Mário Soares escreve às terças no DN e às quintas na Visão.
Regra geral, nos seus textos exibe-se como «homem de esquerda» e nessa condição defende a política de direita do Governo - política por ele iniciada no longínquo ano de 1976.
Soares é assim: mesmo quando ocasionalmente diz uma verdade, foge-lhe sempre a boca para a mentira...
Na Visão de hoje, Soares verte sobre Soljenitsin: «grande escritor russo»; «homem de grande coragem que recusou sempre a mentira»; «herói da guerra contra os nazis»... E mais um conjunto de excelsas qualidades que Soares sabem serem falsas mas que servem o objectivo do escrito: aproveitar em seu favor o anticomunismo cavernícola do russo - ao qual, diga-se em abono da verdade, o anticomunismo gorduroso e viscoso de Soares pede meças...
É assim que, a dada altura, Soares destaca da montanha de feitos de Soljenitsin aquele que considera o maior e mais relevante: «ter mostrado a identidade dos totalitarismos nazi e soviético».
Percebe-se que para esta «conclusão» de Soljenitsin ser tida como boa, Soares tinha que mentir, apresentando-o como um impoluto democrata - e tinha que esconder o Solyenitsin reaccionário, czarista, com assumidas simpatias pelo nazismo, fascista e apoiante de fascistas como Franco e Pinochet, etc., etc.
Daí que sobre tudo isto... nem uma palavra aparece no descarado escrito de Soares.
(Aliás, tantas e tão elogiosas e simpáticas são as referências a Soljenitsin que é legítimo concluir que só por acaso o russo não integrou o núcleo de amigos fixes de Soares, no qual teria oportunidade de conviver fraternalmente com Mobutu, Savimbi, Carlucci e dezenas de outros notáveis apóstolos da liberdade e da democracia...)
Lá para o final do escrito, Soares lembra-se assim: «Lembro-me bem de como na altura da Revolução de Abril os comunistas portugueses nos injuriavam por defendermos Soljenitsin».
Malandros dos comunistas, a injuriarem o inocente Soares e os seus homens! Totalitários, ortodoxos, a injuriarem os angélicos defensores do socialismo de rosto humano...
Para percebermos melhor o que é o Soares - e a desavergonhada sujeira que é a frase acima citada - recorde-se que «na altura da Revolução de Abril» andava o Soljenitsin a fazer discursos reaccionários nos EUA, tendo acontecido até que num desses discursos apelou aos EUA para que interviessem militarmente em Portugal e liquidassem a Revolução de Abril.
Sabe-se que os EUA não intervieram militarmente em Portugal.
Talvez por terem conseguido alcançar por outros meios o objectivo desejado por Soljenitsin.
Por outros meios: através da compra de Soares pai da democraCIA, admirador de Soljenitsin, «homem de esquerda», enfim, sucialista de bochecha humana...
Regra geral, nos seus textos exibe-se como «homem de esquerda» e nessa condição defende a política de direita do Governo - política por ele iniciada no longínquo ano de 1976.
Soares é assim: mesmo quando ocasionalmente diz uma verdade, foge-lhe sempre a boca para a mentira...
Na Visão de hoje, Soares verte sobre Soljenitsin: «grande escritor russo»; «homem de grande coragem que recusou sempre a mentira»; «herói da guerra contra os nazis»... E mais um conjunto de excelsas qualidades que Soares sabem serem falsas mas que servem o objectivo do escrito: aproveitar em seu favor o anticomunismo cavernícola do russo - ao qual, diga-se em abono da verdade, o anticomunismo gorduroso e viscoso de Soares pede meças...
É assim que, a dada altura, Soares destaca da montanha de feitos de Soljenitsin aquele que considera o maior e mais relevante: «ter mostrado a identidade dos totalitarismos nazi e soviético».
Percebe-se que para esta «conclusão» de Soljenitsin ser tida como boa, Soares tinha que mentir, apresentando-o como um impoluto democrata - e tinha que esconder o Solyenitsin reaccionário, czarista, com assumidas simpatias pelo nazismo, fascista e apoiante de fascistas como Franco e Pinochet, etc., etc.
Daí que sobre tudo isto... nem uma palavra aparece no descarado escrito de Soares.
(Aliás, tantas e tão elogiosas e simpáticas são as referências a Soljenitsin que é legítimo concluir que só por acaso o russo não integrou o núcleo de amigos fixes de Soares, no qual teria oportunidade de conviver fraternalmente com Mobutu, Savimbi, Carlucci e dezenas de outros notáveis apóstolos da liberdade e da democracia...)
