O Público, na sua rubrica «sobe e desce», põe Khadafi a descer.
Porquê?
O orgão da SONAE explica: «porque o líder líbio recusa deixar o poder» - em vez de, digo eu, como Obama e o Público querem, o entregar aos homens de mão do imperialismo norte-americano...
Indigna-se, ainda, o jornal de Belmiro de Azevedo porque, diz, «nem a pressão internacional faz Khadafi mudar de posição»...
E é com o seu sentido humanitário em adiantado estado de inflamação que o jornal (digamos assim) clama, dorido: «Enquanto isso, ao abrigo da defesa do poder, vão-se cometendo crimes atrás de crimes sobre a população»...
Ali onde o funcionário ao serviço da SONAE escreveu «pressão internacional» deveria estar, se o Público fosse um órgão de informação e não um órgão da desinformação organizada: bombardeamentos devastadores atingindo e destruindo bairros residenciais, escolas, hospitais, e matando e ferindo milhares de cidadãos inocentes...
E ali onde o mesmo funcionário (ou um seu gémeo) fala de «crimes sobre a população», um JORNALISTA acrescentaria: crimes essencialmente cometidos pelas forças da NATO, que além dos bombardeamentos montaram um cerco da fome que impede a chegada de alimentos para as populações às zonas controladas pelo governo líbio - um cerco da fome que, segundo o «Coordenador Humanitário da ONU» (vejam bem, os apelidos que eles arranjam!...) , está a ter grande sucesso, pois nessas zonas «as reservas alimentares deverão durar apenas algumas semanas», o que faz o dito Coordenador Humanitário observar, esfregando as mãos de contente, que «a comida é um pouco como uma bomba-relógio».
Bomba-relógio humanitária, obviamente...
Ah!, este publicozinho!...
Mas o Público não é só isto: o seu sistemático e cirúrgico ataque à campanha eleitoral da CDU atinge, hoje, o grau máximo da baixeza, da degradação, da indignidade, da vileza, da abjecção, pela pena do habitual funcionário de serviço, de seu nome Nuno Sá Lourenço, jornalista, diz ele, mercenário, escalracho do jornalismo, digo eu.
E mais não digo. Por hoje.
9 comentários:
Mal empregadas árvores...
Abraço.
Também eu pisei hoje os mesmos montinhos que tu. E a reacção foi idêntica: nojo!
Grande abraço
Caro Fernando, agora só falta vir aqui aquele comentador António M P dizer em relação ao teu grande texto, algo como «Assim não se vai lá - perde-se a pouca confiança que ainda vão merecendo os militantes do socialismo científico». Já o estou a ver fazer isso e depois dizer mal da chamada «repressão policial contra os direitos humanos em Cuba».
Um abraço
Jorge
O grande mal é que essas mentiras, de tão repetidas e acarinhadas, acabam por fazer o seu maléfico efeito.
Um beijo.
Fernando Samuel
Os "jornalistas" FDP da Sonae não serão mais do «publicuzinho".
Vitor sarilhos
Jornalista o nuno sá lourenço?
Será mesmo?
Há uns meses atrás a jornalista Paula Torres de Carvalho, escreveu no mesmo "Público" um artigo Com o titulo "Contra o "jornalismo de matilha" e dizia:"Os jornalista, em bando (ou seja matilha...)juntam-se nos mesmos sítios, às mesmas horas e para os mesmos acontecimentos marcados pelas mesmas agendas oficiais, entrevistam as mesmas pessoas e destacam os mesmos assuntos. Sem espírito crítico, sem um olhar próprio, copiam-se uns aos outros e escolhem o mesmo ângulo das notícias."
Sérgio Halimi, em relação ao jornalismo de reverência ante o poder, dizia:"Mas a censura é mais eficaz quando não precisa de ser dita, quando os interesses do patrão coincidem, miraculosamente, com os da "informação".
Dizia ele que "há quem goste de chafurdar na torrente unanimista".
São os "Novos Cães de Guarda".
"Reverência face ao poder, prudência perante o dinheiro"
Uma vergonha para o Jornalísmo!
Carlos Vale
Os novos cães de guarda serão sempre assim enquanto não destruirmos o canil.
É por essas e por outras que o jornal referido, mesmo a dar prejuízo é para manter, diz o seu dono.
Um abraço.
samuel: mal empregadas...
Um abraço.
Aristides Rodrigues: estou farto desta cambada, sabes?...
Abraço grande.
jorge: mais dia menos dia ele aparecerá...
Um abraço.
Graciete Rietsch: é para isso que eles as lançam e repetem, repetem...
Um beijo.
Vitor sarilhos; mais u menos o...
um abraço.
Carlos Vale: esse nsl será tudo menos jornalista - o Serge Halimi topou-os bem.
Abraço grande.
Antuã: é para o que servem e para isso são pagos...
Um abraço.
joão l.henrique: mas dá outros lucros...
Um abraço.
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