O que a seguir se escreve não constitui qualquer novidade para os visitantes do Cravo de Abril.
Trata-se tão-somente de, recapitulando matéria dada, avivar memórias...
1 - Nesta concreta democracia-burguesa em que vivemos, as «eleições» fazem-se e servem para:
a) - exibir a fachada democrática do regime, fingindo ser o que não é;
b) - garantir a continuidade da política de direita - assegurando sempre a vitória de um dos dois partidos do grande capital;
c)- liquidar eleitoralmente o PCP.
Nos últimos 35 anos, o poder do grande capital tem alcançado os dois primeiros objectivos - e não alcançou, nem alcançará, o terceiro.
2 - Os resultados eleitorais dos partidos da troika nacional não alteram nada de essencial no que respeita à política de direita.
Assim:
Sendo o PSD o vencedor, a política de direita venceu e vai continuar, agora tendo como executante um governo Passos/Portas - e com o PS a fingir de «oposição»;
Se o vencedor tivesse sido o PS, a política de direita teria vencido e iria continuar, nesse caso tendo como executante um governo Sócrates/com quem fosse necessário - com o PSD e o CDS a fingirem de «oposição».
Tudo de acordo com as vontades do grande capital...
«O futuro ministro das Finanças (do Governo Passos/Portas) tem que ser fluente em finanças e fluente em inglês, para poder conversar direitinho nas reuniões internacionais e, em regime capitalista, não se pode dizer mal dos mercados, não se pode dizer mal de quem nos empresta dinheiro».(Belmiro dixit)
... vontades que são ordens que a troika de lacaios cumprirá fielmente.
Também sem pretensões a novidade, mas apenas para avivar memórias:
A LUTA CONTINUA!
11 comentários:
O Belmiro não terá por lá em (na) carteira um "colaborador" que corresponda ao perfil? :-)
Abraço.
Fernando Samuel
No começo das negociações PPD/CDS viu-se os homens que não vivem acima das suas possibilidades (quem vive é o povo que anda nos transportes públicos) a chegarem no PSD em AUDIS4 novos deste ano e no CDS de VOLVOS também novos. Lá apareceu alguém de lambreta mas os FDP dos jornalistas não explicaram porquê. Seria interessante saber porque o piqueno veio de lambreta e não de volvo. Será porque ainda não se abotoou ou será por ser defensor ecológico?
Vitor sarilhos
Sem dúvida, a luta continua.
Um excelente texto. Um abraço
(Jorge)
Não basta ter razão
mas é bom avivar-nos
uns aos outros
Ainda que não seja propriamente novidade, como assinalas, a tua reflexão nem por isso deixa de ser muito importante - e oportuna. Sobretudo, talvez, se pensarmos nos mais "distraídos", naqueles que tiraram bilhete para o circo eleitoral(ista) e que também visitem o "Cravo de Abril"...
Um abraço.
A terceira hipótese nunca se concrstizará.Resistimos ao fascismo e não permitiremos que ele regegesse.
Um beijo.
Os lacaios hão-de devorar-se a si próprios.
Considerar o resultado eleitoral,(crescimento de uma décima,e um deputado) como o fez o CC do PCP um bom resultado,quando as circunstâncias sociais provocadas pela crise económica capitalista, favoreciam um enorme reforço e que sejam os partidos capitalistas mais conservadores a beneficiar e a capitalizar com um enorme crescimento parlamentar, o descontentamento social do proletariado e dos mais pobres,quando estes tinham por detrás de si um "acordo" altamente reaccionário que vai degradar profundamente a já precária e miserável situação de amplas camadas da população,só pode ter uma intenção: Procurar amainar a profunda desilusão que paira na cabeça dos seus militantes e ao mesmo tempo encobrir o oportunismo de direita da sua intervenção politica, que conjuntamente com o BE são os responsáveis por 80% dos votantes entre os quais se encontra 60% do proletariado, pensionistas e outros sectores sociais pobres, a votarem na continuidade desta politica reaccionária que não desmascararam nem mobilizaram contra ela.
Mas para cúmulo das suas decisões estão as promessas, que irão lutar contra as medidas, que uma a uma vão querer impôr, quando o seu passado foi exactamente de passividade e conciliação, permitindo que o Governo Sócrates, aplica-se um conjunto de medidas reaccionárias de austeridade e anti-laborais, com o minimo de protesto social, quando era necessário ampliá-lo e radicalizá-lo contra a ofensiva capitalista e neste sentido reduzir o espaço de manobra não só a Sócrates, como a qualquer possivel Governo que viesse suceder o actual, como era previsivel.
Mas as suas promessas quanto às imposições caiem por terra, quando anunciam em nome dos "supremos interesses nacionais e do desenvolvimento da economia" sendo estes interesses, os interesses da classe dominante, ou seja da classe capitalista, a intenção de propõr imediatamente a "renegociação" da divida soberana à discussão parlamentar, como se esta fosse a prioridade e quando se sabe, que mesmo que esta venha a ser renegociada será sempre paga pelo proletariado e que neste caso coloca em causa a luta e a resistência que se venha a fazer contra as imposições as triades nos querem impôr.
A Chispa!
Ó Chispinha, quanto ao seu segundo parágrafo, explique-me lá o que teria feito, no mandato de Sócrates?
Quando diz que «era necessário ampliá-lo e radicalizá-lo contra a ofensiva capitalista», explique-me lá como?
Não é só criticar e escrever textos, Chispinha... Também é preciso ser concreto e prático.
Vá lá, desenvolva essa teoria, mas sem comunicados parvos, vá lá...
Ó chispas...
E vocês terem essa interpretação dos resultados eleitorais - a ser verdade - deve querer dizer que (para além dos copiosos erros ortográficos que dão) são débeis mentais... politicamente, claro!
O problema desta «Chispa!» é mental. Julga ser muitos ao mesmo tempo. Fala de um programa na primeira pessoa do plural. Envia um comunicado, dizendo que foi discutido por muitos que pertencem à tal «Chispa!». Quanto são, afinal? Resposta: uma pessoa que finge ser várias ao mesmo tempo.
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