Exposição no Museu da Cidade de Lisboa
Fonte: DORL-PCP
Golo
O guarda-redes em questão é, nada mais nada menos que Hans Jorg-Butt, guarda redes que o Sport Lisboa e Benfica foi contratar, a custo zero, ao Bayer Leverkusen. Veio apelidado de exímio marcador de penalties. Mas com o que vão ver deixa-nos alegres, aos benfiquistas, o facto dele não sair do banco.
Para os adeptos anti-SLB este golo, vai dar muito que falar.
A 1ª Festa
Para assinalar esta data importante deixo-vos com imagens e texto da 1ª festa.
A 1ª Festa - 1976
In «Avante!» de 30-09-76
«A Festa do "Avante!" era - quantas vezes o dissemos! - um sonho antigo, um sonho acalentado durante a vida clandestina do nosso Partido e do nosso jornal, um objectivo que floresceu em Abril de 1974.
Porquê fazer uma festa do nosso "Avante!"?
Também conforme o dissemos quando a anunciámos nestas páginas, para fazermos uma Festa onde a nossa concepção do mundo, a nossa concepção da vida fosse exposta, fosse vivida!
Uma Festa como efectivamente Portugal jamais vira, não apenas porque a actividade do Partido Comunista fora forçada à clandestinidade, mas também porque a repressão que forçou o nosso Partido à luta clandestina atingia afinal não apenas os comunistas mas todos os potugueses, a sua liberdade, a sua felicidade - a sua vida em suma.
A Festa do "Avante!", sendo uma Festa organizada pelos comunistas teria de ser uma grande Festa da vida, dessa vida que o fascismo reprimiu e tentou destruir, uma festa popular onde, finalmente liberto, o povo pudesse construir e conhecer a realidade de ser livre.
Esta grande festa da liberdade e do homem que organizamos na FIL correspondeu inteiramente ao que dela esperávamos.
O grande orgulho que nós, comunistas, sentimos por termos erguido uma festa por que passaram centenas de milhares de pessoas é, antes de tudo o mais, o da consciência de termos correspondido ao que de nós se exige, ao termos proporcionado a essas centenas de milhares de pessoas, das quais muitas não eram comunistas, a Festa que procuravam, a Festa da liberdade que conquistaram e vivem (...)»
Texto de Ruben de Carvalho
Jerónimo de Sousa, debate mensal AR - 21/09/07 - parte 3
Jerónimo de Sousa, debate mensal AR - 21/09/07 - parte 2
Jerónimo de Sousa, debate mensal AR - 21/09/07 - parte 1
Milagre Cuba
Parece mentira, mas é verdade verdadinha. Pacientes portugueses a recorrerem aos médicos cubanos, porque em Portugal, encontram intermináveis listas de espera nos hospitais públicos, para cirurgias oftalmológicas. Infelizmente para o Sistema Nacional de Saúde, as listas de espera continuam a ser problema e a falta de técnicos (médicos e outros) também, não porque não os há, mas porque lhes são goradas oportunidades, ora de estudar, ora de trabalhar na sua área de eleição. As vagas escasseiam, mas os serviços não estão apinhados deles, e por vezes, nem existem.
Felizmente para os pacientes, que calorosamente, em Cuba encontraram a solução rápida para problemas como que arrastados ao longo de anos.
As vagas para medicina são poucas e sujeitas a uma média altíssima, como se, um 19 ou 20 fizesse de alguém um bom médico. Sistema de selecção desumano e antiquado. Para que serve a um cirurgião, um 20 no final do secundário, se não tiver uma boa capacidade de concentração e precisão de movimentos finos? De que serve um 19 na pauta, se depois se demonstra frieza e nem se olha para o paciente que se tem à frente? Conheço bem essa realidade, a de alunos, que na impossibilidade de entrarem no curso de medicina, têm que optar por um outro, que lhes apraz menos, que os faz, muitas vezes, sentirem-se frustrados e desmotivados na vida profissional, só porque faltava uma décima. É triste! E assim se perdem bons médicos, deixando a alternativa de se contratarem médicos de outros países para fazer face às nossas debilidades no que respeita à saúde. A oftalmologia é apenas a ponta do novelo.
