POEMA

A COR DA LIBERDADE


Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.

Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.

Trocaram tudo em maldade,
é quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.


Jorge de Sena

4 comentários:

Graciete Rietsch disse...

E chegou a saber!!!!

Um beijo.

Olinda disse...

E contudo,penso que nao chegou a saber a verdadeira cor da liberdade...

Maria disse...

Será que, verdadeiramente, chegou a saber?

Um beijo. Grande.

Mário Pinto disse...

Finalmente viu a cor da liberdade, mas há que varrer, varrer.

Um abraço