O «tacho» é, desde há muito, uma instituição nacional - tanto que «arranjar tachos para os amigos» passou a ser uma expressão corrente.
Aliás, falsa, falsíssima, já que, em meu entender, os «tachos» não são uma manifestação de amizade, bem pelo contrário.
Quero eu dizer com isto que aos amigos oferecemos a amizade e deles não esperamos senão a amizade. E acrescento que, a meu ver, não é amigo o que insulta o amigo oferecendo-lhe um «tacho», como não o é o que se ofende a si próprio aceitando-o.
O «tacho» é negócio de compra-venda, é coisa para arranjar aos inimigos ou adversários (ou potenciais inimigos e adversários) em troca do seu silêncio, ou do seu apoio, ou... do que ao comprador mais interessar na ocasião.
Vem tudo isto a propósito de uma notícia divulgada, hoje, em vários jornais e segundo a qual Vítor Ramalho foi convidado - e aceitou - assumir a presidência do Inatel. O convite foi feito pelo ministro do Trabalho, Vieira da Silva.
É claro que postas as coisas assim, aparentemente nada há de anormal no facto: o Inatel tem que ter um presidente; o ministro do Trabalho - que é quem decide nessa matéria - provavelmente estará insatisfeito com o actual presidente (que eu não sei quem é nem para onde vai depois de ser substituído neste cargo...) - pelo que, convidar quem muito bem entenda para o cargo é (será?) um direito que assiste ao ministro.
A razão porque trago aqui o assunto, prende-se tão somente com alguns dados fornecidos pelos jornais que dão a notícia.
Dados que aqui ficam com o convite à vossa reflexão sobre eles:
«Vítor Ramalho é deputado do PS e preside à comissão parlamentar do Trabalho»;
trata-se de um «cargo de particular importância no início da próxima sessão legislativa», porque «esta é a comissão que vai discutir o polémico Código do Trabalho» - matéria sobre a qual, «Vítor Ramalho é uma das poucas vozes críticas na bancada do PS»...
No que me diz respeito, vá lá saber-se porquê..., tudo isto me cheira... àquele cheiro que o tacho - o da cozinha, é claro - exala quando nos esquecemos de apagar o lume...
Para agravar o cheiro, o futuro ex-deputado do PS e Presidente do Inatel, «garantiu» - em voz grossa e forte - que «continuarei a dizer o que penso» e que «não vou mudar uma vírgula»... - que é como quem diz: «a mim ninguém me cala»...
Bom, fico-me por aqui. Caso contrário, o tacho pega e lá se me vai o almoço...
Aliás, falsa, falsíssima, já que, em meu entender, os «tachos» não são uma manifestação de amizade, bem pelo contrário.
Quero eu dizer com isto que aos amigos oferecemos a amizade e deles não esperamos senão a amizade. E acrescento que, a meu ver, não é amigo o que insulta o amigo oferecendo-lhe um «tacho», como não o é o que se ofende a si próprio aceitando-o.
O «tacho» é negócio de compra-venda, é coisa para arranjar aos inimigos ou adversários (ou potenciais inimigos e adversários) em troca do seu silêncio, ou do seu apoio, ou... do que ao comprador mais interessar na ocasião.
Vem tudo isto a propósito de uma notícia divulgada, hoje, em vários jornais e segundo a qual Vítor Ramalho foi convidado - e aceitou - assumir a presidência do Inatel. O convite foi feito pelo ministro do Trabalho, Vieira da Silva.
É claro que postas as coisas assim, aparentemente nada há de anormal no facto: o Inatel tem que ter um presidente; o ministro do Trabalho - que é quem decide nessa matéria - provavelmente estará insatisfeito com o actual presidente (que eu não sei quem é nem para onde vai depois de ser substituído neste cargo...) - pelo que, convidar quem muito bem entenda para o cargo é (será?) um direito que assiste ao ministro.
A razão porque trago aqui o assunto, prende-se tão somente com alguns dados fornecidos pelos jornais que dão a notícia.
Dados que aqui ficam com o convite à vossa reflexão sobre eles:
«Vítor Ramalho é deputado do PS e preside à comissão parlamentar do Trabalho»;
trata-se de um «cargo de particular importância no início da próxima sessão legislativa», porque «esta é a comissão que vai discutir o polémico Código do Trabalho» - matéria sobre a qual, «Vítor Ramalho é uma das poucas vozes críticas na bancada do PS»...
No que me diz respeito, vá lá saber-se porquê..., tudo isto me cheira... àquele cheiro que o tacho - o da cozinha, é claro - exala quando nos esquecemos de apagar o lume...
Para agravar o cheiro, o futuro ex-deputado do PS e Presidente do Inatel, «garantiu» - em voz grossa e forte - que «continuarei a dizer o que penso» e que «não vou mudar uma vírgula»... - que é como quem diz: «a mim ninguém me cala»...
Bom, fico-me por aqui. Caso contrário, o tacho pega e lá se me vai o almoço...
6 comentários:
A tua última frase sacou-me um sorriso...
É evidente porque é que o VR foi o escolhido pelo VS. E embora o 1º diga que vai continuar a dizer blá blá blá o que pensa blá blá, aceitou vender-se que é como quem diz deixou comprar-se para assumir o tacho... que pode até vir a cheirar a esturro..
Mais uma vez, continua tudo ligado...
Um beijo grande
Essa do "a mim ninguém me cala" é um "déja vu". Parece uma mania daquela gente, para disfarçar que estão sempre ao pé do dito tacho.
Em jeito de humor:
Tacho? Será mesmo tacho? Não será antes uma tacha? Ou antes um tachão? E porque não uma tachola? É bem possível que, por vezes (estou a ser amável),ambos fiquem tachados nas grandes comemorações de compadrio.
Se já tem necessidade de apregoar alto e bom som que continuará a dizer isto e aquilo, sem mudar vírgulas... está tudo "queimado", já! :)))
Abraço
Também penso que já está tudo queimado.
maria: é a civilização do tacho...
Um beijo.
alex campos: essa foi o poeta Alegre que a lançou...
Um abraço.
maria teresa: é elevadíssima a taxa de tachos distribuídos pelos afilhados...
samuel: esturrado...
Um abraço.
antuã: é mais do que certo...
Um abraço.
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