UM POEMA
Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.
Imagino Irene entrando no céu:
- Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.
Manuel Bandeira
DIREITOS HUMANOS...
A eleição de Cuba para o Conselho dos Direitos Humanos da ONU é um facto digno de registo. Mais ainda se tivermos em conta que, apesar das habituais pressões e chantagens dos EUA, votaram na candidatura cubana cerca de 70% dos países.
Curiosa e surprendentemente, os EUA não se candidataram!!!!!
Os cinco pontos de exclamação são mais do que justificados, sabendo, como toda a gente sabe, quanto esta matéria é parte maior da poderosa máquina de propaganda do Império, que não se poupa a esforços e fundos para espalhar a ideia de que os EUA são o berço dos direitos humanos.
Perguntar-se-á: então por que é que os EUA não apresentaram a sua candidatura ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU?
A resposta merece, no mínimo, igual número de pontos de exclamação: os EUA não se candidataram porque sabiam que não seriam eleitos!!!!!
Isto porque os direitos humanos que ocupam o cérebrozinho de Bush são outros e bem diferentes.
Se não veja-se: enquanto a ONU elegia Cuba para o seu Conselho dos Direitos Humanos, o presidente norte-americano anunciava a criação de um fundo internacional de vários milhares de milhões de dólares com o objectivo de, no seu linguajar, promover «a transição para a democracia em Cuba» - expressão que, traduzida, significa: intensificar as provocações e os actos de terrorismo contra Cuba através de mercenários sem escrúpulos e pagos a peso de ouro.
A não esquecer
Dos cerca de 340 prisioneiros antifascistas que por lá passaram, 32 não resistiram e sucumbiram por força da violência repressiva da ditadura e da brutalidade dos maus tratos infligidos pelos carrascos ao serviço do regime fascista do Estado Novo.
Já agora, a não perder logo à noite a reportagem sobre o Tarrafal no canal 2, pelas 23h30.
SINAIS DOS TEMPOS
Acusado de terrorista e de membro da Al-Qaeda, foi encerrado numa prisão norte-americana, colocado em regime de isolamento total e submetido, durante dois anos, a sucessivos interrogórios.
Foi-lhe negada, sempre, qualquer assistência jurídica.
É claro que Maher Arar não foi torturado... Por duas razões essenciais: em primeiro lugar porque, como Bush não se cansa de nos dizer, no seu país a tortura não é permitida por lei...; em segundo lugar porque, de acordo com o mesmo Bush, métodos como «choques eléctricos», «afogamentos simulados» e outros da mesma família, não são considerados «tortura»...
Terminado esse primeiro ciclo de humaníssimos interrogatórios, Maher Arar foi enviado para uma daquelas prisões que os EUA têm, espalhadas por dezenas de países, autorizadas por governos servis e sem ponta de vergonha nem dignidade.
Neste caso, a prisão era no país natal do perigoso terrorista da Al-Qaeda: a Síria.
Ali, o jovem sírio-canadiano foi novamente submetido, durante um ano, a brutais interrogatórios e torturas.
Agora, Maher Arar foi, finalmente, libertado. Os interrogadores e torturadores concluíram que, afinal, não havia «qualquer ligação» do jovem engenheiro de computadores ao terrorismo. Tratara-se, tão somente, de um engano.
Mesmo assim, por precaução, o governo sírio decidiu que o nome de Maher Arar, bem como os nomes de todos os membros da sua família, passam a figurar «na lista de suspeitos de terrorismo».
Por seu lado, esse monstro horrendo que dá pelo nome de Condoleeza Rice - criminosa de guerra e terrorista, co-responsável no assassinato de centenas de milhares de pessoas - limitou-se a dizer, em tom displicente, que «os EUA geriram mal este caso».
Assim vão as coisas nos EUA, berço da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, e bastião sagrado da luta contra o terrorismo - luta para a qual o ministro da justiça de Sócrates acaba de anunciar um contributo precioso: a abertura de uma linha de escutas telefónicas, a cargo dos serviços secretos, «para garantir a segurança nacional, por exemplo, para prevenir um atentado terrorista». Pois.
