Prosseguem as investigações em torno do «caso BPN», ou seja: da falência fraudulenta do Banco Português de Negócios.
Continuam a chegar notícias várias, género:
- procura-se o paradeiro de 130 milhões de euros correspondentes à venda de uma empresa no Brasil;
- as «ligações do Grupo BPN chegam a deputados do PSD-Madeira; etc, etc.
Por seu turno, Luís Filipe Menezes causou alguma sensação com declarações produzidas anteontem.
Disse ele: «Recebi nessa altura profundas críticas ameaçadoras, algumas por escrito, de alguns ex-ministros que não queriam que avançasse a fiscalização à supervisão bancária (...) por isso tive a demissão de membros da minha comissão política nacional porque eram accionistas de referência do BPN e tinham medo que a supervisão bancária fosse tocar nos interesses, porventura, de instituições financeiras que não estavam a funcionar de acordo com os padrões de transparência de um Estado de Direito».
A meu ver, estas declarações do ex-líder do PSD constituem preciosos contributos para a investigação em curso - tanto mais quanto, solicitado a dizer se os «ex-ministros» estavam ligados ao PSD, Menezes declarou enigmáticamente: «são ex-ministros de Portugal»...
À margem do caso - pelo menos tudo o indica - ficámos a saber que Cavaco Silva recebeu para a sua campanha eleitoral - legalmente, sublinhe-se! - cerca de 100 mil euros em contributos pessoais de personalidades ligadas ao BPN - e que Oliveira e Costa, seu amigo de há, pelo menos, 23 anos, contribuiu pessoalmente com 15 mil euros.
Todavia, a grande NOTÍCIA - pelo menos na minha visão das coisas - é a que nos conta que Dias Loureiro se encontrou, ontem, a seu pedido, com o Presidente da República.
Nesse encontro, o Conselheiro de Estado Dias Loureiro fez questão de garantir solenemente a Cavaco Silva, seu «amigo de há 23 anos», «não ter cometido qualquer irregularidade nas funções empresariais que desempenhou».
Cavaco Silva aceitou a garantia como boa: «Não tenho nenhuma razão para duvidar da afirmação solene que ontem Dias Loureiro me fez».
Assim, Dias Loureiro continuará a pertencer ao Conselho de Estado.
Por mim vou guardar esta NOTÍCIA bem guardada na memória.
Quanto mais não seja, para mais tarde recordar.
Continuam a chegar notícias várias, género:
- procura-se o paradeiro de 130 milhões de euros correspondentes à venda de uma empresa no Brasil;
- as «ligações do Grupo BPN chegam a deputados do PSD-Madeira; etc, etc.
Por seu turno, Luís Filipe Menezes causou alguma sensação com declarações produzidas anteontem.
Disse ele: «Recebi nessa altura profundas críticas ameaçadoras, algumas por escrito, de alguns ex-ministros que não queriam que avançasse a fiscalização à supervisão bancária (...) por isso tive a demissão de membros da minha comissão política nacional porque eram accionistas de referência do BPN e tinham medo que a supervisão bancária fosse tocar nos interesses, porventura, de instituições financeiras que não estavam a funcionar de acordo com os padrões de transparência de um Estado de Direito».
A meu ver, estas declarações do ex-líder do PSD constituem preciosos contributos para a investigação em curso - tanto mais quanto, solicitado a dizer se os «ex-ministros» estavam ligados ao PSD, Menezes declarou enigmáticamente: «são ex-ministros de Portugal»...
À margem do caso - pelo menos tudo o indica - ficámos a saber que Cavaco Silva recebeu para a sua campanha eleitoral - legalmente, sublinhe-se! - cerca de 100 mil euros em contributos pessoais de personalidades ligadas ao BPN - e que Oliveira e Costa, seu amigo de há, pelo menos, 23 anos, contribuiu pessoalmente com 15 mil euros.
Todavia, a grande NOTÍCIA - pelo menos na minha visão das coisas - é a que nos conta que Dias Loureiro se encontrou, ontem, a seu pedido, com o Presidente da República.
Nesse encontro, o Conselheiro de Estado Dias Loureiro fez questão de garantir solenemente a Cavaco Silva, seu «amigo de há 23 anos», «não ter cometido qualquer irregularidade nas funções empresariais que desempenhou».