Mais uma vez se mostra, que Cuba é um exemplo a seguir.
Eu própria, espero há dois anos por uma consulta de otorrino…
As diferenças
Prémio José Afonso 2007
A Brigada Victor Jara, com o álbum «Ceia Louca», venceu o Prémio José Afonso 2007, atribuído pela Câmara Municipal da Amadora. Sucedendo assim ao álbum Torna Viagem de José Medeiros. De referir que este prémio não foi atribuído em 2006.
A decisão do júri, composto por Olga Prats, António Victorino d'Almeida, Carlos Pinto Coelho, António Moreira e Natália Cañamero de Matos, foi unânime.
O Cravo de Abril saúda a Brigada com um vídeo (perdoem-me a qualidade, mas foi o melhor que se arranjou) do seu último espectáculo na 31ª Festa do Avante!.
Direito ou Negócio?
A garantia constitucional de uma Educação Tendencialmente Gratuita e de Qualidade está cada vez mais longe de se tornar uma realidade. Aí está mais uma ofensiva do governo, que, com a intenção de promover a igualdade de oportunidades no acesso ao ensino superior, mais não faz do que, promover o endividamento das famílias e retirar-lhes o direito ao conhecimento, numa lógica de utilizador-pagador em que, apenas consome o produto educação quem tem dinheiro, tornando-a um luxo apenas acessível a alguns.
Ora, o aluno que recorre ao crédito para poder usufruir de algo que lhe deveria ser dado por direito, é porque não tem outra alternativa para dar continuidade aos seus estudos; ora se esse aluno consegue pagar o curso, mesmo que com dinheiro que nunca é seu e que terá que restituir, acaba por não ter direito a benefícios de acção social, embora (dizem eles) estes dois sistemas funcionem independentemente. Mais financiamento, menos bolsas de estudo, mais endividamento. A diferença é de que com o crédito, o aluno consome e paga no fim, com uma taxa de juro mínima (dizem eles) que é capaz de assustar na altura de pagar, especialmente se depois de concluído o curso, o que o espera é o desemprego, ou empregos com vínculos precários, o tão em voga trabalhador-saltitão, ou suavizando a coisa, trabalhador-passarinho.
Se um dos motores de desenvolvimento de um país é ter pessoas cultural e socialmente instruídas através de um direito que se chama educação, então, este sistema agravará a elitização do ensino, gorando o princípio da universalidade postulado por quem o aprovou e afundará qualquer possibilidade de recuperação de anos de atraso no que respeita à instrução e qualificação da nossa população.
Típico desde há 30 anos atrás – Dá-se ao povo todas as oportunidades e mais algumas (angariam-se votos), ilude-se para que se mantenha “ignorante”, e no final, quando o quisermos lixar, evoquemos as entrelinhas que deveriam ter lido e que não se deram ao trabalho, só porque as letras eram pequenas, retirando qualquer responsabilização a quem deveria ter sido correcto, explícito e verdadeiro. Lutemos todos juntos contra estas ofensivas, para que, não tenhamos que, daqui a uns anos, andar a contrair empréstimos para comprar o pão que nos alimenta.
Wish You Were Here
Faz hoje 32 anos que os Pink Floyd, um dos grupos mais influentes na história do rock, editaram o álbum Wish You Were Here.
Deixo aqui uma das faixas desse álbum, a homónima Wish You Were Here.
Prioridades!
Em prol do que eles chamam Plano Tecnológico da Educação, deslocam-se aos estabelecimentos com a maior cara de pau depois de falhas atrás de falhas nas mudanças introduzidas ao nível da Educação.
Não que não seja importante inovar e trazer as novas tecnologias às escolas, não que não seja importante promover o desenvolvimento das competências “digitais” de alunos e professores.
Então e os professores que ficaram de fora? Então e os professores que, por estranho que pareça, faltam nas escolas? É antagónico, pois, se há professores fora, como é que não os há dentro? E aqueles que fazem horários de 2h porque não encontram um lugar mais prolongado no contexto da educação? Ah! E aqueles que fazem quilómetros infindáveis, que deixam as famílias para trás para poderem trabalhar, quando na sua área de residência, por acaso, até existem duas ou três escolas, onde, por um lado, estão professores também deslocados, e por outro, até há escassez de professores?
