REBENTO
Do chão tão injustamente
abandonado, um rebento
de repente rompe, verde e tenro.
Brotou talvez de uma semente, por acaso
trazida na sola de um sapato
de algum trabalhador que por ali passou.
E assim verde e tenro, de repente,
do chão rompido, contra a injustiça
do abandono, este rebento isolado
é uma acusação e uma promessa.
Armindo Rodrigues
5 comentários:
Quando o ideal é forte,sempre renascerá por muito que queiram sufocá-lo.
Um beijo.
Acontecem coisas destas, sobretudo ao amanhar a terra.
Um abraço
É a certeza de um Futuro que há-de chegar!
Um beijo grande.
Um pouco por todo o lado há sementes a germinar.
Magnífico poema!
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