O Expresso - à semelhança de todos os seus gémeos (semanários e diários) - prossegue a ingente tarefa de elevar acima dos píncaros da lua a imagem do novo presidente dos EUA.
Assim, integrando «o delírio global pela histórica eleição de Obama», e a propósito de Obama ser negro, o Expresso pergunta: «E nós, podemos ter um Obama?» - isto é: podemos ter, em Portugal, um presidente negro?
E dirigiu essa pergunta a representantes dos partidos do costume: PS, PSD, CDS/PP e o omnipresente BE - os quais responderam, presumo que em coro, que «não imaginam tal no curto prazo».
Vai daí, o Expresso virou a agulha: resolveu fazer balanço dos negros existentes nas direcções dos partidos portugueses.
E, peremptório, sem sombra de qualquer dúvida, informou assim, preto no branco: «o BE foi o primeiro partido em Portugal a ter um negro nas listas para a sua direcção».
É claro que se trata de uma falsa informação, mas isso não importa, não é verdade?: a falsidade ficou escrita, provavelmente será repetida por outros jornais, e a curto prazo será tida como verdade incontestável...
Obviamente, o Expresso não ouviu nenhum dirigente do PCP.
E como também não fez o trabalho de casa, livrou-se da chatice que era informar com verdade os seus leitores, designadamente dizendo-lhes que ainda o BE não era nascido (muito longe disso!) e já o PCP tinha no seu Comité Central um cidadão negro.
Não é que a questão, em si, seja particularmente relevante: trago-a aqui apenas para lembrar os métodos e práticas a que recorrem os média dominantes para cumprirem as tarefas que lhes estão destinadas.
Neste caso a tarefa de todos os dias que é - eles bem sabem porquê - silenciar e menorizar o PCP e proclamar aos quatro ventos as incomensuráveis virtudes do BE.
Assim, integrando «o delírio global pela histórica eleição de Obama», e a propósito de Obama ser negro, o Expresso pergunta: «E nós, podemos ter um Obama?» - isto é: podemos ter, em Portugal, um presidente negro?
E dirigiu essa pergunta a representantes dos partidos do costume: PS, PSD, CDS/PP e o omnipresente BE - os quais responderam, presumo que em coro, que «não imaginam tal no curto prazo».
Vai daí, o Expresso virou a agulha: resolveu fazer balanço dos negros existentes nas direcções dos partidos portugueses.
E, peremptório, sem sombra de qualquer dúvida, informou assim, preto no branco: «o BE foi o primeiro partido em Portugal a ter um negro nas listas para a sua direcção».
É claro que se trata de uma falsa informação, mas isso não importa, não é verdade?: a falsidade ficou escrita, provavelmente será repetida por outros jornais, e a curto prazo será tida como verdade incontestável...
Obviamente, o Expresso não ouviu nenhum dirigente do PCP.
E como também não fez o trabalho de casa, livrou-se da chatice que era informar com verdade os seus leitores, designadamente dizendo-lhes que ainda o BE não era nascido (muito longe disso!) e já o PCP tinha no seu Comité Central um cidadão negro.
Não é que a questão, em si, seja particularmente relevante: trago-a aqui apenas para lembrar os métodos e práticas a que recorrem os média dominantes para cumprirem as tarefas que lhes estão destinadas.
Neste caso a tarefa de todos os dias que é - eles bem sabem porquê - silenciar e menorizar o PCP e proclamar aos quatro ventos as incomensuráveis virtudes do BE.
10 comentários:
O dramático da questão, se é que se pode considerar dramático, é que o BE não se sente incomodado com tantos elogios e cobertura dos "mídia". Lá vai fazendo o seu papel.
Um abraço
Enquanto todos os partidos "contemplados" se achharem confortáveis nessa posição... os "critérios jornalísticos" não mudarão.
Cabe ao BE desmentir esta afirmação, digo eu!
É sempre a mesma coisa.
Há quanto tempo estará o MC no Comité Central do Partido?
Um beijo grande.
Há quantos anos esse camarada esteve comigo na universidade dos Leões (leia-se Escola do Partido no Lumiar)?!... já nem me lembro. Eu estava muito, mas muito longe de ser avô porque os meus filhos ainda eram meninos.
Aqui, pelas bandas do Zambujal, fizeram a mesma - ou parecida - pergunta mas não se "esqueceram" que existe nas proximidades um militante do PCP...
É por isso que gosto de "viver no campo"!
Até quando poderão eles pensar, que os portugueses (são patetinhas)e não percebem, que o radicalismo verbal do BEs, não condiz, com os ilogios da imprensa escrita e falada?
Há um provérbio português que se aplica a esta situação " não diz a bota com a perdigota".
A resposta justa pode tardar mas não falha.
Abraço
Fernando Samuel
Infelizmente já nos habituámos a esta parcialidade dos meios de comunicação social face ao PCP, o facto é que continuam a ter muito medo de nós, de certa forma isso reconforta-me, é sinal que afinal, fazemos toda a diferença.
beijos
Pois é, a verdade é um pouco chata, então porque não muda-la um pouco? Com um jeitinho fica tudo como nós queremos, pergunta-se a uns poucos, os do costume, exclui-se um, o do costume, e invrtem-se factos históricos para que o Mundo fique "ordenado" (como dizia Camões). Um abraço
...E o Be, prestando-se ao jogo, agradece reconhecido...
rui silva
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