«Quando os direitos fundamentais da pessoa humana ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matéria política»: palavras do Papa, Bento XVI, dirigidas aos bispos do Maranhão, a uns dias das eleições presidenciais no Brasil.
E, no caso concreto, que «juízo moral» é esse que «os pastores têm o grave dever de emitir»?: apelar ao voto em José Serra, obviamente...
Os efeitos das palavras de SS não se fizeram esperar.
Um exemplo: o padre Francisco Gonçalves que, há uma semana, do púlpito, repreendera o candidato José Serra que fora comungar, dizendo: «não quero políticos tumultuando a missa», ontem mudou de discurso, dizendo na homilia: «tivemos um bom presidente (Lula) mas isso não significa que ele nos aponte um bom substituto (Dilma)»...
E assim, ou pior, terá acontecido em todas as missas eleitorais realizadas desde que o Pastor falou.
Logo à noite veremos se Bento XVI foi, ou não, o vencedor das eleições brasileiras...
Esta directiva do representante máximo da Igreja Católica não surpreende.
Como é sabido, a Igreja teve sempre uma intensa e activa intervenção «em matéria política» - uma intervenção sempre em defesa dos opressores e dos exploradores e sempre contra os trabalhadores e os povos.
E os papas, com raríssimas excepções (e todas as excepções morreram cedo...), sempre mantiveram um estreito e amistoso relacionamento com os tiranos, abençoando-os e elegendo-os destinatários da palavra de Deus...
Um exemplo, este dizendo respeito a Portugal:
Quando da eleição do Papa Pio XII, o cardeal Cerejeira escreveu a Salazar uma carta onde, a dada altura, dizia:
«Tenho pressa em comunicar-te a missão que para ti me deu o novo Papa, ao acabar de ser eleito (...) Estava, como podes imaginar, trémulo de emoção. E virando-se para mim, abraçou-me e disse: "Diga a Salazar que o abençoo neste momento. Que ele, que tanto tem trabalhado e feito pelo seu País, possa levar a cabo a sua obra. Que Deus o defenda e proteja».
Quando os Pastores falam, falam assim...
E, no caso concreto, que «juízo moral» é esse que «os pastores têm o grave dever de emitir»?: apelar ao voto em José Serra, obviamente...
Os efeitos das palavras de SS não se fizeram esperar.
Um exemplo: o padre Francisco Gonçalves que, há uma semana, do púlpito, repreendera o candidato José Serra que fora comungar, dizendo: «não quero políticos tumultuando a missa», ontem mudou de discurso, dizendo na homilia: «tivemos um bom presidente (Lula) mas isso não significa que ele nos aponte um bom substituto (Dilma)»...
E assim, ou pior, terá acontecido em todas as missas eleitorais realizadas desde que o Pastor falou.
Logo à noite veremos se Bento XVI foi, ou não, o vencedor das eleições brasileiras...
Esta directiva do representante máximo da Igreja Católica não surpreende.
Como é sabido, a Igreja teve sempre uma intensa e activa intervenção «em matéria política» - uma intervenção sempre em defesa dos opressores e dos exploradores e sempre contra os trabalhadores e os povos.
E os papas, com raríssimas excepções (e todas as excepções morreram cedo...), sempre mantiveram um estreito e amistoso relacionamento com os tiranos, abençoando-os e elegendo-os destinatários da palavra de Deus...
Um exemplo, este dizendo respeito a Portugal:
Quando da eleição do Papa Pio XII, o cardeal Cerejeira escreveu a Salazar uma carta onde, a dada altura, dizia:
«Tenho pressa em comunicar-te a missão que para ti me deu o novo Papa, ao acabar de ser eleito (...) Estava, como podes imaginar, trémulo de emoção. E virando-se para mim, abraçou-me e disse: "Diga a Salazar que o abençoo neste momento. Que ele, que tanto tem trabalhado e feito pelo seu País, possa levar a cabo a sua obra. Que Deus o defenda e proteja».
Quando os Pastores falam, falam assim...