A DEMOCRACIA DELES

DITADURA DO GRANDE CAPITAL


Durante mais de dois meses, milhares de militantes e simpatizantes comunistas debateram a situação económica e social do País.

Neste fim-de-semana, cerca de 1300 militantes do PCP - homens, mulheres, jovens, operários, empregados, camponeses, micro, pequenos e médios empresários, reformados, intelectuais, quadros técnicos - reunidos em Conferência Nacional, fizeram a síntese desse amplo debate: apontaram causas e consequências da situação existente e apresentaram propostas concretas visando a resolução dos problemas económicos e sociais que flagelam os trabalhadores, o povo e o País.

Num regime democrático, com órgãos de comunicação social democráticos - isto é: cumpridores do dever de informar e respeitadores do direito de ser informado - esta teria sido a grande notícia do fim-de-semana.
Não foi: as televisões concederam à Conferência apenas uns breves segundos do seu precioso tempo; os jornais dedicaram-lhe meia dúzia de linhas do seu precioso espaço.

Por duas razões essenciais:
1 - os média privados são propriedade do grande capital;
2 - os média públicos são propriedade do Estado que, por sua vez, é propriedade desse mesmo grande capital.

É por isso, também - isto anda tudo ligado, não é verdade? - que esses média privados e públicos chamam regime democrático à ditadura do grande capital em que vivemos.


3 comentários:

Anónimo disse...

Como ontem prometi,hoje voltei ao Seixal!
E como já sabia, o calor voltou a inundar aquele pavilhão, o sol voltou a aquecer os comunistas e o céu do Seixal resplandeceu novamente!!
E lá dentro aconteceram coisas mágnificas!
A camarada Odete Santos fez um discurso lindissímo,de esperança, de força, de carácter, de amor...
Quando acabou,eu tinha os olhos razos de água,de emoção e reconhecimento! Faz-nos tão bem ouvir aquele humor, aquele amor, aquela perspicácia, aquela poesia em prosa!!
E o Jerónimo de Sousa,com aquele calor e brilho nos olhos que só ele poderia ter,mostrou que lutar depende de nós!
E daquela maneira certeira com rasgos de humor tão caracteristicos, falou-nos do país em que os sucessivos governos PSD/CDS/PS nos obrigam a viver. No país injusto e desigual, onde o fosso entre muito pobres e muito ricos aumenta assustadoramente. Onde a saúde, a educação, a habitação e o trabalho são um luxo e não um direito. E falou-nos de
esperança, de justiça, de futuro, de lutas que se perdem, se não forem travadas, mas que se ganharão (mais cedo ou mais tarde)se tivermos força e vontade!!
Quando se cantou a Internacional e aquele mar de gente se uniu nos mesmos sonhos e ideais,só consegui pensar: "Obrigado camarada Pedro Namora! Obrigado camarada Arlindo Costa! Por fazerem do vosso o meu partido!!"
Até á próxima camarada! Um abraço.

Maçã de Junho disse...

Outro dia um conhecido meu, em conversa de café, dizia: pois, isso dos comunista... Até têm umas ideias porreiras e tal... Mas nunca vão chegar ao poder....
Eu respondi da melhor maneira que sabia, chegando incluvisé a dizer que no fascismo também ninguém acreditava na mudança e a verdade é que ela se deu...
Ontem, o nosso camarada Jerónimo, na sua brilhante intervenção disse uma coisa que nunca vou esquecer: (as palavras não foram estas mas o significado foi) O nosso objectivo não é ganhar eleições, é algo muito maior, é a verdadeira RUPTURA!

A verdade é que durante a preparação da conferência, todos já tínhamos ouvido isso, mas o contexto de um pavilhão cheio faz-nos ver as coisas com outra perspectiva...

E fiquei a pensar: tenho tanto a aprender.....

Maçã de Junho

Fernando Samuel disse...

beta: o discurso do Jerónimo foi lindo, por razões várias, mas essencialmente porque nos falou do futuro.

macã de junho: esse foi, a meu ver, o momento mais impressivo do discurso. Porque é bom termos sempre presente que as eleições são, apenas, uma das muitas formas de luta a que recorremos - sendo a luta de massas a mais importante, a decisiva.