A propósito, todos sabemos de quê, aqui fica o Alexandre O'Neill:
AMIGO
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já, uma grande festa!
Quem diz a verdade, merece CASTIGO!
De acordo com a política de direita comandada pelo PS de Sócrates, através da flexigurança; da precariedade; do desemprego; dos salários, pensões e reformas de miséria; da destruição do SNS, entre muitas mais, fica-nos a certeza que não foi gafe nenhuma...
A excepção
Disse o primeiro-ministro que não aceita lições de liberdade dos comunistas portugueses. Ora, não consta que os comunistas portugueses queiram dar tais lições a José Sócrates: o que lhe exigem é que respeite as liberdades conquistadas pelos portugueses em 25 de Abril de 1974 - liberdades políticas, económicas, sociais e culturais, que o Governo PS/Sócrates, como vê quem não quer ser cego, viola todos os dias com a sua política de direita.
Os comunistas portugueses apenas dizem, dizendo a verdade, que, ao longo dos seus 86 anos de vida, o PCP sempre - em todos os momentos e em todas as situações - ocupou a primeira fila da luta pela democracia e pela liberdade: desde o tempo do fascismo, em que lutar por esses objectivos tinha como consequência mais do que previsível as perseguições, a prisão, as torturas e, em muitos casos, a morte - até aos tempos de hoje em que o regresso às limitações da liberdade e da democracia é a linha dominante da política do Governo presidido por José Sócrates.
Tudo indica, aliás, que Sócrates é um caso perdido em matéria de aprender lições sobre liberdade e democracia. Ele já aprendeu tudo a esse respeito, e os seus mestres foram os chefes dos grandes grupos económicos e financeiros ao serviço dos quais ele governa - com o mesmo empenho com que Salazar servia o grande capital do seu tempo. E tem sido um bom aluno, reconheça-se. Se não, veja-se como, através da sua governação, põe em prática, diligentemente, as lições recebidas: flexigurança; precariedade; desemprego; salários de miséria; pensões e reformas indignas; liquidação do SNS; criação de uma rede de bufos e delatores capaz de fazer inveja à do regime fascista; vigilância e perseguição policial a quem se atreve a criticar o Governo, e especialmente o primeiro-ministro - e tudo isto (e muito mais) tendo como pano de fundo a entrega da independência e da soberania nacionais ao grande capital europeu e norte-americano.
Um coisa há que reconhecer: por enquanto, Sócrates ainda não seguiu o exemplo de Salazar de decretar a dissolução dos partidos e mandar prender e torturar os que resistem à sua política antidemocrática. Lá chegará? Com tão bons mestres, é bem possível que sim.
Se isso acontecesse, lá se repetiria a história: todos os partidos acatariam a ordem de dissolução e iriam para casa aguardar melhores dias.
A excepção seria, naturalmente, o PCP. Que não se dissolveria e resistiria. A confirmar, uma vez mais, que é um partido diferente dos que são todos iguais.
Os comunistas portugueses apenas dizem, dizendo a verdade, que, ao longo dos seus 86 anos de vida, o PCP sempre - em todos os momentos e em todas as situações - ocupou a primeira fila da luta pela democracia e pela liberdade: desde o tempo do fascismo, em que lutar por esses objectivos tinha como consequência mais do que previsível as perseguições, a prisão, as torturas e, em muitos casos, a morte - até aos tempos de hoje em que o regresso às limitações da liberdade e da democracia é a linha dominante da política do Governo presidido por José Sócrates.
Tudo indica, aliás, que Sócrates é um caso perdido em matéria de aprender lições sobre liberdade e democracia. Ele já aprendeu tudo a esse respeito, e os seus mestres foram os chefes dos grandes grupos económicos e financeiros ao serviço dos quais ele governa - com o mesmo empenho com que Salazar servia o grande capital do seu tempo. E tem sido um bom aluno, reconheça-se. Se não, veja-se como, através da sua governação, põe em prática, diligentemente, as lições recebidas: flexigurança; precariedade; desemprego; salários de miséria; pensões e reformas indignas; liquidação do SNS; criação de uma rede de bufos e delatores capaz de fazer inveja à do regime fascista; vigilância e perseguição policial a quem se atreve a criticar o Governo, e especialmente o primeiro-ministro - e tudo isto (e muito mais) tendo como pano de fundo a entrega da independência e da soberania nacionais ao grande capital europeu e norte-americano.
Um coisa há que reconhecer: por enquanto, Sócrates ainda não seguiu o exemplo de Salazar de decretar a dissolução dos partidos e mandar prender e torturar os que resistem à sua política antidemocrática. Lá chegará? Com tão bons mestres, é bem possível que sim.
Se isso acontecesse, lá se repetiria a história: todos os partidos acatariam a ordem de dissolução e iriam para casa aguardar melhores dias.
