POEMA

POSIÇÃO DE GUERRA


Crescem em mim milhões de punhos
cerrados,
bandeiras desfraldadas,
horizontes.
Soam em mim milhões de brados
resolutos,
protestos brutos,
queixumes.
Abrem-se em mim milhões de chagas,
como crateras de fogo.
Rompem de mim vendavais.
Sou eu que me interrogo,
a tudo atento,
sobranceiro ao gozo ou ao sofrimento,
com pensamentos verticais.


Armindo Rodrigues

7 comentários:

samuel disse...

De pé!

Maria disse...

Os punhos cerrados, os punhos erguidos do Armindo Rodrigues, de quem gosto cada vez mais...
Obrigada.

Um beijo grande

Anónimo disse...

A verticalidade, é de uma importância vital!
Abraço

Cheira-me a Revolução! disse...

De punho cerrado e em luta!
Abraço

# Ludo Rex

Anónimo disse...

"De pé,de pé ó companheiro, de pé e de punho levantado..."

Cerremos vontades e punhos que o momento é de luta, companheiros.

Este poema lindo já conhecia, mas obrigada por o teres trazido aqui ao teu sitio para todos o podermos recordar.
Abraços da Lagartinha de Alhos Vedros

Ana Camarra disse...

Pois é essa verticalidade que é imprescindivél e eles "não conhecem".

beijos

Fernando Samuel disse...

Para todas(os): este Armindo era assim mesmo: vertical!