Cavaco Silva aceitou a garantia como boa: «Não tenho nenhuma razão para duvidar da afirmação solene que ontem Dias Loureiro me fez».
Assim, Dias Loureiro continuará a pertencer ao Conselho de Estado.
Por mim vou guardar esta NOTÍCIA bem guardada na memória.
Quanto mais não seja, para mais tarde recordar.
16 comentários:
Isto já fede, será que vamos conseguir apurar a verdade... Melhor, queremos saber ao certo o que passou e responsabilizar quem se tiver que responsabilizar.
Abraços
Ou para mais tarde... COMPARAR!!! com as declarações que farão os figurões SE a investigação for mesmo prá frente...
Mais um momento Kodac!
Já nem tenho album que chegue!
beijos
Alguém, no futuro, à imagem dos "Gatofedorento", usará estas notícias e declarações para os "Terourinhos Deprimentes"...
Palpita-me que sim. O homem, conhecedor do que aconteceu a Vale Azevedo quando saiu de presidente do Benfica, agarra-se como uma lapa ao cargo de conselheiro de Estado...
A melhor resposta e o maior castigo para todos estes figurões, devia ser o povo a dar-lhes, mas, infelizmente, este povo é sereno demais, e vai continuar votando nesta pandilha!
Abraço grande
Enquanto a populaça votar no Bloco Central de Interesses a corrupção sente-se como peixe na água.
Só é pena que a verdade nunca venha a ser descoberta, deste "caso BPN" como de outros casos de outros bancos. Mas é sempre bom recordar. AH, e acho muito bem que Dias Loureiro se mantenha como Conselheiro de Estado, este sim, o Leal Conselheiro.
... e eu não tenho nenhuma razão para duvidar da existência do pai natal...
... e ainda a procissão não saiu do adro!
Um beijo grande
se o povo abre os olhos eles bem podem dar à sola!
Ainda vamos ver os cavacos e os loureiros a arder na fogueira.
Fernando,
Então, recapitulando:
1º- o edificio da sede do BPN, foi construido por uma empresa do Carlucci.
2º- O filho do Aguiar - o presidente da assembleia geral do BPN - foi convidado à mesa dos Bilderberg durante o ano passado.
3º- Rui Machete, presidente da holding sociedade lusa de negócios, que foi durante anos presidente da mesa do congresso do
PSD, é também presidente da fundação luso americana para o desenvolvimento.
4º- Oliveira e Costa financiou, de forma pessoal, curiosamente como outros quase 100 vigaristas do BPN, num valor conjunto de aproximadamente 100.000€, a campanha de Cavaco
5º- A dita holding vendeu uma empresa no Brasil, pertença de outra empresa do grupo, em off-shore, na madeira, declarando um valor de 126.000€ mas que não apareceu nos livros, nem a empresa nem a venda da mesma "O BPN ocultou 129,5 milhões de euros da venda da empresa brasileira ERGI, em 2006, através de uma sociedade 'off-shore' controlada pelo grupo Sociedade Lusa de Negócios (SLN), apurou a Lusa com base nos registos oficiais
Segundo os registos da Junta Comercial de São Paulo, a ERGI Empreendimentos era detida em 20 por cento pelo BPN e em 80 por cento pela Swiss Finance, uma 'off-shore' que o Banco de Portugal, numa carta remetida em Junho à administração do BPN, a que a Lusa teve acesso, identifica como pertencente à SLN (a proprietária do banco).
Um antigo responsável da SLN, que pediu para não ser identificado, confirmou à Lusa que a Swiss Finance é, de facto, uma das várias sociedades 'off-shore' controladas pelo grupo.
A ERGI foi vendida em Dezembro de 2006 ao grupo brasileiro WTorre, por 135 milhões de euros. Mas no relatório e contas desse ano, a administração do BPN refere um encaixe de apenas 5,5 milhões de euros com a operação, o que significa que os restantes 129,5 milhões de euros não foram incluídos nas contas do banco.
Além deste valor, entre 2003 e 2006 o BPN injectou um total de 242,2 milhões de euros na ERGI Empreendimentos, na forma de empréstimos concedidos pelo Banco Insular de Cabo Verde, uma instituição 'off-shore' que a SLN controlou de forma clandestina durante vários anos.
