Declaração prévia: dia 7, assistirei ao espectáculo de encerramento da nossa FESTA e, em frente ao palco 25 de Abril, aplaudirei os Xutos&Pontapés.
Antes disso, li a entrevista que o Zé Pedro dos Xutos deu ao Sol, entrevista não tanto para falar de música (o que foi pena), mas essencialmente para falar de política (o que foi pena) - neste caso dupla pena já que o músico se pronunciou sobre política nacional e internacional.
Sobre si próprio, o homem dos Xutos disse ser «de Esquerda», ou seja, «sempre preparado para a mudança e para assumir causas sociais e políticas», graças ao «meu instinto revolucionário».
Está a auto-apresentação feita.
Sobre as eleições presidenciais nos EUA, revelou: «Gostei muito do Clinton e gosto muito da Hillary, mulher com muita força e muita garra», mas... «o Obama está mais fresco politicamente e parece-me consciente nas propostas»
Presumo que seja o «instinto revolucionário» do Zé Pedro a falar...
Sobre o seu posicionamento nacional: «a nível governamental posiciono-me ao lado do PS».
Os caminhos seguidos pelo «instinto revolucionário» são imperscrutáveis...
Sobre a «arrogância de Sócrates» (referida pelo entrevistador), o Zé Pedro não só aplaudiu - «na posição que ocupa e tendo em conta o estado do país é necessário que assim seja» - como fez profissão de fé: «Continuo a ter esperança em Sócrates».
Eis o «instinto revolucionário» como fonte de esperança...
Sobre se «hoje votaria em Sócrates», clarificou: «Não sei. Ainda tenho tempo para pensar, mas só há três hipóteses: o PS, o Bloco de Esquerda, ou em branco».
Três hipóteses qual delas mais inspirada pelo «instinto revolucionário»...
Sobre o PCP, o Zé Pedro decretou: «o Partido Comunista tem que se adaptar ao mundo de hoje» e tem que deixar de «fechar todas as portas» à unidade da Esquerda.
Neste caso, o «instinto revolucionário» mostrou estar farto de só aplaudir e assumiu, revolucionariamente, a necessidade de estar contra qualquer coisa: calhou ao PCP...
Estou certo de que o PCP vai seguir as instruções do Zé Pedro e vai «adaptar-se», já hoje, ao «mundo de hoje» - que é o mundo do Clinton, da Hillary, do Obama (e mais do Bush-filho, e do Bush-pai, e do Reagan...); e vai adaptar-se, também já hoje, ao mundo do Sócrates ( e mais do Soares, do Cavaco, do Guterres, do Barroso - e, já agora e por arrasto, do Louçã...); e vai adaptar-se todo, da cabeça aos pés, «posicionando-se ao lado do PS», aplaudindo a política de direita, deitando foguetes ao Código do Trabalho... - e, em coerência com todas estas adaptações, o PCP vai, naturalmente, deixar de fazer a Festa do Avante!...; e vai, é claro, abrir «todas as portas» à unidade de esquerda, mobilizando todos os militantes comunistas para... o Teatro da Trindade...
Já ao cair do pano, o Zé Pedro falou das FARC. Neste caso, o seu «instinto revolucionário» impeliu-o a repetir, mais coisa menos coisa, o que o Bush usa dizer sobre a matéria: «as FARC são um grupo terrorista»; «as balas que as FARC disparam são alimentadas pelo tráfico de droga»; «qualquer pessoa com consciência política sabe que as FARC não estão a lutar pela democracia».
Corrijo-me: neste caso não foi apenas o «instinto revolucionário» o causador da afirmação: foi também a «consciência política»...
Não há dúvida: o «instinto revolucionário» e a «consciência política» do Zé Pedro absorveram, quais esponjas sugadoras, todo o sumo da ideologia dominante.
Porquê esta entrevista - política - a quinze dias da Festa do Avante (onde o Zé Pedro vai estar)?
Será que o Zé Pedro se apercebeu do objectivo maior da entrevista e, mesmo assim, decidiu dá-la?
Ou será que caíu inadvertidamente na armadilha cirurgicamnte montada?
Só ele o sabe.
Ele e o seu «instinto revolucionário».
Declaração final: dia 7, assistirei ao espectáculo de encerramento da nossa FESTA e, em frente ao palco 25 de Abril, aplaudirei os Xutos&Pontapés.