Já para não falar dos alunos, que por vezes, são obrigados a percorrer grandes distâncias para exercer um direito, que não mostram interesse nem motivação pela frequência escolar, que pensando bem, da forma como nos é apresentada é realmente cansativa e aborrecida. Inventem-se novos métodos de estudo/ ensino/ aprendizagem, invista-se na construção de escolas, nos meios onde realmente elas são mais precisas, leve-se a educação aos meios que também precisam dela e mais dificilmente têm acesso, dinamize-se a coisa. Tira-se-lhes as escolas e os centros de saúde, e qualquer dia, teremos o Sahara Português. Estude-se a educação e os problemas com pés e cabeça, que talvez lhe vejamos crescer o cabelo, bonito e sedoso, preferíamos nós.
Ao invés, os nossos afamados dirigentes, preferem preocupar-se com outros assuntos que não o da mudança, diga-se profunda, do sistema educativo português, para que tudo se torne efectivamente mais eficiente, não eficaz, eficiente e talvez vejam o abandono escolar e outros problemas serem resolvidos. Motivem os alunos, devolvam-lhes o gosto pela aprendizagem e deixarão de ser notícia, diariamente, nos meios de comunicação social. Pena que gostem de aparecer e por isso, as mudanças realmente necessárias não se fazem, é giro aparecer na Tv a oferecer computadores às criancinhas, promove-se a aprendizagem e o desenvolvimento de novas competências, mas também a apatia social, o isolamento, o afrouxamento das competências sociais. Sr. 1º, porque não virar as secretárias para a parede? Assim, é fornecer o kit completo da (in)competência.
A conta, peso e medida, não é um ditado só porque o é, dê trabalho aos psicólogos que estão no desemprego e ponha-os a estudar essas coisas, pode ser que dê frutos. O problema Sr. 1º, é de fundo, ou num sentido figurado, de raiz, não é aparando um ramo aqui e acolá que se vai cimentar as boas condutas, apenas lhes damos um aspecto mais bonito. Ora, não é beleza que se pretende!
O governo utiliza a técnica da camuflagem (porque mais não faz do que tapar buracos) e vai tentando “pescar” a credibilidade e coerência que nunca teve, através de actos “embelezados” que apenas servem as aparências.
Aquisições
Ruben Plaza, de nacionalidade espanhola nasceu a 29 de Fevereiro de 1980, é profissional desde 2001 pela mão da iBanesto. Destacou-se na equipa espanhola Comunidad Valenciana. Das várias vitórias que já alcançou, destaco duas etapas do Troféu Joaquim Agostinho (2004 e 2006).
Na minha opinião, uma grande aposta que irá trazer muitas alegrias aos benfiquistas e aos amantes do ciclismo.
Seja como for, a modalidade fica a ganhar. O Bnefica também, pois para além de possuir uma equipa equilibrada conta com o experiente José Azevedo. Com estes dois corredores, que trazem vitórias no currículo, aumenta assim a qualidade da equipa.
O ciclismo, que arrasta muita gente, ganha assim maior destaque. De acrescentar que com Ruben Plaza, as portas de uma participação na Vuelta abrem-se.
Boas-vindas
Ainda hoje teremos aqui um texto da sua autoria.
Mote
Mote
Abram os olhos…oh tolos
Não elejam mais canalhas
Que aos patrões dão os bolos
E aos trabalhadores as migalhas
Glosas
Abram os olhos…oh tolos
Isto não pode continuar
É preciso usar os miolos
Na altura de ir votar
*
Aí é que está o segredo
Não elejam mais canalhas
É preciso não ter medo
Basta…de tantas falhas
*
Vamos expulsar os parolos
Que nos andam a enganar
Que aos patrões dão os bolos
E nós ficamos a jejuar
*
Mudemos ao pau…os bicos
Vamos nós pôr as cangalhas
A quem dá tudo aos ricos
E aos trabalhadores as migalhas
josémanangão
Os tentáculos
Primado por um compadrio e no sentido de dominar cada vez mais o mercado, o grupo Media Capital acabou de lançar os seus tentáculos e alargou o seu cartel à Castello Lopes Multimédia – empresa de distribuição cinematográfica, distribuição de videogramas (DVD e VHS).
