Um dia, a senhora - falo, obviamente, de Manuela Ferreira Leite - invocou a excelência do «rigor» e proclamou a suprema valência da «credibilidade».
No dia seguinte, um politólogo, naquele jeito aparentemente distanciado com que os politólogos de profissão usam fingir a sua independência e isenção, sublinhou esse «rigor» e louvou a respectiva «credibilidade».
Nos dias seguintes, o exército de politólogos de serviço adoptou a fórmula, passou a utilizá-la no seu omnipresente discurso mediático - e a imagem de «rigor» e «credibilidade» da senhora correu o País de lés-a-lés.
De tal forma que, mais uns dias passados, a generalidade dos consumidores de comunicação social - do Minho ao Algarve e do intelectual consagrado ao simples cidadão anónimo - tinha assumido como sua a imagem que lhe fora vendida. Nas entrevistas de Verão, que os jornais e revistas fazem a personalidades que vão de férias, a pergunta - o que pensa de Manuela Ferreira Leite? - passou a ser tão inevitável como a resposta: (não gosto muito da senhora, mas) reconheço-lhe rigor e capacidade...
Assim, a imagem foi instalada no conhecimento das pessoas e passou a fazer parte daquele vasto conjunto de saberes incontestáveis que os média dominantes injectam nos seus utentes.
Ou, dito de outra forma: a imagem de «rigor» e «credibilidade» de Manuela Ferreira Leite passou de opinião publicada a opinião pública.
Os objectivos de toda esta operação são os de fazer com que, quando os portugueses não suportarem mais este Sócrates e a sua política de direita, não sonhem com outra solução que não seja... a do «rigor» e da «credibilidade desta Manuela Ferreira Leite - que só é solução para assegurar o prosseguimento da mesmíssima política de direita...
Que é a política que interessa aos grandes grupos económicos e financeiros - que são, como é sabido, os donos dos média dominantes...
E agora digam lá que isto não anda tudo ligado...
No dia seguinte, um politólogo, naquele jeito aparentemente distanciado com que os politólogos de profissão usam fingir a sua independência e isenção, sublinhou esse «rigor» e louvou a respectiva «credibilidade».
Nos dias seguintes, o exército de politólogos de serviço adoptou a fórmula, passou a utilizá-la no seu omnipresente discurso mediático - e a imagem de «rigor» e «credibilidade» da senhora correu o País de lés-a-lés.
De tal forma que, mais uns dias passados, a generalidade dos consumidores de comunicação social - do Minho ao Algarve e do intelectual consagrado ao simples cidadão anónimo - tinha assumido como sua a imagem que lhe fora vendida. Nas entrevistas de Verão, que os jornais e revistas fazem a personalidades que vão de férias, a pergunta - o que pensa de Manuela Ferreira Leite? - passou a ser tão inevitável como a resposta: (não gosto muito da senhora, mas) reconheço-lhe rigor e capacidade...
Assim, a imagem foi instalada no conhecimento das pessoas e passou a fazer parte daquele vasto conjunto de saberes incontestáveis que os média dominantes injectam nos seus utentes.
Ou, dito de outra forma: a imagem de «rigor» e «credibilidade» de Manuela Ferreira Leite passou de opinião publicada a opinião pública.
Os objectivos de toda esta operação são os de fazer com que, quando os portugueses não suportarem mais este Sócrates e a sua política de direita, não sonhem com outra solução que não seja... a do «rigor» e da «credibilidade desta Manuela Ferreira Leite - que só é solução para assegurar o prosseguimento da mesmíssima política de direita...
Que é a política que interessa aos grandes grupos económicos e financeiros - que são, como é sabido, os donos dos média dominantes...
E agora digam lá que isto não anda tudo ligado...
12 comentários:
"Anda tudo ligado" claro que anda!
