A «moção de censura» continua a ser o prato forte dos média dominantes: por um lado, aproveitando-a para desviar as atenções do que é fundamental; por outro lado, levando por diante uma autêntica operação de salvamento do BE do buraco em que se meteu.
Entretanto, a situação nacional continua marcada por dois traços fundamentais:
1 - o prosseguimento da política de direita ao serviço dos interesses do grande capital e contra os interesses dos trabalhadores, do povo e do País - com consequências terríveis no agravamento constante das condições de trabalho e de vida da imensa maioria dos portugueses;
2 - a luta dos trabalhadores contra essa política e por uma mudança de rumo para Portugal - luta que é, ela sim, no seu todo e em cada uma das suas expressões parciais, a mais eficaz de todas as moções de censura à política de direita e a única que a poderá derrotar definitivamente.
Momento importante dessa moção de censura, foi a recente semana de luta no sector dos transportes e comunicações, traduzida num vasto conjunto de fortes greves e paralisações em empresas como Metro/Lisboa, Transtejo, Carris, CP, EMEF, CP/Carga, Soflusa, Refer, STCP, CTT, INCM, etc.
E nos próximos dias e semanas, a luta vai continuar - em sectores, em empresas e locais de trabalho, juntando forças, unindo vontades, criando condições para maiores, mais fortes e mais participadas lutas.
Amanhã, é a vez de os trabalhadores da Administração Pública se reunirem, às 14H30, num grande Encontro Nacional, na Praça da Figueira, e de, ali, apresentarem a sua moção de censura, expressa na determinação de «defender os serviços públicos, os direitos, os salários, as pensões e a democracia».
E a luta de massas voltará a atingir expressão maior na grande Manifestação Nacional que a CGTP-IN convocou para o dia 19 de Março, em Lisboa.
E esta será, certamente, uma poderosa moção de censura à política de direita.
À política de direita que, na actualidade, tem o governo PS/Sócrates como executante de serviço - e que, não o esqueçamos, tem vindo a ser executada, desde há 35 anos, pelos três partidos da contra-revolução de Abril: PS, PSD e CDS.
Dia 19 de Março tem que ser - vai ser - UM GRANDE DIA.
13 comentários:
Dia 19 vou viver, pela primeira vez, a experiência de ir da província à capital para desfilar numa Manifestação que será grande, com certeza!
Entretanto a luta continua, todos os dias.
Um beijo grande.
Vamos todos participar nesse grande dia!
Nesse dia já Louçã terá recuperado a lata de vir dizer, a seguir, como é sempre o seu costume depois das grandes manifestações... "nós fizemos, nós estivemos".
Abraço.
Vai a maior de todas em que participei, porque o Povo na rua é uma moção de censura eficaz, que exige mudança,ruptura.
Um beijo.
Fernando
Para dia 19 já tenho mais dois: eu e a esposa.
Vitor sarilhos
independentemente da oportunidade da moção do BE, porque da justeza acho que vc nao discute, pergunto se acha mesmo que a imprensa promove o salvamento do BE ?
Por acaso, ontem, no canal 2, através de uma pequena peça, assisti à promoção do salvamento do BE.
Dia 19, com toda a certeza, será um dia a não esquecer.
(Jorge)
Um "grande" dia, uma grande desilusão e mais uma grande manobra idêntica às de sempre do Carvalho da Silva.
Para o Anónimo do dia 19 de Fevereiro de 2001, das 12:12, acoselho-o vivamente a ler as obras de Amorim de Carvalho ou de Kaúlza de Arriaga.
(Jorge)
Bem pode o Jorge inflamar-se, mas uma coisa é certa, a história não vai branquear o revisionismo de que provavelmente também o jorge foi uma vítima incauta. O julgamento crítico e histórico do revisionismo destes últimos 60 anos tem que ser feito pelos trabalhadores e historiadores revolucionários, os únicos que neste momento são fiéis à verdade, como no tempo de Lenine. O jorge sabe tão bem como eu que C. da Silva não passa de um oportunista miserável ao serviço do capital e com o qual se tem governado há mais de trinta anos. Não é verdade isto que afirmo? Como vê não necessito de ler Kaúlza nem A. Carvalho porque, pode crer, não são essas as minhas fontes de informação.
Certo, certo... O Anónimo do dia 19/02/2011 e das 13:53 (que deve ser o das 12:12) tem muita gente neste país a quem pode chamar de «oportunista miserável ao serviço do capital e com o qual se tem governado há mais de trinta anos». Mas Carvalho da Silva???? Não será exagerar um bocadinho?
O anónimo, por ventura, não será um desses que escreve para aquele blog chamado «A Chispa»?
(Jorge)
Sou o anónimo das 12;12,das 13;53, mas nunca escrevi para o blog chamado A Chispa. De facto, não acha que todas estas derrotas dos trabalhadores face ao capitalismo se devem em grande parte ao espírito de conciliação da CGTP com o patronato? E quem tem estado à frente da CGTP estes anos todos? E onde está a democracia dessa instituição sindical que tem desmobilizado milhares de trabalhadores do sindicalismo?
Maria: e vai ser uma grande experiência...
Um beijo grande.
Justine: e vê bem que eu não cá estar...
Um beijo.
samuel: e depois mostra as imagens nos tempos de antena das campanhas eleitorais...
Um abraço.
Graciete Rietsch: estou convencido que vai ser em GRANDE.
Um beijo.
Vítor sarilhos: e se puderes traz outro amigo também...
Um abraço.
Luis Filipe Maia: claro que acho, caso contrário não o escreveria - tenho aqui à minha frente o Público de hoje, por exemplo...
Jorge: todos os média dominantes estão em acção...
Um abraço.
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