O Pacto Ibérico, ou Tratado de Amizade e Não Agressão Luso-Espanhol, foi assinado em 17 Março de 1939 por António de Oliveira Salazar e o embaixador de Espanha, Nicolau Franco. Nos termos do documento, os dois países reconheciam mutuamente as respectivas fronteiras, estabeleciam relações de amizade e comprometiam-se a efectuar consultas diversas entre si, com vista a uma acção concertada. Implicitamente, o que ficava consagrado era uma identidade de interesses e um pacto entre dois regimes essencialmente análogos, o Estado Novo e a ditadura do general Francisco Franco, que estava prestes a emergir da guerra civil.
Curiosamente, as negociações que conduziram à assinatura do tratado tiveram o apoio activo da diplomacia do Reino Unido, que via nesta aliança um vantajoso contraponto, no próprio continente, às tentações expansionistas da Alemanha e da Itália, potências que já marcavam presença forte na Guerra Civil de Espanha.
Os termos da aliança de 1939 foram precisados em Julho do ano seguinte, através de um protocolo que instituía com valor obrigatório certas consultas mútuas entre os Estados ibéricos.
Terá sido em parte devido a estes compromissos com Portugal que a Espanha manteve a sua posição de não-beligerância ao longo da Segunda Guerra Mundial, embora alguns sectores políticos espanhóis se inclinassem para a intervenção no conflito.
In Pacto Ibérico. In Infopédia . Porto Editora, 2003-2008
1 comentário:
Olha que dois!...
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