POEMA

(Carta mental para o filho preso.)


Agora que estás sozinho,
chora com coragem de homem
o teu destino insubmisso,
a ouvir a chuva nas grades,
caída de olhos alheios.

Rumor frio
que tanto aquece os sonhos
e dá à morte
a intimidade adormecida dos seios.


José Gomes Ferreira

4 comentários:

samuel disse...

Chorar assim... é lavar-se por dentro...

Abraço.

Maria disse...

Fico sem palavras...

Um beijo grande.

Graciete Rietsch disse...

Eu também. Não tenho palavras perante tal grandiosidade.

Um beijo.

GR disse...

Muito triste, este belo poema.

Bjs,

GR