais» não alteram o facto de «as sondagens continuarem a mostrar o PSD claramente em segundo lugar». Uf!, que alívio!
Ou seja, tranquiliza-a a bipolarização que não o é: a bipolarização a fingir, entre o PS (executor da política de direita quando é governo e fingida oposição a essa política quando não o é) e o PSD (fingida oposição a essa política quando não é governo e executor da mesma política quando o é).
Tranquiliza-a - e deixa-a satisfeita e feliz - sentir o dedo das sondagens...
Conforta-a que as sondagens «continuem a mostrar» que a monumental operação diária de lavagem de cérebros, de manipulação, de mistificação e de mentira, continua a dar os frutos podres de que é feita a democracia dominante.
Ao que parece, fê-lo em três qualidades:
- não-militante mas apoiante indefectível do PS;
- ex-ministra da Cultura;
- ex-militante do PCP.
Na primeira qualidade:
- apoiou com entusiasmo o comício do PS, hoje, no Porto, sublinhando a indispensabilidade de o PS dar a conhecer ao País os resultados da sua governação. Ou seja: segundo a penetrante análise de IPL, o País, ignorante e ingrato, desconhece as infinitas e incomensuráveis bondades de governação PS; o País, rico e mal agradecido, não quer ver os benefícios todos que essa governação lhe proporciona todos os dias; o País, casmurro e masoquista, insiste em vir para a rua protestar contra a bem-aventurança e exigir mais sacrifícios e mais miséria. Por isso, segundo IPL, é necessário que Sócrates obrigue o País a reconhecer e aceitar, grato e feliz, as vantagens da sua benemérita governação - como aquele escuteiro que, obrigado a cumprir a sua boa acção do dia, ajudou a velhinha, arrastando-a, a atravessar a rua que ela, de todo, não queria atravessar;
- rejeitou a comparação, que considerou «muito artificiosa e muito forçada», entre o comício de hoje e a Marcha da Indignação - furtando-se, assim, a estabelecer a única comparação que, nestas circunstâncias, a seriedade e a inteligência permitem: entre o comício organizado pelo PS e a Marcha Liberdade e Democracia organizada pelo PCP.
Na segunda qualidade, IPL disse que nada tinha a dizer - o que só lhe fica bem.
Na qualidade de ex-militante do PCP, à pergunta sobre se «sente o dedo do PCP(...) nas chamadas "manifestações espontâneas" dos professores», respondeu que sim, que sente o dedo... - mas sabe que está a mentir, sabe que o PCP não só nada tem a ver com acções junto às sedes ou iniciativas do PS, como as condena por considerar que elas «visam alimentar um clima de crispação na sociedade e de vitimização do Partido Socialista». Portanto, se IPL sente (ela lá sabe onde) o dedo... que se cuide sobre a mão a que o dito pertence...
Finalmente, nas três qualidades referidas, posta perante a hipótese da existência de uma nova «bipolarização entre o PS e o Governo, por um lado, e o PCP e os sindicatos, por outro lado», IPL tranquilizou-se com a constatação de que «as manifestações sociais» não alteram o facto de «as sondagens continuarem a mostrar o PSD claramente em segundo lugar». Uf!, que alívio!
Ou seja, tranquiliza-a a bipolarização que não o é: a bipolarização a fingir, entre o PS (executor da política de direita quando é governo e fingida oposição a essa política quando não o é) e o PSD (fingida oposição a essa política quando não é governo e executor da mesma política quando o é).
Tranquiliza-a - e deixa-a satisfeita e feliz - sentir o dedo das sondagens...
Conforta-a que as sondagens «continuem a mostrar» que a monumental operação diária de lavagem de cérebros, de manipulação, de mistificação e de mentira, continua a dar os frutos podres de que é feita a democracia dominante.
9 comentários:
Na primeira qualidade, deve estar à espera de um tacho que a compense pelos "serviços" no ministério.
Na segunda qualidade, é natural que não tenha nada para dizer... Iria falar sobre o quê?!
Na terceira qualidade, fica toda a gente avisada de que quando falar com a senhora sobre o PCP deve manter as mãos bem à vista... é que uma acusação de assédio arranja-se num intante...
Finalmente, constatar que a senhora é efectivamente muito moderna. Já está na era das "sensações digitais".
E se fosse ver se a galinha tem ovo?
Como esta "qualidade" de ex-PCP é compensatória!
E há por aí tantos dedos desses...
Abraço grande
Chegui pla mão de um amigo e gosti do que li, vô voltar mais veZes.
samuel: moderníssima, esta senhora, já assim era quando se foi embora...
zambujal: neste caso, compensatória para burra...
joão filipe rodrigues: ó se há!...
xica: esta casa é tua, camarada.
Já tudo se disse. Porém, fico espantada com tanta desvergonha, por parte da dita.
GR
gr: desvergonha é coisa que não lhe falta...
A Isabel Lima está muito pirosa.
antuã: e esse é o menor de todos os males de que padece...
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