Lá para o final do escrito, Soares lembra-se assim: «Lembro-me bem de como na altura da Revolução de Abril os comunistas portugueses nos injuriavam por defendermos Soljenitsin».
Malandros dos comunistas, a injuriarem o inocente Soares e os seus homens! Totalitários, ortodoxos, a injuriarem os angélicos defensores do socialismo de rosto humano...
Para percebermos melhor o que é o Soares - e a desavergonhada sujeira que é a frase acima citada - recorde-se que «na altura da Revolução de Abril» andava o Soljenitsin a fazer discursos reaccionários nos EUA, tendo acontecido até que num desses discursos apelou aos EUA para que interviessem militarmente em Portugal e liquidassem a Revolução de Abril.
Sabe-se que os EUA não intervieram militarmente em Portugal.
Talvez por terem conseguido alcançar por outros meios o objectivo desejado por Soljenitsin.
Por outros meios: através da compra de Soares pai da democraCIA, admirador de Soljenitsin, «homem de esquerda», enfim, sucialista de bochecha humana...
16 comentários:
Não esquecendo o facto do Soljenitsin ter sido 1 mau escritor que ganhou o Nóbel por exclusivas razões políticas.
Soljenistsin. Sempre ao serviço do anticomunismo e dos anticomunistas. Até à morte e depois dela porque há sucialistas de bochecha humana (gostei desta!)
Um abraço
A bochecha humana é tão, tão, tão, mas mesmo tão, que, de acordo com o texto (é que não consigo sequer uma pequena discórdia)chega-se à conclusão conclusiva que a grande frustração do Sá Carneiro, o grande guru da direita,é que os americanos sempre confiaram mais no Mário Soares para travarem qualquer veleidade democrática em Portugal.
E assim estamos.
Um abraço.
Soares, um criado de luxo...
Para o Soljenistsin, estou-me lixando e pra o seu admirador estou-me ...ando!
E tenho a certeza que não estou sozinho!
Longe de mim contradizer o autor deste blogue e os seus comentadores, mas vou deixar aqui um testemunho que presto pela primeira vez.
Alexandre Soljenitsin ou Aleksandr Isaevich Solzhenitsyn ajudou-me a ultrapassar uma fase muito má da minha vida com a sua obra "Pavilhão dos Cancerosos".
Em 1970 foi-me diagnosticado um sarcoma, era eu uma jovem com grandes esperanças de vida pela frente, esta obra tinha-me sido oferecida uns dias antes.
Hoje sou incapaz de descrever tudo o que li, mas sei o que senti: o volume era enorme, a escrita óptima, não conseguia parar de ler, o meu pensamento estava ocupado, o terror do cancro bem definido e a ideia de que tudo na vida é efémero.
Aparentemente este "sentir" devia ter-me aterrorizado,derrotado, mas não, incutiu-me uma vontade de lutar, de vencer, de não me deixar abater que ainda hoje me acompanha em várias fases menos boa da minha vida.
Aprendi que mesmo as pessoas que são mais "reptilárias" podem ter alguma utilidade.
chalana: um escritor igual a muitos, muitos, milhares de escritores...
Abraço.
zambujal: e como o anticomunismo é SEMPRE antidemocrático...
Abraço.
alex campos: e eles (os norte-americanos) lá sabiam porquê...
Abraço.
samuel: ... por isso muito bem pago...
Abraço.
josé manangão: estás, até, muito bem acompanhado...
Abraço.
maria teresa: sempre que discorde do que aqui é escrito,não hesite em dizê-lo - as suas discordâncias serão tão bem recebidas como o seu acordo.
Obrigado por honrar o cravo de abril, em primeira mão, com este seu emocionante testemunho - que, além do mais, confirma que mesmo os mais «reptilários« podem, num determinado momento, ter grande, grande utilidade
Um beijo amigo.
Não foi este Soljenitsin que recebeu a cidadania chilena no tempo de Pinochet?
:)))
Um beijo grande
maria: sim, eram amigos de peito...
ESTAS SÃO MAIS UMAS DAS MENTIRAS DE QUE O NOSSO BUCHECHINHAS SEMPRE NOS ENSINOU, ENGANANDO MEIO MUNDO.
hilário: talvez, até, um bocadinho mais do que meio mundo...
Abraço.
Eu quero que o bochechas vá dar uma volta ao bilhar grande.
Eu quero que o bochechas vá dar uma volta ao bilhar grande.
antuã: e que vá lá fora ver se está a chover...
Um abraço.
este senhor, mentiu, sempre aos portugueses, mas continua a achar que é um grande "DEMOCRATA"
já agora samuel, não é um criado de luxo, mas sim de lixo!...
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