Trazer a rua até ao voto!
Boas Vindas
O IMPÉRIO E AS BOMBAS
José Manuel Fernandes (JMF) começou por ser, enquanto director de um jornal esquerdista, um fogoso anti-americanista, género o imperialismo é um tigre de papel e coisas assim, ou seja: um anti-americanista primário.
Hoje, enquanto director do jornal da SONAE, ele é um dos mais exacerbados propagandistas dos EUA e tem lugar de destaque no exército de pró-americanistas primários que, pago pelo grande capital, ocupa os média nacionais.
Desta vez deu-lhe para, a pretexto das declarações produzidas por Putin, em Mafra, retomar um tema caro a Bush&Cia: que países podem ter armas atómicas. E, embalado, avançou um pouco mais: explicou porquê.
Explicou ele: «A França possui armas atómicas. O Reino Unido também. Tal como o Paquistão e a Índia. Mas a nenhum destes países passa pela cabeça que tenham de utilizá-las num futuro próximo contra qualquer dos países que fazem parte do G8. Em especial contra os Estados Unidos.»
Temos assim que, para JMF, são os EUA e os seus interesses que definem e decidem quem pode ou não pode ter armas atómicas: quem pense utilizá-las contra os EUA, nada, nicles, népia; quem pense utilizá-las contra quem os EUA entendam, à vontade.
Tal critério, revelador de uma postura imperial e totalitária que qualquer Hitler perfilharia integralmente, comporta ainda, neste caso, uma outra curiosidade: JMF, na sua qualidade de propagandista encartado do Império, entende que quem deve definir e decidir quem pode, ou não, ter armas atómicas é, tão somente, o único país que até hoje lançou bombas atómicas sobre populações, assassinando centenas de milhares de inocentes.
O raciocínio de JMF é tão óbvio que até chateia: as bombas fazem-se para matar; o domínio do mundo só vai à bomba, matando quem se opuser - logo, os detentores exclusivos das bombas devem ser, precisamente, os assassinos com experiência feita.
Raciocínio de pró-americanista primário, obviamente.
AS ESCUTAS
Vinda de quem vem, a revelação é alarmante. Mais do que isso: arrepia.
Dois dias depois, disse o Ministro da Justiça: «Se eu tivesse conhecimento de escutas à margem da lei, faria imediatamente uma participação ao Procurador Geral da República».
Das palavras do Ministro deduz-se, em primeiro lugar, que ele não tem «conhecimento de escutas à margem da lei» - o que, em princípio, pode ser reconfortante.
Todavia, o que resta da ministerial declaração é mais do que alarmante: confirmando-se a suspeita do PGR, a escuta ao seu telemóvel estaria a ser feita dentro da lei. O que é arrepiante.
Tudo isto dá que pensar. Tudo isto dá credibilidade ao que por aí se diz sobre volume, métodos e, até, destinos de escutas telefónicas.
E tudo isto suscita uma série infindável de arrepiadoras perguntas:
Quantos telefones estão sob escuta permanente no nosso País? (é verdadeiro o número de dezenas de milhares de que se fala?)
Quantos telefones estão, alternadamente, sob escuta? (é verdadeiro o número de centenas de milhares de que se fala?)
Todas as escutas efectuadas são, apenas e só, referentes a processos de investigação criminal?
A decisão sobre quem deve ser escutado é, sempre, tomada por quem realmente tem poderes para tal?
Que garantias há de que muitas (ou algumas) dessas escutas não são feitas e depois utilizadas para outros fins? (eu explico melhor: alguém me garante que, hoje, 26 de Outubro de 2007, não há cidadãos e cidadãs a sofrerem consequências de, por exemplo, conversas telefónicas sobre as suas vidas íntimas terem sido escutadas à margem da lei?)