Mas não acredito que o PSD vença as próximas eleições. Ainda muitos se lembram do "trabalho" de Manuela Ferreira Leite, 1º como Ministra da Educação ( XII Governo Constitucional) e depois como Ministra de Estado e das Finanças (XV Governo Constitucional) As pessoas pouco politizadas, gostam de políticos simpáticos, bonitinhos, a passearem no meio das feiras, mercados e quejandos e ela é a antítese de tudo isto.
Hoje ela contradiz "coisas" que apoiou no passado e nem todos se esquecem, além disso O PSD engoliu-se a si próprio, com "tantos" a querem lugares de destaque.
As próximas eleições vão ser novamente "ganhas" pelo PS, possivelmente com alguma coligação, nunca com o PSD.
Isto é uma mera análise de alguém que, desde há muitos anos estuda comportamentos humanos e os factores que os determinam, eu.
Por enquanto a Direita, ou seja, o Capital, está muito bem servido pelo PS. Mas, como acontece quase sempre, há sempre o acostumado desgaste do poder e então, aí, entra o PSD, com novas roupagens, novo rigor, nova credibilidade, para continuar sempre no mesmo.
Isto até as pessoas abrirem os olhos.
Mas lá iremos, há que lutar, sempre.
Um abraço.
Samuel
De nada serve o (rigor) e a (credibilidade) da tia Manelinha, enquanto esta (porca) que é o PS tiver tetas para dar de mamar, á sua clientela que inclui os barões do PSD.
A coligação PS+PSD, é um facto não precisa de escritura, quanto muito mudará o Presidente, porque o poeta é mais populista, e mesmo assim, é um caso para se ver.
Grandes jogadas estão para acontecer, o papel mais importante é avisar o povo para estas jogadas de bastidores.
Realmente se agissem e trabalhassem mais do que estar sempre com os meus discursos e tipos de protestos, entao o país seria melhor. E agora vamos entrar no periodo da demagogia.
J.Z.Mattos
Ó J.Z.Mattos, desculpe, você faz discursos é?
E vende ou oferece?
Não sei porquê mas, cheira-me a bolôr!
Como diz que vamos entrar no periodo da demagogia, o sr. jogou na antecipação, sinto muito mas vou ficar de fora.
A marosca é feita com "rigor" e à falta de credibilidade, conta com a "credulidade" dos mesmos de sempre...
Abraço
A Manuela não se mistura com a "populaça" e isso retira-lhe algum apoio. Porém, não precisamos dela e quejandos. O que realmente é urgente é mudar de política e isso só nós podemos fazer mesmo que custe aos "fazedores" de discursos demagógicos.
Anda tudo ligado, não...os tugas andam com os neurónios desligados. Primeiro foi o Europeu, agora os JO, este fim de semana começa a bola, como é que têm tempo para pensar nessas coisas?
maria teresa: sim, é bem possível,mas eles não pensam apenas nas próximas eleições eesta «imagem» da MFL é uma reserva - para quando for necessária...
alex campos: de acordo.
josé manangão: PS e PSD têm vindo a revezar-se no Governo ao longo dos últimos 32 anos - e assim farão até... os tirarmos de lá...
J.Z.Mattos: se nos calássemos e fizessemos discursos diferentes...
samuel: e é nessa credulidade que está a questão...
antuã: lutar para derrotar a política de direita e substituí-la por uma política de esquerda...
carlos barbosa de oliveira: pois...
Disseste tudo.
É claro que anda tudo ligado...
Um beijo
Poesianopopular:
Eu disse "demagogia" sobre as proximas eleiçoes em que vamos ver os politicos a prometer prometer, mas depois nao cumprem. Foi o que quis dizer. Mais nada.
J.Z.Mattos
maria: mas nós cá estamos...
Um beijo.
J.Z.Mattos: «os políticos a prometer, prometer...»: mas há «políticos» e há políticos... e ao contrário do que diz a propaganda da política de direita, os políticos, tal como os partidos, não são todos iguais...
Um abraço.
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