(«Ó papoilas da vingança/a nova cor da esperança/é a vossa cor».
A mãe cantava-lhe estes versos.
Entretanto consta que no Baleizão mataram uma camponesa:
Catarina Eufémia.)
Toda a noite cantaste em voz baixa,
para adormecer o menino,
a canção do Graça:
«Ó papoilas dos trigais...»
Canta, canta,
para o acordares mais.
(Transforma-lhe os dedos
em pátrias de punhais.)
José Gomes Ferreira
5 comentários:
Não há palavras para dizer deste poema. Apenas 'BELO'.
Um beijo grande.
Este poema diz-nos que o Futuro não se constrói com resignação, mas com luta.
Um beijo.
Há cantigas que são assim...
Abraço.
As papoilas nos trigais...
Trinta balas te mataram a fome, Catarina.
Tudo tão tragicamente belo!
Parabéns pelo poema.
Amanhã, celebraremos o aniversário 85 de Che Guevara. Um abraço
(Jorge)
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