E, penúltima pergunta: quem é que escuta os que mandam escutar?
E, última pergunta: sobra alguém para escutar... os que escutam?
Por mim, estou em crer que, comparado com Portugal-2007, o universo concentracionário ficcionado por Orwell no seu «Big Brother», não passava de um cândido acampamento de escutas...
Ainda mais sobre a PIDE
A Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE) foi criada em Portugal em 22 de Outubro de 1946, sendo apresentada como um "organismo autónomo da Polícia Judiciária", nos moldes da Scotland Yard. Na realidade tratou-se de uma polícia política que teve como principal função a repressão de qualquer forma de oposição ao Estado Novo de Oliveira Salazar.
A PIDE exercia actividade em todo o território português no sentido de evitar dissidências nas organizações civis e militares, usando meios e métodos baseados nas técnicas alemãs aplicadas na Gestapo, é considerada por muitos historiadores uma das policias mais eficientes de sempre. Justificava as suas actividades com o combate ao internacionalismo proletário e comunismo internacional. Em 24 de Setembro de
A PIDE era temida pela utilização da tortura e foi responsável por alguns crimes sangrentos, como o assassinato do militante do Partido Comunista Português (PCP) José Dias Coelho e do General Humberto Delgado. Este último foi atraído para uma emboscada, só possível pela introdução de informadores nas organizações que o general liderava ou na sua teia mais íntima de relações pessoais, ultrapassando mesmo as fronteiras nacionais (não só o crime foi cometido em território espanhol como os informadores se encontravam instalados no Brasil, na França e na Itália).
Durante as guerras coloniais, a polícia política, até aí virtualmente ausente dos territórios africanos, assumiu nos três teatros de operações a função de serviço de informações e, constituindo, enquadrando e dirigindo milícias próprias, compostas por africanos, por vezes desertores das guerrilhas, colaborou com as forças militares no terreno. Neste âmbito, poderá a sua acção ter também ultrapassado as fronteiras; com efeito, são-lhe atribuídas responsabilidades, quer no atentado que vitimou o dirigente da FRELIMO Eduardo Mondlane, quer na manipulação dos descontentes do PAIGC que, num "golpe de Estado" dentro do partido, assassinaram o dirigente independentista Amílcar Cabral.
Fonte: Wikipédia
«A HISTÓRIA DA PIDE»
O Público de hoje dedica três páginas ao lançamento próximo de um livro, «A história da PIDE», cuja autora, Irene Flunser Pimentel, entrevista.
Trata-se, segundo nos é dito, da «primeira tese de doutoramento em Portugal sobra a PIDE, ou seja, sobre a polícia política do Estado Novo entre 1945 e 1974», e que «traz à luz do dia em pormenor a história da polícia política criada pelo salazarismo».
A tese, é-nos dito, conclui que «esta estrutura de repressão mata pouco e prende pouco» - e, ou muito me engano (e espero bem que sim), ou essa conclusão vai ser o grande destaque dos média nacionais por ocasião do lançamento do livro. Aguardemos.
A Autora optou, legitimamente, aliás, por limitar o seu estudo ao tempo posterior à Segunda Guerra Mundial, altura a partir da qual «o regime tem de fazer uma determinada cosmética relativamente às suas polícias». Ou seja (isto digo eu): após a derrota do nazi-fascismo, o regime fascista português virou-se para os seus novos aliados, os EUA e a Grã-Bretanha, e fingiu uma «democratização» que se traduziu, entre outras medidas, na substituição da tenebrosa PVDE pela não menos tenebrosa PIDE (que Marcelo substituiria, mais tarde, pela igualmente tenebrosa DGS), mudando-lhe o nome mas mantendo o carácter, a natureza, os métodos e, naturalmente, os torturadores.
Reconhece a Autora, no entanto, que houve «uma repressão mais maciça até 45», altura «em que não se ensaiavam em matar as pessoas», em que «havia gente a eito nas cadeias» e em que havia «o Tarrafal».