Qual o objectivo desta aquisição?
Concertar os preços entre as empresas pertencentes ao seu cartel. Nem mais.
Ora vejamos este exemplo: Detendo o canal de televisão TVI, criam as novelas (como Morangos com Açúcar) de onde surgem um rol de peças para encher o noticiário, sejam elas traições, escândalos, e outras que tais. Criam matéria suficiente para fazer um “enchido” de (des)informação, ocupando tempo de antena na TV, ocupando páginas e páginas nos jornais e Internet (IOL).
No Metropolitano, enquanto esperamos pacientemente somos bombardeados com a publicidade da MCOutdoor, aqueles painéis que divulgam notícias, músicas, videoclips, eventos, etc.
Para além disto, há a música. Dessas novelas saíram bandas líderes do top de vendas, tais como os D’Zrt e FF. Para as promover é aqui que entra a editora Farol, que para não variar também faz parte deste cartel.
Com tanta música, nada melhor que possuir rádios, certo! Rádio Comercial, Rádio Clube Português, Cidade FM, Best Rock e Cotonete.
E no fim disto tudo há o Crédito Pessoal Capital Mais onde a prestação nunca sobe; só desce.
Tudo isto é o que está visível, pois é certo que estas ligações se estendem para além da obscuridade…
Dentro de algum tempo haverá alguma migalha que não lhes pertença? Daí um dos tentáculos estar vazio, fica para próxima aquisição.
O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Fogo de artifício
A minha casa
Unidade,
Unidade,
Unidade,
Do trabalho contra o capital!
Camaradas lutemos unidos,
porque é nossa a vitória final!
A Sexta-feira
Para iniciar, fiquemos então com o filme sobre o primeiro dia da Festa do «Avante!» 2007
Até amanhã
Surripiado do editorial do Jornal Avante!
«Então, amanhã lá estaremos: muitos de nós, construtores e visitantes de muitas festas, desde a primeira, em 1976; muitos outros que, entretanto, a estes se juntaram e, como eles, justamente vivem e tomam a Festa como sua.
Amanhã, lá estaremos: convivendo com amigos e camaradas do nosso dia-a-dia ou reencontrando amigos que não vemos deste a última Festa.
Amanhã, lá estaremos, fazendo da Festa do Avante!/2007 a mais bela de todas as até agora realizadas – e, assim, garantindo que mais bonita do que a deste ano, só a do ano que vem.
Amanhã, lá estaremos, pensando no futuro, e desde logo no futuro imediato: na luta que é necessário continuar, ampliar e fortalecer, de forma a dar a resposta adequada à política do grande capital levada a cabo pelo Governo PS/José Sócrates. Uma luta que, na sequência de muitas lutas sectoriais e de empresa, de várias e significativas jornadas – das quais emerge, como momento maior, a poderosa greve geral de 30 de Maio – terá expressão marcante na manifestação nacional convocada pela CGTP-IN para o próximo dia 18 de Outubro, em Lisboa – a que o PCP se juntará e à qual acrescentará a campanha nacional contra a flexigurança e o desemprego.
Amanhã, lá estaremos, pensando no Partido e na necessidade imperiosa do seu reforço: no aumento da sua capacidade interventiva e orgânica; numa cada vez maior e mais sólida ligação à classe operária e aos restantes trabalhadores e aos seus problemas; no recrutamento de novos militantes; no alargamento da militância partidária – desta militância que é, também ela, uma expressão concreta das características singulares do PCP.
Amanhã, lá estaremos.
Então, até amanhã.
»Como nascem as bandeiras
O povo bordou-as com a sua ternura,
Coseu os panos com o seu sofrimento.
Gravou a estrela com a sua mão ardente.
E tirou, da camisa ou do céu,
Azul para a estrela da pátria.
O vermelho nascia, gota a gota.
Pablo Neruda, em Canto Geral