Antes disso, li a entrevista que o Zé Pedro dos Xutos deu ao Sol, entrevista não tanto para falar de música (o que foi pena), mas essencialmente para falar de política (o que foi pena) - neste caso dupla pena já que o músico se pronunciou sobre política nacional e internacional.
Sobre si próprio, o homem dos Xutos disse ser «de Esquerda», ou seja, «sempre preparado para a mudança e para assumir causas sociais e políticas», graças ao «meu instinto revolucionário».
Está a auto-apresentação feita.
Sobre as eleições presidenciais nos EUA, revelou: «Gostei muito do Clinton e gosto muito da Hillary, mulher com muita força e muita garra», mas... «o Obama está mais fresco politicamente e parece-me consciente nas propostas»
Presumo que seja o «instinto revolucionário» do Zé Pedro a falar...
Sobre o seu posicionamento nacional: «a nível governamental posiciono-me ao lado do PS».
Os caminhos seguidos pelo «instinto revolucionário» são imperscrutáveis...
Sobre a «arrogância de Sócrates» (referida pelo entrevistador), o Zé Pedro não só aplaudiu - «na posição que ocupa e tendo em conta o estado do país é necessário que assim seja» - como fez profissão de fé: «Continuo a ter esperança em Sócrates».
Eis o «instinto revolucionário» como fonte de esperança...
Sobre se «hoje votaria em Sócrates», clarificou: «Não sei. Ainda tenho tempo para pensar, mas só há três hipóteses: o PS, o Bloco de Esquerda, ou em branco».
Três hipóteses qual delas mais inspirada pelo «instinto revolucionário»...
Sobre o PCP, o Zé Pedro decretou: «o Partido Comunista tem que se adaptar ao mundo de hoje» e tem que deixar de «fechar todas as portas» à unidade da Esquerda.
Neste caso, o «instinto revolucionário» mostrou estar farto de só aplaudir e assumiu, revolucionariamente, a necessidade de estar contra qualquer coisa: calhou ao PCP...
Estou certo de que o PCP vai seguir as instruções do Zé Pedro e vai «adaptar-se», já hoje, ao «mundo de hoje» - que é o mundo do Clinton, da Hillary, do Obama (e mais do Bush-filho, e do Bush-pai, e do Reagan...); e vai adaptar-se, também já hoje, ao mundo do Sócrates ( e mais do Soares, do Cavaco, do Guterres, do Barroso - e, já agora e por arrasto, do Louçã...); e vai adaptar-se todo, da cabeça aos pés, «posicionando-se ao lado do PS», aplaudindo a política de direita, deitando foguetes ao Código do Trabalho... - e, em coerência com todas estas adaptações, o PCP vai, naturalmente, deixar de fazer a Festa do Avante!...; e vai, é claro, abrir «todas as portas» à unidade de esquerda, mobilizando todos os militantes comunistas para... o Teatro da Trindade...
Já ao cair do pano, o Zé Pedro falou das FARC. Neste caso, o seu «instinto revolucionário» impeliu-o a repetir, mais coisa menos coisa, o que o Bush usa dizer sobre a matéria: «as FARC são um grupo terrorista»; «as balas que as FARC disparam são alimentadas pelo tráfico de droga»; «qualquer pessoa com consciência política sabe que as FARC não estão a lutar pela democracia».
Corrijo-me: neste caso não foi apenas o «instinto revolucionário» o causador da afirmação: foi também a «consciência política»...
Não há dúvida: o «instinto revolucionário» e a «consciência política» do Zé Pedro absorveram, quais esponjas sugadoras, todo o sumo da ideologia dominante.
Porquê esta entrevista - política - a quinze dias da Festa do Avante (onde o Zé Pedro vai estar)?
Será que o Zé Pedro se apercebeu do objectivo maior da entrevista e, mesmo assim, decidiu dá-la?
Ou será que caíu inadvertidamente na armadilha cirurgicamnte montada?
Só ele o sabe.
Ele e o seu «instinto revolucionário».
Declaração final: dia 7, assistirei ao espectáculo de encerramento da nossa FESTA e, em frente ao palco 25 de Abril, aplaudirei os Xutos&Pontapés.
