Robert Gates, secretário da Defesa do Governo de Bush desde há dois anos, continuará a desempenhar iguais funções no Governo de Obama.
São muitos os que têm vindo a pronunciar-se sobre esta decisão de Obama: uns, desagradados e surpresos; outros, agradados e não surpresos.
Percebe-se que assim seja: por um lado, porque a mensagem de mudança lançada por Obama foi ao encontro da vontade e das aspirações de milhões de norte-americanos (e não só) que nela acreditaram e, por isso, votaram no mensageiro; por outro lado, porque outros milhões viram na mensagem um mero, mas certamente poderoso, trunfo eleitoral - trunfo que, obviamente, só Obama podia utilizar, já que ninguém acreditaria em tal coisa dita por McCain, o candidato de Bush...
Entre os desagradados e surpresos, está Loren Thompson, Presidente do Lexington Institute, que reagiu assim à notícia:
«Não consigo perceber como é que Barack Obama, uma pessoa que conseguiu a sua nomeação porque prometeu acabar com a guerra no Iraque, pode manter em funções o homem que esteve à frente dela durante os últimos anos».
É óbvio que Loren Thompson não está a ver bem a situação.
Se não vejamos:
é verdade que Obama discordou de Gates, em 2007, quando este defendeu o envio de mais tropas para o Iraque;
mas é igualmente verdade que essa discordância tinha a ver, essencialmente, com o destino das tropas: como o próprio Obama fez questão de sublinhar no decorrer da sua campanha eleitoral, a prioridade dos esforços de guerra deveria centrar-se no Afeganistão;
e é igualmente verdade que quando Obama esclareceu que o reforço de tropas deveria verificar-se , não no Iraque mas no Afeganistão, Robert Gates - «o homem que esteve à frente dela (da guerra do Iraque) durante os últimos anos» manifestou o seu acordo com o candidato dos democratas.
Está tudo nos conformes, portanto.
E destes conformes, emerge, cada vez mais evidente, esta realidade:
por muitas mudanças que Obama faça ( e poderá vir a fazer algumas) não fará uma única naquilo que é essencial, ou seja, não fará uma única mudança que toque, ainda que levemente, no sistema.
É que o imperialismo norte-americano não dorme em serviço.
São muitos os que têm vindo a pronunciar-se sobre esta decisão de Obama: uns, desagradados e surpresos; outros, agradados e não surpresos.
Percebe-se que assim seja: por um lado, porque a mensagem de mudança lançada por Obama foi ao encontro da vontade e das aspirações de milhões de norte-americanos (e não só) que nela acreditaram e, por isso, votaram no mensageiro; por outro lado, porque outros milhões viram na mensagem um mero, mas certamente poderoso, trunfo eleitoral - trunfo que, obviamente, só Obama podia utilizar, já que ninguém acreditaria em tal coisa dita por McCain, o candidato de Bush...
Entre os desagradados e surpresos, está Loren Thompson, Presidente do Lexington Institute, que reagiu assim à notícia:
«Não consigo perceber como é que Barack Obama, uma pessoa que conseguiu a sua nomeação porque prometeu acabar com a guerra no Iraque, pode manter em funções o homem que esteve à frente dela durante os últimos anos».
É óbvio que Loren Thompson não está a ver bem a situação.
Se não vejamos:
é verdade que Obama discordou de Gates, em 2007, quando este defendeu o envio de mais tropas para o Iraque;
mas é igualmente verdade que essa discordância tinha a ver, essencialmente, com o destino das tropas: como o próprio Obama fez questão de sublinhar no decorrer da sua campanha eleitoral, a prioridade dos esforços de guerra deveria centrar-se no Afeganistão;
e é igualmente verdade que quando Obama esclareceu que o reforço de tropas deveria verificar-se , não no Iraque mas no Afeganistão, Robert Gates - «o homem que esteve à frente dela (da guerra do Iraque) durante os últimos anos» manifestou o seu acordo com o candidato dos democratas.
Está tudo nos conformes, portanto.
E destes conformes, emerge, cada vez mais evidente, esta realidade:
por muitas mudanças que Obama faça ( e poderá vir a fazer algumas) não fará uma única naquilo que é essencial, ou seja, não fará uma única mudança que toque, ainda que levemente, no sistema.
É que o imperialismo norte-americano não dorme em serviço.
7 comentários:
Desagrada estou!
Surpresa,não!
Nada mesmo...
beijos
E assim começa a desfiar-se o rosário de ocasiões em que, mesmo sem ter gosto nisso, terei razão... como previa.
Fernando,
Depois de expulsar a China do continente Africano, o objectivo de Obama será que a Rússia entre em conflicto com os Chineses.
Esperemos para ver, da mesma forma que votou a favor do bombardeio do Paquistão e prescindiu do Iraque como saco de munições.
A revolução é hoje!
Exactamente como dizes. A mim não me surpreende absolutamente nada...
Um beijo grande
A canalha muda, as intenções e os actos são iguais... Este ‘rapaz’ é só mais um do sistema… O País que representa, é o mesmo…
Abraços
Nada surpreendido. O Imperialismo vai continuar o seu caminho. É preciso é que os povos o façam descarrilar.
Ana Camarra: sem surpresas...
Um beijo.
samuel: neste caso, ter razão é o pior...
Um abraço.
crn: esperemos para ver...
Um abraço.
Maria: só se surpreende quem se deixou levar...
Um beijo grande.
Ludo Rex: no fundo é mais do mesmo...
Um abraço.
Antuã: e hão-de fazer, mais cedo que tarde.
Um abraço.
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