«VAMOS FAZER CARIDADE»...

O Governo está cheio de preocupações humanitárias e sociais.
Do Passos ao Portas e do Gaspar ao Álvaro, passando pelo conselheiro Cavaco, os homens nem dormem só a pensar, a pensar, a pensar em soluções para os problemas de que se queixam estes pobres diabos que são os portugueses.

E os resultados começam a ver-se.
Assim, para a pobreza, a miséria, a fome, os pensadores receitam caridade, muita caridade, especialmente agora que o Natal está à porta.
Bodos aos pobres, sopa do Sidónio, jantares de Natal dos sem-abrigo, eis algumas das modalidades por eles descobertas e que põem na ordem do dia a palavra de ordem dos anos 30 do século passado: «Vamos fazer caridade»...

Para o desemprego, a solução encontrada pelos pensadores remete para o estrangeiro e pode resumir-se numa simples e pragmática frase: «Não tens emprego?: emigra»
Note-se que estamos perante uma outra forma de caridade, esta mais europeísta, mais moderna, embora também com raízes no século passado, década de 60, quando o pessoal ia a salto...

Face a tudo isto, há que reconhecer que governantes que se preocupam deste modo com o bem-estar dos seus governados, só podem ser aplaudidos e justamente premiados.

Vamos, então, «fazer caridade», atrelando-os seis meses à sopa do Sidónio e, depois de suficientemente ensopados, dando-lhes a guia de marcha para a emigração.

Estou certo de que, se assim fizermos, o País fica mais limpo e mais puro o ar que respiramos.

10 comentários:

trepadeira disse...

Estes bichos,não são humanos,devem ser resultado de alguma experiência mal sucedida.

Um abraço,
mário

cid simoes disse...

E se não der resultado a sugestão, ainda acabam por pagar a viagem sem direito a regresso. Quanto aos idosos tiram-lhes os medicamentos e as consultas e os "mercados" já podem investir com os cornos.

samuel disse...

Merecem passar ainda por mais uns tantos "lugares"...

Abraço.

svasconcelos disse...

Estas "donas abastanças" incapazes de combater a raíz da pobreza, e que ostentam a sua incopetência para governar no apelo à emigração...
Para longe com eles, muito longe!...

Um beijo,

josé Manangão disse...

Ao mesmo tempo que aplaudo as palavras derivadas do teu pensamento, penso - quando é que os portugueses regeitam esta caridadesinha e se assumem exigindo justiça.
Abraço

Pata Negra disse...

Somos um povo experiente em matéria de caridade e emigração. Já lá vai o tempo em que "ai" do pobre que não pusesse vintém na caixa de esmolas. Já lá vai o tempo em que emigrar só a salto.
Mas agora é tudo muito mais simples: na caixa do supermercado fui olhado porque me recusei a dar o arredondamento do troco - a dar aos pobres pela mão dos ricos! o governo aconselha a emigração como forma de combater o desemprego -demite-se das suas funções, mantendo-se em exercício!
Só ha uma solução: a eles sem caridade nem compaixão! fora com eles! deportação!
Como foi possível chegarmos aqui?! a um país em que os ricos pedem aos pobres para supostamente darem aos pobres e os dirigentes dizem ao povo para emigrar?!
Um abraço e daqui não saio

GR disse...

Este desgoverno faz o convite a todos os trabalhadores para irem embora do país, onde já se viu isto?
A Caridadezinha até é bonita, alimentam-se os pobrezinhos uma vez por ano,os bondosos voluntários durante 364 dias lembram o bem que fizeram ao povão.

Até quando temos que aturar esta corja?

BJS,

GR

Maria disse...

Guia de marcha sem hipótese nenhuma de regresso!!!
Que bom seria...

Um beijo grande.

Graciete Rietsch disse...

A caridadezinha alimenta o fracasso de um ideal. Por isso é tão aplaudida por quem rejeita a justiça.

Um beijo.

Eduardo Miguel Pereira disse...

Eu também me farto de pensar no que fazer com este Governo.
E foi por isso mesmo que até estive afastado da "bloga" para pensar melhor nisto tudo.

E também já conclui que o que o Governo precisa é duma "caridade" especial : http://chegateaqui.blogspot.com/2011/12/regresso-triste-regresso.html