O PROGRESSO DAS CIÊNCIAS
Conseguiram encerrar o vento,
retirar a pouco e pouco o ar
e - maravilha! - o povo
resiste ainde e vive.
A asfixia é lenta e os que morrem
parecem ir de morte natural.
Hoje porém os sábios consideram
enganosa essa fórmula que reduz
o paciente à condição de peixe triste.
Pois no repouso fictício a onda
aguarda o luar da maré cheia.
Nas manhãs da terra
as manchas de sangue ganham punhos;
a viva carne cobre o inesperado.
Egito Gonçalves
5 comentários:
pelo sonho é que vamos
"Da matinal canção
ouvem-se já os rumores
ouvem-se já os clamores
ouvem-se já os tambores"
...ou como viria a cantar um certo discípulo,
"Dos teus olhos parados nos meus
que iluminam a noite
sorriem quando chega o dia
e vêem o futuro a chegar
ao alcance das mãos"
Abraço
Dá-me poesia... todos os dias!
Preciso de respirar!
Samuel: não me obrigues a colocar o vinil no prato, dá cá uma trabalheira....
... porque não pões isso tudo em CD (tu mesmo) e vendes aqui aos amigos?
Beijo, Samuel
Um beijo, Fernando Samuel, e obrigada pela poesia que me vais dando... e pelo resto...
Poema lindíssimo! O lirismo ná sai prejudicado ao falar de coisas sérias quando há talento.
Campaniça
o puma:.. e lá chegaremos...
Abraço.
samuel: «Ao alcance das mãos»: é tempo de voltar a ele (aplaudo a sugestão da maria)
Abraço.
maria: há tantos poetas e tantos poemas... juro que terás poesia todos os dias...
Um beijo.
campaniça: é isso: quando há talento, tudo está bem...
Um beijo.
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