Por iniciativa da Fundação José Saramago realizou-se hoje, na Casa do Alentejo, em Lisboa, uma sessão comemorativa do sexagésimo aniversário da assinatura da Declaração Universal dos Direitos Humanos e do décimo aniversário da entrega do Prémio Nobel da Literatura a José Saramago.
Tratou-se de uma Homenagem à Literatura Portuguesa, no decorrer da qual foi recordada a Obra de vários dos maiores escritores portugueses.
Poemas de Camões, Bocage, Antero de Quental, Pessoa, Almada Negreiros, Vitorino Nemésio, José Gomes Ferreira, David Mourão Ferreira, Jorge de Sena, Ary, Sophia, Natália Correia, etc., foram lidos por vários homens e mulheres do mundo do espectáculo e da cultura, ou cantados por Carlos do Carmo; enquanto que escritores e ensaístas leram excertos de obras de Padre António Vieira, Garret, Camilo, Eça, Soeiro Pereira Gomes, Torga, Fernando Namora, Manuel da Fonseca, etc.
No final, José Saramago leu o Discurso pronunciado no Banquete Nobel, em 10 de Dezembro de 1998, em Estocolmo.
Este discurso, bem como o texto integral da Declaração Universal dos Direitos Humanos, integram um opúsculo editado (com uma tiragem de 200 mil exemplares) pela Fundação José Saramago.
Do texto de abertura a esse opúsculo, da autoria de José Saramago, deixo-vos um excerto:
«(...) a nós, cidadãos comuns, não nos resta outra atitude que defender por todos os meios a declaração Universal dos Direitos Humanos e exigir em todos os foros o seu urgente cumprimento, sob pena, persistindo a passividade colectiva, devir a perder-se a própria noção de direito em matéria tão importante como a plena realização da pessoa. É necessário que se torne em evidência e em instrumento de acção política este axioma: "É certo que sem a democracia não poderia haver direitos humanos, mas também não é menos certo que sem direitos humanos não poderá haver democracia." Sim, leram bem, sem direitos humanos não haverá democracia digna desse nome.
Portanto, lutar pelos direitos humanos é, em última análise, lutar pela democracia.»
Tratou-se de uma Homenagem à Literatura Portuguesa, no decorrer da qual foi recordada a Obra de vários dos maiores escritores portugueses.
Poemas de Camões, Bocage, Antero de Quental, Pessoa, Almada Negreiros, Vitorino Nemésio, José Gomes Ferreira, David Mourão Ferreira, Jorge de Sena, Ary, Sophia, Natália Correia, etc., foram lidos por vários homens e mulheres do mundo do espectáculo e da cultura, ou cantados por Carlos do Carmo; enquanto que escritores e ensaístas leram excertos de obras de Padre António Vieira, Garret, Camilo, Eça, Soeiro Pereira Gomes, Torga, Fernando Namora, Manuel da Fonseca, etc.
No final, José Saramago leu o Discurso pronunciado no Banquete Nobel, em 10 de Dezembro de 1998, em Estocolmo.
Este discurso, bem como o texto integral da Declaração Universal dos Direitos Humanos, integram um opúsculo editado (com uma tiragem de 200 mil exemplares) pela Fundação José Saramago.
Do texto de abertura a esse opúsculo, da autoria de José Saramago, deixo-vos um excerto:
«(...) a nós, cidadãos comuns, não nos resta outra atitude que defender por todos os meios a declaração Universal dos Direitos Humanos e exigir em todos os foros o seu urgente cumprimento, sob pena, persistindo a passividade colectiva, devir a perder-se a própria noção de direito em matéria tão importante como a plena realização da pessoa. É necessário que se torne em evidência e em instrumento de acção política este axioma: "É certo que sem a democracia não poderia haver direitos humanos, mas também não é menos certo que sem direitos humanos não poderá haver democracia." Sim, leram bem, sem direitos humanos não haverá democracia digna desse nome.
Portanto, lutar pelos direitos humanos é, em última análise, lutar pela democracia.»
6 comentários:
Admira-me como Saramago com a idade que tem estar em tanta parte, ainda há pouco veio do Brasil.
Não há democracia sem direitos humanos.
Fernando Samuel
Já o escrevi noutro espaço hoje, que seria simples aplicar a Declaração Universal dos Direitos do Homem, muito simples, de certeza que o mundo seria melhor, no entanto parece que "os donos do mundo" não querem que assim seja.
Quanto á Declaração cresci com ela, o primeiro poster que tive no meu quarto, lá colocado pelo meu pai, com o fundo do Homem de Vitruvio de Leonardo Da Vinci, essa e a dos direitos da Criança, outra nunca cumprida.
Beijos
Os direitos não são dados, conquistam-se.
Sem direitos humanos não há, no limite, Humanidade digna desse nome.
salvoconduto: e no entanto está bastante fragilizado fisicamente.
Um abraço.
Ana Camarra: há uma classe - a dos exploradores - que quando ouve falar falar em direitos humanos, puxa logo pela pistola...
Um beijo.
Antuã: sem dúvida.
Um abraço.
samuel: e é por aí que devemos começar.
Um abraço.
E os Bascos? !!! Era necessário isto hoje com o sr. Garçon? Tanta confusão.
Leão
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