A excepção seria, naturalmente, o PCP. Que não se dissolveria e resistiria. A confirmar, uma vez mais, que é um partido diferente dos que são todos iguais.
Em Aveiro
O MANGUITO
É intenção explícita deles aprovarem-na - à flexigurança - «até ao final da presidência portuguesa, em Dezembro». Percebe-se a pressa: trata-se de procurarem criar as melhores condições para intensificar a exploração dos traballhadores - e, nesse sentido, não hesitam em remeter para tempos medievais o conceito de relações de trabalho.
Segundo eles (e para eles), a flexigurança é «necessária», indispensável», «inevitável» e, como não podia deixar de ser, vem carregada de «modernidade» e é portadora de um «conceito inovador de racionalização do trabalho».
Porquê?: porque, entre muitos outros atentados aos direitos sociais, sindicais, humanos, lhes permite: despedir trabalhadores sem justa causa; decidir, à sua vontade, sobre remunerações e horários de trabalho; atirar para o século XIX com o direito às oito horas de trabalho; «adaptar» aos seus interesses as férias dos trabalhadores; liquidar a contratação colectiva; liquidar o movimento sindical de classe, unitário, democrático e independente, substituindo-o por uma espécie de «sindicalismo» feito á medida dos interesses do grande capital.
É claro que uma coisa é o desejo dos exploradores e do governo que fielmente os representa, e outra coisa é a concretização desse desejo. No dia 30 de Maio tivemos uma demonstração concreta de quanto vale a força organizada dos trabalhadores: uma força comprovada em muitas lutas anteriores, confirmada na formidável manifestação do dia 5, em Guimarães, e que terá a continuidade necessária nas lutas que aí vêm. Lutas que são para vencer e para as quais é preciso convocar todos homens, mulheres e jovens que são vítimas da política do Governo de Sócrates.
No vídeo logo aqui abaixo, Francisco Van Zeller, em nome da flexigurança, clama pela «racionalização dos quadros de pessoal», que considera «absolutamente indispensável em todo o país».
Registe-se que a voz do patrão da CIP é uma voz do passado: corria o ano de 1960 e também os patrões de então - que eram sustentáculo do regime fascista - proclamavam a «racionalização do trabalho». Responderam-lhes os trabalhadores desse tempo com a luta - e acabaram por vencer.
Respondeu-lhes também Alexandre O'Neill com a arma mais forte que possuía, a Poesia:
«Dize tu: Já começou, porém, a racionalização do trabalho.
Direi eu: Todavia o manguito será por muito tempo o mais económico dos gestos!».
Façamos, então, à flexigurança, o manguito que ela merece.
Segundo eles (e para eles), a flexigurança é «necessária», indispensável», «inevitável» e, como não podia deixar de ser, vem carregada de «modernidade» e é portadora de um «conceito inovador de racionalização do trabalho».
Porquê?: porque, entre muitos outros atentados aos direitos sociais, sindicais, humanos, lhes permite: despedir trabalhadores sem justa causa; decidir, à sua vontade, sobre remunerações e horários de trabalho; atirar para o século XIX com o direito às oito horas de trabalho; «adaptar» aos seus interesses as férias dos trabalhadores; liquidar a contratação colectiva; liquidar o movimento sindical de classe, unitário, democrático e independente, substituindo-o por uma espécie de «sindicalismo» feito á medida dos interesses do grande capital.
É claro que uma coisa é o desejo dos exploradores e do governo que fielmente os representa, e outra coisa é a concretização desse desejo. No dia 30 de Maio tivemos uma demonstração concreta de quanto vale a força organizada dos trabalhadores: uma força comprovada em muitas lutas anteriores, confirmada na formidável manifestação do dia 5, em Guimarães, e que terá a continuidade necessária nas lutas que aí vêm. Lutas que são para vencer e para as quais é preciso convocar todos homens, mulheres e jovens que são vítimas da política do Governo de Sócrates.
No vídeo logo aqui abaixo, Francisco Van Zeller, em nome da flexigurança, clama pela «racionalização dos quadros de pessoal», que considera «absolutamente indispensável em todo o país».
Registe-se que a voz do patrão da CIP é uma voz do passado: corria o ano de 1960 e também os patrões de então - que eram sustentáculo do regime fascista - proclamavam a «racionalização do trabalho». Responderam-lhes os trabalhadores desse tempo com a luta - e acabaram por vencer.
Respondeu-lhes também Alexandre O'Neill com a arma mais forte que possuía, a Poesia:
«Dize tu: Já começou, porém, a racionalização do trabalho.
Direi eu: Todavia o manguito será por muito tempo o mais económico dos gestos!».
Façamos, então, à flexigurança, o manguito que ela merece.
Quem ouviu?
Para que fique registado, publica-se este vídeo com a opinião do patrão mor dos exploradores em plena Assembleia da República.
Quem ouviu?
Quem ouviu?
Subscrever:
Mensagens (Atom)