POEMA

NATAL


Hoje é dia de Natal.
O jornal fala dos pobres
em letras grande e pretas,
traz versos e historietas
e desenhos bonitinhos,
e traz retratos também
dos bodos, bodos e bodos,
em casa de gente bem.

Hoje é dia de Natal.

- Mas quando será de todos?


Sidónio Muralha

6 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Sidónio Muralha... cuja poesia contribuiu tanto para o que sou hoje.

Um beijo.

josé Manangão disse...

Tal como o Sidónio tambem nós perguntamos - quando será de todos?
Abraço

Maria disse...

Um dia será!

Um beijo grande.

samuel disse...

Chegará!

Abraço.

svasconcelos disse...

Quando estas políticas, que não são mais que atentados à dignidade humana, forem debeladas.
Um poema soberbo, é do sidónio Muralha, claro. Obrigada por o partilhares tão pertinentemente...
Um beijo amigo!

Olímpio disse...

Sou cristão e entendo que o Natal se tornou comercialmente insuportável, falta-lhe o dom espritual do homem-irmão,mas a Igreja devia trazer ao povo a prática da mensagem, como exemplo maior e responsável mas prefer as missas e ladainhas, uma via útil para serem justos na verdade da palavra do SENHOR. Infelismente, uma parte da Igreja esteve sempre ao lado dos poderodos, veja o caso de Cerejeira e Salazar.