Os empréstimos concedidos à ERGI não chegaram a ser liquidados, pelo que deverão fazer parte dos cerca de 407 milhões de euros em crédito malparado que, segundo o Banco de Portugal, consta do balanço do Insular".
6º- O Grupo Banco Português de Negócios tem ligações a deputados do PSD-Madeira na Assembleia Regional e «muitos negócios com o Governo da Madeira».
7º- Tranquada Gomes, membro da direcção do grupo parlamentar do PSD-Madeira, é o advogado na região de Abdool Vakil, presidente do Banco Efisa, incluído no grupo BPN.
8º- Além disso, o Efisa tem "representação permanente" da sua sucursal financeira no off-shore na Madeira no escritório que esse advogado mantém com Coito Pita, outro deputado do PSD na Assembleia Regional, banco sem balcões.
9º- Estes dois deputados são membros da direcção do grupo parlamentar regional. Coito Pita é presidente da 1.ª comissão (Política Geral). Tranquada Gomes é presidente da comissão de Regimento e Mandatos.
10º- Ainda, «sem lei de incompatibilidades (na Região da Madeira), os líderes políticos fazem trabalho privado sem limitações».
11º- o Banco Efisa tem sido contratado pelo Governo Regional da Madeira para montar e liderar operações de financiamento para empresas regionais de capitais públicos.
12º- Sem concurso público, aquela instituição do grupo BPN foi escolhida para concretizar a emissão de cinco empréstimos obrigacionistas, no montante total de 190 milhões de euros, para financiamento de quatro sociedades de desenvolvimento e uma de parques empresariais, criadas para contornar a norma de endividamento zero das regiões autónomas.
A operação foi decidida pelo conselho de governo no dia 3 de Outubro de 2002, quase um ano antes de Alberto João Jardim presidir à inauguração da primeira agência do BPN na Madeira, na presença do então presidente da instituição José Oliveira Costa.
e o cavaco, está limpo ou é só o belmiro da empresa que o carlucci orquestrou para poder pagar a venda do nosso país, feita pela corja que o babas preside????
A revolução é hoje!
Para quem não sabe quem é carlucci, é investigar muito pouco sobre os "amigos", amos, do Soares.
A revolução é hoje!
E o bananal continua a crescer!...
Amigo Fernando Samuel:
É 1º vez que entro no blogue. E li um excelente artigo. escreve muito bem e acho que tem toda a razao. essas pessoas que roubam às pessoas humildes e sérias. nao me dão confiança nenhuma. Mais: quando disse ex.ministros do PSD, porque nao, nao se investigar do PS? PS ou PSD, venha o diabo e escolha. foram eles que governam este tempo todo. nunca se sabe. é mais provavelmente que tenha sido no cavaquismo, mas nunca fiando, não acha?
estou muito triste com o meu país. muito mesmo. so quero que se faça justiça. é preciso justiça e força para aguentar estes palermas.
um grande abraço para si, para o blogue e continue a escrever. força
Ludo Rex: a verdade, verdadinha... se calhar não vai ser apurada...
Um abraço.
chalana: aguardemos, então, pelo tempo da comparação...
Abraço grande.
anacamarra: ... e como diz a Maria, ainda a procissão não saíu do adro...
Um beijo amigo.
samuel: e certamente será um êxito...
Um abraço.
salvo conduto: ora aí está uma boa comparação...
Um abraço.
poesianopopular: se a luta crescer, cresce o voto contra eles...
Um abraço grande.
antuã: é preciso tirar-lhe a água...
Um avraço.
crixus: o leal conselheiro: bem visto!
Um abraço.
Maria: a ver vamos...
Um beijo grande.
pintassilgo: abrir os olhos: é preciso!...
Um abraço.
Zá Canhão: sabe-se lá...
Um abraço.
crn: excelente recapitulação.
Um abraço, camarada.
José Espremido até ao Tutano: e tudo indica que vai continuar...
Um abraço.
zá malhado: obrigado pela visita e pelo comentário. Volte sempre.
(quando falo em ex-ministros refiro-me aos da política de direita que há 32 anos foi iniciada por Mário Soares)
Um abraço amigo.
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