Depois, entre 1945 e 1974, pela força das circunstâncias, foram obrigados a matar pouco e a prender pouco... Prenderam apenas «cerca de 15.000 pessoas» e mataram apenas «onze» - cujos nomes são citados.
Dado o critério utilizado pela Autora, percebe-se que não tenha incluído nesses onze nomes os de Germano Vidigal - assassinado pela ainda PVDE em 28/5/45 e em cujo cadáver o fascismo deixou marcas iniludíveis da sua brutalidade: unhas arrancadas e o corpo coberto de feridas e nódoas roxas; e o de Alfredo Diniz (Alex) - assassinado em 4/7/45 pela brigada comandada pelo sinistro José Gonçalves.
E, porque o livro trata apenas dos resistentes antifascistas assassinados directamente pela PIDE, é igualmente compreensível que não sejam referidos os nomes de outros combatentes da liberdade assassinados pelo regime fascista no período a que a Autora se reporta, mas cujos nomes faço questão de aqui relembrar: António Guerra, António Lopes de Almeida, Venceslau Ferreira, Gervásio Costa, Alfredo Lima, Catarina Eufémia, Rafael Tobias, José Adelino dos Santos, Cândido Martins (Capilé), António Adângio, Estêvão Giro, Agostinho Fineza.
Aguardo a publicação de «A história da PIDE» e, muito provavelmente, voltarei ao tema - espero que para me congratular com a publicação de um livro que vem contribuir para o combate à poderosa operação em curso, visando o branqueamento do fascismo.
Espero e desejo.
Todavia, não posso deixar de assinalar o facto preocupante de, nas três referidas páginas do Público, a palavra «fascismo» não ser utilizada uma única vez para caracterizar o regime que durante 48 anos oprimiu e reprimiu Portugal e o povo português.
É que, como «A história da PIDE» deverá evidenciar- espero - o fascismo existiu.
Aqui. Em Portugal.
A Grande Manifestação
RESISTIR, RESISTIR SEMPRE
Neste dia em que mais de duzentos mil trabalhadores, vindos de todo o País, participaram numa das maiores jornadas de resistência e de luta alguma vez realizadas no nosso País - tema que, certamente, será abordado de forma desenvolvida neste blog - recordamos outro 18 de Outubro: o de 1936 - dia em que, no navio Luanda, foram enviados para o Campo de Concentração do Tarrafal os primeiros 152 resistentes antifascistas.
O Campo da Morte Lenta
Com o avanço do fascismo na Europa, e na decorrência do processo de fascização do Estado promovido por Salazar, o regime fascista criou, em 1936, a «Colónia Penal» do Tarrafal. O objectivo é o de assassinar democratas dos mais combativos e aterrorizar o povo português.
«Quem vem para o Tarrafal vem para morrer»: era assim que dois dos directores do Campo da Morte Lenta - Manuel dos Reis e João da Silva - explicitavam os objectivos da criação do Campo, corroborados pelo médico, Esmeraldo Pais Prata: «Eu não estou aqui para curar doentes, mas para passar certidões de óbito».
A chuva, o vento, o calor, a falta de água e a água inquinada, a má alimentação, os mosquitos, o paludismo, a biliosa, a falta de medicamentos, os trabalhos forçados, a violência dos castigos, a brutalidade dos carcereiros - constituíam os meios necessários para que a tarefa dos carrascos fosse cumprida.
Os 340 antifascistas que estiveram presos no Tarrafal - a maioria dos quais era composta por militantes e simpatizantes comunistas - somaram aí um total de dois mil anos, onze meses e cinco dias de prisão.
32 deles, entre os quais Bento Gonçalves, secretário geral do PCP, foram ali assassinados friamente.
Em 1954, graças à luta do povo português e à solidariedade internacional, o fascismo foi forçado a encerrar o Campo.