23 comentários:
O país está cheio de "revolucionários", vivemos em permanente revolução, que o diga Sócrates e o Zé Pedro. Vou fazer um esforço por me adaptar ao mundo de hoje de forma a não mandá-lo para qualquer parte menos própria.
Ia continuar a escrever mais umas coisas sobre o espírito revolucionãrio quando me dei conta que estaria a gastar um bem que considero precioso: as palavras, por isso as reservo para algo mais proveitoso do que o Zé Pedro, o seu "sol" e que fique bem com o Sócrates.
Exactamente por saber que assistir ao desfile destes (e tantos outros) "amigos da Festa" me iria envenenar cada minuto que lá estivesse é que desde que a organização decidiu que eu tinha deixado de existir enquanto cantor, não sou capaz de visitar a Festa enquanto público, como há dias tentei explicar ao Sérgio Ribeiro (o melhor que me foi possível).
O facto de eu ter deixado de "existir"... é um critério que tenho que aceitar. Ver desfilar com honras de grandes amigos, gente que durante o resto do ano, ou é indiferente ou destila ódio a tudo o que a Festa significa e sobretudo ao partido que a organiza, seria masoquismo... e eu conheço-me!... Reajo mal à dor :)
Pena... porque há tantos amigos para rever, tantos abraços para pôr em dia, tantas cantigas ainda na garganta...
Abraço
Adorei este texto, não conhecia a entrevista, fiquei espantada, para não dizer estarrecida!
A sátira subjacente na sua análise é um must!
Cada vez melhor!
Parabéns!
Afinal quem é este gajo?
Se é quem penso, o gajo é mas é um grandíssimo Hipócrita...um lambe botas de todo o tamanho...Eu vou assistir ao concerto vou aplaudir aos Xutos, mas só se eles merecerem os meus aplausos. Porque eu não sou hipócrita para o tal zé pedra nem num vai! -Que vá aquela parte! que não digo agora.
-Farto destes bandalhos estou eu!
a.ferreira
Ao reler o meu comentário verifiquei que estava com hipótese de dupla interpretação, não gosto de ambiguidades por isso aqui vai.
1º-Fiquei "estarrecida" com as "tolices" ditas pelo Zé Pedro.
2º-A "análise" refere-se à feita pelo Fernando Samuel
Então companheiros o Zé Pedro não é os "Xutos"!
É minha convicção que os "Xutos" não vão estar na Festa porque o (ZP)faz parte do grupo, possivelmente ele até irá por profissionalismo, não porque goste de lá ir!
Agora como a Festa funciona para o "Xutos como um cliente, a maneira como o dito se expressa é grosseira e de mau gosto, no mínimo,possívelmente encaixou mais com a entrevista do que vai receber pela actuação na Festa, observando as respostas dadas na entrevista, é minha convicção que ele não foi usado, foi ele mesmo.
Agora atenção camaradas a Festa é nossa, e tem que terminar em grande, o Zé Pedro é um a formiga, estou certo Que alguém dos "Xutos" merece o nosso aplauso maior.
Viva A Festa do Àvante Vivam os X2tos" com ou sem ZP.
Pelo que percebi, o Zé Pedro (XUTOS) vai actuar na FA, mas não tem nada em comum com a ideologia comunista! salvo seja!!! É mais próximo dos frangos de aviário e da social-democracia., é mais in! Zé Pedro “Canta bem mas, não me alegras”.
Quanto ao Samuel,
Pois é…colocou uma questão muito pertinente, dá uma boa e grande discussão (não aqui).
Samuel,
Podias(m) ir à Festa! comias sopa de pedra, a Maria diz que é divinal (oferecida pela Maria) e uma sandes de leitão, com vinho castiço, e ovos-moles (pago eu).
Não tens que ver, nem ouvir quem não queres!
Pensa no assunto!
GR
Pelo que percebi, o Zé Pedro (XUTOS) vai actuar na FA, mas não tem nada em comum com a ideologia comunista! salvo seja!!! É mais próximo dos frangos de aviário e da social-democracia., é mais in! Zé Pedro “Canta bem mas, não me alegras”.
Quanto ao Samuel,
Pois é…colocou uma questão muito pertinente, dá uma boa e grande discussão (não aqui).
