HERANÇA
Que rosa vermelha entre loureiros
há ressuscitado?
A pé, companheiros,
que os mortos estão de pé a nosso lado.
Roxos de fome, angústia, sede e morte
na solidão:
nada nos importe
senão a aurora que levamos no coração.
Que nos arranquem língua, veias, olhos, nervos,
a pele que reste.
Não é de servos
o relâmpago espantoso que nos veste!
Papiniano Carlos
3 comentários:
Isto é (foi) matéria prima para muitos e belos poemas e grandes canções!
Uma grande Herança!
Mais um lindo e forte poema.
GR
samuel: de facto, este poema visita vários poemas.
Um abraço.
gr: a nossa herança...
Um beijo.
Enviar um comentário