Francisco Miguel foi o último preso a sair do Campo de Concentração do Tarrafal - que reabriria doze anos mais tarde, dessa vez para nele encerrar patriotas dos movimentos de libertação das colónias portuguesas.
O Tarrafal foi o espelho do regime fascista.
Aqui fica, então, a nossa homenagem aos homens que, no Campo de Concentração do Tarrafal, resistiram ao fascismo - aos que. morrendo com dignidade, foram fiéis aos seus ideais; aos que, sobrevivendo com dignidade, se mantiveram fiéis a esses ideais.
O Grande Ditador
"Companheiros, não vos entregueis a seres brutos que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam as vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias, os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano, que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquinas! Homens é que sois! E com amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não fazem amar, os inumanos."
O Grande Ditador (The Great Dictator), em inglês) foi lançado pela primeira vez em 15 de Outubro de 1940 que satiriza
Fonte: Wikipédia
Hipocrisia conveniente
POEMA
Che, tu conheces tudo,
as voltas da Sierra,
a asma na erva fria
a tribuna
as ondas da noite
até como se fazem
os frutos e os bois se jungem.
Não é que eu queira dar-te
caneta por pistola
mas o poeta és tu.
Miguel Barnet
MUD
O Movimento de Unidade Democrática (MUD) foi uma organização política de oposição ao regime salazarista, formada após o final da II Guerra Mundial, em 8 de Outubro de 1945, com a autorização do governo; era herdeiro do anterior MUNAF.
Foi criado para reorganizar a oposição, prepará-la para as eleições e para proporcionar um debate público em torno da questão eleitoral. Porém, como conseguisse em pouco tempo grande adesão popular (principalmente intelectuais e profissionais liberais) e se tornasse uma ameaça para o regime, Salazar ilegalizou-o em Janeiro de 1948, sob o pretexto de que tinha fortes ligações ao PCP. Apesar de tudo, viria ainda a apoiar a candidatura presidencial do general Norton de Matos, em 1949.
Fonte: Wikipédia
Adeus Bush
Entrámos em contagem decrescente para nos despedirmos do Sr. El Tonto Bush.
De tempos a tempos, este contador vai regressar ao Cravo de Abril.
Exposição no Museu da Cidade de Lisboa
Durão "Burroso" (II)
Vejam as altas capacidades deste sujeito, é tão hábil a enganar o povo como a simular uma falta. De todas as partidas desportivas que assisti até hoje, não me recordo de uma simulação tão grosseira quanto esta.
Durão "Burroso" (I)
Há uma enorme semelhança deste com os discursos actuais, a desordenação e balbúrdia de raciocínio.
Com um percurso destes entendemos o porque do cargo de Presidente da U.E.
Moral
Sobre esta questão, coloco um excerto da belíssima resposta que esclarece a posição de Cuba sobre o assunto.
«Agora na reforma, [Teran] poderá apreciar de novo as cores do céu e da floresta, conhecer o sorriso dos seus netos (...). Mas nunca será capaz de ver a diferença entre as ideias que o levaram a assassinar um homem a sangue-frio e as desse homem».
Ao meu Partido
Deste-me a fraternidade para com o que não conheço.
Acrescentaste à minha a força de todos os que vivem.
Deste-me outra vez a pátria como se nascesse de novo.
Deste-me a liberdade que o solitário não tem.
Ensinaste-me a acender a bondade, como um fogo.
Deste-me a rectidão de que a árvore necessita.
Ensinaste-me a ver a unidade e a diversidade dos homens.
Mostraste-me como a dor de um indivíduo morre com a vitória de todos.
Fizeste-me edificar sobre a realidade como sobre uma rocha.
Tornaste-me adversário do malvado e muro contra o frenético.
Fizeste-me ver a claridade do mundo e a possibilidade da alegria.
Tornaste-me indestrutível, porque, graças a ti, não termino em mim mesmo.
Pablo Neruda, em Canto Geral
Jovens trabalhadores em luta!
Também o podemos consultar no respectivo site.