Samuel,
Podias(m) ir à Festa! comias sopa de pedra, a Maria diz que é divinal (oferecida pela Maria) e uma sandes de leitão, com vinho castiço, e ovos-moles (pago eu).
Não tens que ver, nem ouvir quem não queres!
Pensa no assunto!
GR
Samuel: verdade. Sinto vontade de te ouvir cantar também lá. na NOSSA festa. e sei que isso vai acontecer. até lá, podias aceitar a sugestão da GR. sopa da pedra e um abraço...
abreijos, como tu costumas dizer
Li a entrevista realmente é foleiro, falar assim do PCP, acaso ele não deve parte do seu sucesso ao PCP. Pelo menos neste momento abstinha-se, mas quanto lhe pagaram pela entrevista ou quantos concertos ou noites como DJ. Como diria o outro “Sou verde, tenho cara de balcão, então vá.. é que para ele "o fim do mês já cá está outra vez" deve ser por isso só mais uns euritos. O homem anda muita mal, já andou a vender aquela coisa da bela vista, a vida está difícil “e nós sempre a esticar”. Viva os Chutos, à grande Avante cada vez mais me apetece lá ir. B M A
Como a Maria acima, não conhecia a entrevista. Também não estava à espera de um grande ímpeto de esquerda de Zé Pedro nem isso era coisa que me preocupasse, mas a verdade é que a entrevista superou todas as minhas expectativas, pela negativa.
Custa-me crer que alguém nessa situação não se aperceba da verdadeira intenção de uma publicação como o Sol.
É um excelente texto e análise. Essa calma ironia é o máximo. Um abraço.
O sr. José Pedro, porque lhe falta “instinto revolucionário” e “consciência política” aceitou ser minhoca e fez muito bem o papel. E esta presunção de carências é em seu benefício, porque, se houvesse instinto e consciência do que estava a fazer, bem pior seria…
Fernando Samuel, para além da denúncia, vem com a sagacidade habitual, prevenir consequências que poderiam ser desagradáveis (e desejadas por quem lançou a provocação), dado o “xuto” de tal “artista”. Há que não morder o isco, que aplaudir – se o merecer, claro – o grupo onde o “artista” se integra e há que, na Festa, ignorar, desprezando, o indivíduo que se prestou a tal serviço. Não por ter as ideias (?) e opiniões (?) que tem, mas por as ter dito assim, ali e nesta altura. Como muito melhor o diz o post.
Agora o comentário do Samuel, que quase me obriga a aqui vir, merece uma reflexão, noutro sítio e tempo. Neste sítio e tempo, apenas quero dizer que, compreendendo que a resistência à dor não é igual para todos, teria(mos) uma grande alegria – e eu sei que muitas vou ter, mas esta não seria das menores – se pudesse abraçar na Festa o homem que nos cantou no Rossio a 1 de Março, o Samuel e a vóvó Maria… nem que tivessem de tomar uns analgésicos antes da sopa de pedra.
Abraços
-O Samuel, bem que podia levar a viola e cantar umas cantigas prá malta num dos recantos da Festa que é nossa.
-Talvez se lhe juntassem outros cantadores e cantadeira e poderia muito bem ser o Ponto Mais Alto da Festa.
a.ferreira
Tão inteligentes que são e nem se dão conta das armadilhas em que caem e que, com a Festa a aproximar-se vão ser cada vez mais. Mas pronto, ficámos a saber das grandes ideias que perpassam o cérebro do sr. José Pedro e de como o seu instinto revolucionário o leva a alinhar com Sócrates (as coisas que ele andou a tomar em novo não o terão atrofiado? às vezes acontece).
PS (salvo seja!): Samuel, era bom ver-te por lá!
ou a erva era rasca, ou a coca era marada...
samuel: diz-me a minha experiência pessoal que este Partido - o PCP - é um imenso colectivo formado por seres humanos, por isso susceptíveis de errar, e que erram muitas vezes. Diz-me essa mesma experiência que esses erros ocorrem com maior frequência quando alguns de nós pensamos/agimos menos no «colectivo» e mais no «individual»...
Por tudo isto, corrigir erros é coisa na qual temos - felizmente... - grande experiência...
E é, estou erto, o que irá acontecer no que respeita à correcção do erro (evidente, flagrante) que referes - e isso acontecerá, não tenho dúvidas, se não nesta Festa na do próximo ano.
