SANTA E DA MISERICÓRDIA?

Eis uma história simples, banal, muito comum, com esta ou com configuração semelhante, nos dias que correm:

Catarina Fachadas é trabalhadora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, onde teve, sempre, como avaliações ao seu trabalho um «muito bom».

Sempre... até ao dia em que foi eleita delegada sindical: aí, começaram as perseguições - perseguições «democráticas», obviamente, porque é numa «democracia» que vivemos... - que redobraram quando, tempos depois, foi eleita para a direcção do seu Sindicato: o CESP - CGTP-IN.
A partir daí, passou a ser uma «má trabalhadora»...
Má?:péssima, se faz favor, de tal modo que lhe foi movido um processo disciplinar com a acusação de «maus tratos a crianças».
A acusação era falsa?: falsíssima, mas isso que interessava?: Catarina era dirigente de um sindicato da CGTP- se fosse da UGT outro galo cantaria... - portanto era preciso correr com ela definitivamente e afastar a sua actividade sindical da pia instituição que é a Santa Casa da Misericórdia.

Catarina não se conformou com a injustiça: decidiu lutar pela verdade e pelos seus direitos, que são os direitos de todos os trabalhadores.
O caso foi para tribunal e a decisão chegou há duas semanas, com a absolvição de Catarina das acusações que lhe foram movidas.

De tudo isto, conclui a USL/CGTP - e conclui bem! - que «vale a pena lutar, vale a pena resistir, a luta e a não resignação é o caminho».

Quanto à Santa Casa da Misericórdia... se é assim com esse nome, olha o que seria se não fosse santa nem da misericórdia!!!...

9 comentários:

Justine disse...

Mais um exemplo, entre tantos, de descriminação e perseguição criminosa!

Pata Negra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pata Negra disse...

Quantos são os trabalhadores que não se manifestam nem fazem greve porque têm medo?! Ai se eles vencessem o medo!... O medo passaria para outros e...
Um abraço sindical

samuel disse...

Num país tão democrático... pode lá ser!!!

Olinda disse...

Li no Avante esta notícia(só podia ser no Avante,Claro)e também fiquei indignada.

Maria disse...

Foi uma vitória para a Catarina. Fez-se justiça!
E sim, vale SEMPRE a pena lutar.

Um beijo grande.

Graciete Rietsch disse...

O medo é o grande inimigo da luta, mas a força da nossa razão deve levar-nos ao não conformismo e portanto á luta.
E "venceremos com a força da nossa razão".

Um beijo.

Maria João Brito de Sousa disse...

É quase ridículo - é mesmo... - que a minha luta de hoje se resuma à publicação de um simples comentário... mas, assim está a ser.
Abraço, vermelho como sempre!

José Gonçalves Cravinho disse...

Eu,um simples operário emigrante na Holanda desde 1964 e já velhote
(89 anos),faço votos para que num futuro próximo,um Governo de Esquerda e Socialista se atreva a abolir a Santa Casa da Misericórdia do tempo da Monarquia,assim como a Concordata do tempo da Ditadura clerical-fascista do Estado Novo.Mas eu certamente que já terei tempo de vida para assistir a tal decisão.