TODOS OS ANOS...
... no dia 17 de Novembro, milhares de gregos manifestam-se na capital do seu país, assinalando a passagem de mais um aniversário dos acontecimentos ocorridos nesse mesmo dia, no ano de 1973, na Escola Politécnica de Atenas - onde, então, as forças repressivas fascistas mataram duas dezenas de estudantes e prenderam e feriram muitos outros.
Todos os anos, também, a manifestação termina junto à Embaixada norte-americana. Por razões óbvias: como se sabe, foram os EUA e o seu braço terrorista chamado NATO, que organizaram e planearam o golpe militar que - concretizado em 21 de Abril de 1967 por um grupo de coronéis assumidamente ao serviço do dono - instaurou na Grécia uma das mais bárbaras e cruéis ditaduras fascistas de sempre - que duraria até Julho de 1974.
Na manifestação ontem realizada, os milhares de manifestantes beneficiaram da protecção especial de mais de 8.000 polícias... (onde é que eu já ouvi isto?)
Recordemos, entretanto, que a tortura na Grécia dos coronéis às ordens dos EUA, assumiu graus extremos de crueldade: nas prisões de Bouboulinas, do rochedo de Yaros, de Aghia Paraskevi, de Halikarnassos (prisão para mulheres, com tortura no feminino...), milhares e milhares de resistentes antifascistas foram submetidos às mais brutais torturas - e, em muitos casos, de lá saíram cadáveres.
Recordemos, entretanto, que alguns dos protagonistas directos dessa repressão selvática, não hesitaram em expressar o que lhes ia nas almas:
Recordemos declarações de um dos membros da Junta fascista, o coronel Patakos: ««O governo grego tem o dever de se proteger e de proteger o seu povo contra os inimigos comunistas. Um comunista não é um grego»; «Os presos que se recusam a assinar a declaração de arrependimento e de submissão, só conseguirão saír dos campos em estado de cadáveres a apodrecer».
Recordemos declarações de dois dos principais torcionários:
O chefe dos torturadores, Basil Lambrou: «O governo grego não está sozinho, por detrás dele encontram-se os americanos. Nós somos os americanos».
O mais célebre dos torturadores, o carrasco Kouvas, dirigindo-se a um preso: «Vamos continuar a interrogar-te enquanto nos apetecer. E mesmo que o actual governo caia, continuarás a sofrer enquanto exisitir a NATO».
Recordemos. Para que ninguém possa dizer: «eu não sabia...».
... no dia 17 de Novembro, milhares de gregos manifestam-se na capital do seu país, assinalando a passagem de mais um aniversário dos acontecimentos ocorridos nesse mesmo dia, no ano de 1973, na Escola Politécnica de Atenas - onde, então, as forças repressivas fascistas mataram duas dezenas de estudantes e prenderam e feriram muitos outros.
Todos os anos, também, a manifestação termina junto à Embaixada norte-americana. Por razões óbvias: como se sabe, foram os EUA e o seu braço terrorista chamado NATO, que organizaram e planearam o golpe militar que - concretizado em 21 de Abril de 1967 por um grupo de coronéis assumidamente ao serviço do dono - instaurou na Grécia uma das mais bárbaras e cruéis ditaduras fascistas de sempre - que duraria até Julho de 1974.
Na manifestação ontem realizada, os milhares de manifestantes beneficiaram da protecção especial de mais de 8.000 polícias... (onde é que eu já ouvi isto?)
Recordemos, entretanto, que a tortura na Grécia dos coronéis às ordens dos EUA, assumiu graus extremos de crueldade: nas prisões de Bouboulinas, do rochedo de Yaros, de Aghia Paraskevi, de Halikarnassos (prisão para mulheres, com tortura no feminino...), milhares e milhares de resistentes antifascistas foram submetidos às mais brutais torturas - e, em muitos casos, de lá saíram cadáveres.
Recordemos, entretanto, que alguns dos protagonistas directos dessa repressão selvática, não hesitaram em expressar o que lhes ia nas almas:
Recordemos declarações de um dos membros da Junta fascista, o coronel Patakos: ««O governo grego tem o dever de se proteger e de proteger o seu povo contra os inimigos comunistas. Um comunista não é um grego»; «Os presos que se recusam a assinar a declaração de arrependimento e de submissão, só conseguirão saír dos campos em estado de cadáveres a apodrecer».
Recordemos declarações de dois dos principais torcionários:
O chefe dos torturadores, Basil Lambrou: «O governo grego não está sozinho, por detrás dele encontram-se os americanos. Nós somos os americanos».
O mais célebre dos torturadores, o carrasco Kouvas, dirigindo-se a um preso: «Vamos continuar a interrogar-te enquanto nos apetecer. E mesmo que o actual governo caia, continuarás a sofrer enquanto exisitir a NATO».
Recordemos. Para que ninguém possa dizer: «eu não sabia...».
5 comentários:
Muito importantes estas informações. É possível enviar isto para os nossos contactos de correio electrónico com a indicação de "in Cravo de Abril"?
antuã: claro - com ou sem a indicação de "in Cravo de Abril", «é preciso avisar toda a gente». Abraço.
Durante 7 anos a tragédia grega teve um cúmplice, USA!
Os americanos gostam do sabor do sangue, com o aroma de vil metal (dólares).
Será impensável um novo retrocesso. Contudo, vemos manifestações fascistas por toda a Europa, com a conivência das autoridades. Sábado em Espanha numa manifestação antifascistas, a polícia deteve os que gritavam bem alto “Não ao Fascismo!”, não molestando quem transportava símbolos nazis!
Em Portugal, os neonazis dão entrevistas e exigem direitos!
Com que direito podem desrespeitar a “mutilada” Constituição da República Portuguesa?
É essencial a denúncia de todos os crimes fascistas.
Concordo com o “antuã”, este texto tem que ser lido em todos os blog e enviado por e-mail!
Fascismo Nunca Mais!
A Luta é o Caminho!
GR
gr: um retrocesso de «botas cardadas», não; mas um retrocesso com «pezinhos de lã»... cuidado, eles andam por aí.
Ainda para a memória: Petroulias, era o nome de um jovem estudante grego assassinado pelos torturadores fascistas - foi, também, o título de uma belíssima canção feita por Theodorakis e cantada, na altura, por Maria Farantouri.
Porque a minha ignorância é grande desconhecia a cantora grega, estou a ouvir e conhecer.
Será esta canção?
http://www.youtube.com/watch?v=3qUsH51LKJM
GR
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