Encontrei por aqui um poema de Alexandre O'Neil, e lembrei-me de outro de que gosto muito. Espero que não fique actualizado!
O Medo vai ter tudo Vai ter enredos quase inocentes ouvidos não só nas paredes mas também no chão no tecto no murmúrio dos esgotos e talvêz até (cautela!) ouvidos nos teus ouvidos. O medo vai ter tudo herois(o medo vai ter herois!) a tua voz talvêz talvêz a minha concerteza a deles. Vai ter suspeitas como toda a gente... (Penso no que o medo vai ter e tenho medo que é justamente o que o medo quer)
Para ti e para todos Esperemos que o medo não volte!
Que fazes por aqui, ó gato? Que ambiguidade vens explorar? Senhor de ti, avanças, cauto, meio agastado e sempre s disfarçar o que afinal não tens e eu te empresto, ó gato, pesadelo lento e lesto, fofo no pelo, frio no olhar!
De que obscura forças és morada? Qual o crime de que foste testemunha? Que deus te deu a repentina unha que rubrica esta mão, aquela cara? Gato, cúmplice de um medo ainda sem palavras, sem enredos, quem somos nós, teus donos ou teus escravos?
9 comentários:
Pois... mas dá uma grande trabalhêra e cansa a vista... :-)
Abraço
Pois mas tem de ser, cada vez mais.
Beijos
Isso mesmo, não nos deixemos enrolar... Abraço
Encontrei por aqui um poema de Alexandre O'Neil, e lembrei-me de outro de que gosto muito.
Espero que não fique actualizado!
O Medo
vai ter tudo
Vai ter enredos quase inocentes
ouvidos não só nas paredes
mas também no chão
no tecto
no murmúrio dos esgotos
e talvêz até (cautela!)
ouvidos nos teus ouvidos.
O medo vai ter tudo
herois(o medo vai ter herois!)
a tua voz talvêz
talvêz a minha
concerteza a deles.
Vai ter suspeitas como toda a gente...
(Penso no que o medo vai ter
e tenho medo
que é justamente
o que o medo quer)
Para ti e para todos
Esperemos que o medo não volte!
Abraços da Lagartinha de Alhos Vedros
Sempre desconcertante...
Quando acordas,
e ao abrir os olhos
Tudo que vês ao teu redor;
És tú que pagas
com o teu suor.
Não te esqueças nunca!
Abraço grande
Mas não vamos deixar que nos enrolem mais...
Um beijo grande
Acertada leitura.
CRN
GATO
Que fazes por aqui, ó gato?
Que ambiguidade vens explorar?
Senhor de ti, avanças, cauto,
meio agastado e sempre s disfarçar
o que afinal não tens e eu te empresto,
ó gato, pesadelo lento e lesto,
fofo no pelo, frio no olhar!
De que obscura forças és morada?
Qual o crime de que foste testemunha?
Que deus te deu a repentina unha
que rubrica esta mão, aquela cara?
Gato, cúmplice de um medo
ainda sem palavras, sem enredos,
quem somos nós, teus donos ou teus escravos?
Alexandre O´Neill
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