Os EUA - e os seus comparsas habituais - apoiam a ditadura de Mubarak há 30 anos.
Nessas três décadas nunca se lembraram da «democracia», nem da «liberdade», nem dos «direitos humanos»: pura e simplesmente sustentaram a ditadura que desprezava brutalmente a democracia, a liberdade e os direitos humanos.
Agora, quando o povo saiu à rua, massivamente, a dizer «basta!» e o regime ditatorial se aproxima do seu fim, os EUA - e os seus comparsas habituais - lembraram-se da «democracia», da «liberdade» e dos «direitos humanos»...
Por isso desenvolvem todos os esforços para que ao regime ditatorial de Mubarak - que tem servido fielmente os interesses do grande capital - se suceda um regime «democrático» chefiado por um qualquer mubarak «democrata» - ao serviço dos mesmos interesses...
Tudo isto a confirmar que o grande capital é extremamente pragmático em matéria de defesa dos seus interesses: ora se apresenta como fervoroso defensor da «democracia», ora silencia os fervores «democráticos» e apoia uma qualquer ditadura fascista.
É claro que ele prefere a «democracia» - parece estar provado que explorar em «liberdade» é mais rentável... - mas se a exploração só for possível através da ditadura, ele não hesita.
Ou seja: tudo, menos a Democracia.
(os portugueses conhecem bem - deviam conhecer... - essas duas faces da moeda capitalista:
o mesmo grande capital que foi suporte fundamental do fascismo durante quase meio século, é suporte fundamental da democracia burguesa em que vivemos há quase 35 anos).
Hoje, no Egipto, os EUA - e os seus comparsas habituais - tentam a todo o custo impor a sua «democracia».
E é provável que o consigam.
Em todo o caso, as gigantescas acções de massas das últimas semanas mostram que a força do povo em luta pode ser imparável no caminho que conduz à Democracia.
10 comentários:
Se não se põem a pau, não tarda nada, estão a levar com o "socialismo em liberdade". Já aconteceu noutros lugares...
Abraço.
Infelizmente parece que a «democracia» deles ainda está para durar, de acordo com as notícias que nos deixam chegar.
Um beijo.
O caminho que conduz à Democracia no Egipto está a ser percorrido pelo seu povo. Fazemos votos para que consigam lá chegar.
Um abraço.
Mesmo que ainda não seja desta, esta saída à rua em luta foi um passo importantíssimo no caminho do futuro!
É isso, fascismo e capitalismo são siameses, ambos partilham o despostismo,promovem a fome e a miséria, calam os povos (porque há tanta forma de silenciar um povo´... )e um deles, o capitalismo, tem como disfarce preferido de camuflagem, a "democracia".
A revolução do povo egípcio , para mim, foi (é) um marco de estoicismo e dignidade na LUTA por valores fulcrais numa civilização, e estou convencida que ainda inspirará muitos outros povos nos próximos tempos...
Um beijo,
" Hoje, no Egipto, os EUA - e os seus comparsas habituais - tentam a todo o custo impor a sua «democracia»."
Mas uma coisa não conseguem parar, as manifestação de gente anonima por todo EUA e Canada.
As notícias recebidas do Egito, dão como certa a escolha de Omar Suleiman, na dita transição democrática. Omar Suleiman, é conhecido como "il consiglieri" ou o torturador, também homem de confiança dos E.U.A.
Na jogada política americana, sem ter em conta, as aspirações do povo egipcio ou tunisino, está também a agenda política da Africom e da NATO, ou seja, conquistar e dividir África pelos grandes grupos económicos e financeiros, aliados do império americano.
Nesta próxima guerra, algo está definitivamente consolidado na região: o poder bélico israelita, pago e ajudado pelos E.U.A.
Nada mais, nada menos do que cerca de 400 ogivas nucleares, para casos necessários.
O problema está na seguinte situação: o tamanho de Israel, como país (dimensão da área igual ao Alentejo).
Em caso de guerra entre uma guerrilha árabe e o exército convencional israelita, o último não terá grande sorte. Resta perguntar se a ideia de manter um paiol com 400 ogivas nucleares na zona é boa ou má para a chamada «liberdade e democracia» americana.
(Eduardo)
Dificilmente estes 'democratas' deixam o poleiro quando se instalam. É preciso muita luta, muitas lutas, para os desinstalar. Mas um dia cairão ao chão. Sem sombra de dúvida.
Falta o tal passo em frente...
Um beijo grande.
De qualquer forma o povo mexe!
Antuã
samuel: a quem o dizes!...
Um abraço.
Graciete Rietsch: pode (e vai) demorar ainda a chegar, mas com a luta chegará.
Um beijo.
joão l.henrique: junto os meus aos teu votos.
Um abraço.
Justine: e esse é o dado mais relevante.
Um beijo.
svasconcelos: no Egipto, o que já aconteceu é extremamente importante - veremos o que o futuro no diz em matéria de luta do povo.
Um beijo.
Bolota: se a luta prosseguir... tudo é possível...
Um abraço.
Eduardo: para a «liberdade e democracia» deles, em princípio é bom tudo o que serve os interesses dos EUA...
Um abraço.
Maria: e nem é preciso um passo muito grande...
Um beijo grande.
Antuã: mexe e mexe bem.
Um abraço.
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