UM POEMA

Três Quadras

A ninguém faltava o pão,
se este dever se cumprisse:
ganharmos em relação
com o que se produzisse.

Quem trabalha e mata a fome,
não come o pão de ninguém,
mas quem não trabalha e come,
come sempre o pão de alguém.

Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo,
calai-vos que pode o povo
querer um mundo novo a sério.

António Aleixo

3 comentários:

GR disse...

O camarada Sérgio Ribeiro (economista), está na RTP1 Prós e Contras.

Anónimo disse...

E aqui te envio mais duas quadras do Aleixo:

Quem importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão, mesmo vencida,
não deixa de ser Razão?

Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.

Um abraço amigo

Anónimo disse...

Na primeira palavra da primeira quadra, leia-se: Que.