"Para que os nossos filhos não mendiguem de joelhos na Pátria que os seus pais ganharam de pé." (Parte I)

1. El Bloqueo (parte I)


Falar de Cuba é delicado e complicado. Talvez o melhor seja começar pelo bloqueio imposto, “oficialmente”, pelos Estados Unidos da América (EUA) em 1962. Qual o motivo do embargo e a sua justificação legal? Antes da Revolução de 1959 toda a produção cubana era repatriada para o país colonizador (os EUA) e não utilizada para visível evolução das terrificantes condições sociais a que os cubanos estavam submetidos. A Revolução- de teor anti- imperialista – cessou a submissão cubana aos EUA. A aliança de Cuba com a União Soviética e os mísseis instalados na ilha (pela União Soviética) para defesa de possível invasão ianque originou o bloqueio imposto pelos EUA e de cumprimento obrigatório para todos os países do mundo (ou pelo menos para aqueles que não querem arranjar problemas com a primeira potência militar). Não obstante, seria só a aliança de Cuba com a União Soviética que preocupava os EUA? O fim da URSS veio confirmar aquilo que se esperava: o embargo não foi levantado, como ainda- pasmem-se! - foi reforçado em Outubro de 1992 pela lei “Torricelli ”, que pretendia travar a expansão de novos motores da economia cubana, afectando as entradas de capitais e de mercadorias. Como se não bastasse, o bloqueio foi ainda mais longe, ao ser fortalecido em Março de 1996 pela lei “Helms-Burton”.

Este cerco fascista levantado contra Cuba “penaliza as actividades da banca, as finanças, os seguros, o petróleo, os produtos químicos, a construção, as infra- estruturas, os transportes, os estaleiros, a agricultura e a pesca, a electrónica e a informática, bem como os sectores de exportação: açúcar, tabaco, níquel, rum…” (Remy Herrera) Os danos económicos do embargo, desde a sua instauração, estão avaliados em 70 mil milhões de dólares.

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