Num caso ou noutro, tu fazes falta à Festa: para que os teus amigos te revejam; para, todos, pormos os abraços em dia; para cantares, e nós contigo, as tuas/nossas canções de amor, de ternura, de luta...
Um abraço muito amigo.
salvo conduto: «mandá-lo para qualquer parte menos própria» é, de facto, o que apetece...
Abraço grande.
maria teresa: o seu comentário não é susceptível de outra interpretação que não seja a que, lá à frente confirma explicitamente. Em todo o caso, é sempre agradável tomar contacto com um pessoa que não gosta de ambiguidades.
Obrigado e um abraço amigo.
a.ferreira: e vão merecer, certamente.
Um abraço.
josé manangão: e lá estaremos, como dizes, na Nossa Festa.
Abraço.
gr: que belo programa!...
Um beijo.
antonio lains galamba: vamos, então, à sopa de pedra - para começar...
Abração.
MBA: é isso; cada vez NOS apetece mais ir lá.
Um abraço.
miguel jeri: o mais importante é que... lá nos encontraremos, camarada.
Um abraço.
sérgio ribeiro: e assim dizes tudo o que era necesário dizer...
Abraço grande.
a.ferreira: encontrarmo-nos lá, todos, e convivermos fraternalmente, é a melhor forma de fazermos a Festa...
Um abraço.
aristides: é mais do que certo que lá nos encontaremos, quanto mais não seja para pormos os abraços em dia...
Abraço grande, meu amigo.
julio: não é verdade que «não há Festa como esta»?...
Abraço.
1 Sobre o PCP, o Zé Pedro decretou: «o Partido Comunista (...) tem que deixar de «fechar todas as portas» à unidade da Esquerda.
2. O PCP abriu as portas da Festa do Avante! ao Zé Pedro dos Xutos.
3. Logo o Zé Pedro não é de esquerda.
c. q. d.
Convidam-no a ir e ele diz que o PCP «fecha todas as portas»? Então a Festa do Avante! não é uma manifestação de grande abertura?
Gostava que me elucidassem duma coisa: estou fora de Portugal, mas no outro dia a falar com o meu filho que tem uma banda Rock e já tocou em duas festas do Avante. ele disse-me que quem mandava agora na parte musical eram os Xutos....é isto mesmo está confirmado ????? é que esses gajos politicamente são uns patetas para não lhes chamar outra coisa...esse zé pedro então é um gajo sem carácter, um lacaiozito de merda, um lambe cus...por isso custou-me muito o meu filho dizer-me que a coisa estava nas mãos desses tipos.....mas que loucura,..o qye deu na cabeça do PCP ???? o que se teria passado ???
Aliás os gajos (uma banda de merda ) para mim,...são um produto fantasiado do 25 de Abril, quando coitadinhos se diziam underground e não quererem saber de editoras....assim que apareceu uma...deram-lhes logo o cu !!!
Estou estupefacto com essa situação...a banda é uma plastificação, e os gajos individualmente são uns pedantes pategos, anormais e reaccionários !!!
Quanto ao ZP dos X&P, não há nada que se possa dizer a não ser um grande palavrão, depois de ler algo como a entrevista citada. Isto está directamente relacionado com algumas opções musicais que vêm sendo tomadas, e que culminam neste disparate profundo de não conseguirmos ter na Festa um artista como o Samuel, tendo outros que ideologicamente são o oposto de nós. Mas há mais exemplos. Ainda no ano anterior aconteceu algo digno de registo! Adiante.
Mas como comunista que sou, acredito na mudança das pessoas. E os erros de hoje (e de ontem...) têm de ser corrigidos. Quem sabe se, até, de forma compulsiva. Talvez para o ano haja mudanças.
bjs
Bem, quanto aos Xutos - embora musicalmente uma coisinha mal feita, musiquita mal cantada, enfim -, parece que nem todos os seus elementos serão tão anti-comunistas. Antes pelo contrário. Por isso, neste caso - neste caso concreto - vale a pena tomar isto como mais um dos ataques tradicionalmente desferidos à Festa e ao Partido. Pegaram no elemento mais burrinho, provavelmente.
E a ti, Samuel, como te compreendo. Nos últimos anos tenho vindo a apresentar, nos locais certos, as questões que levantas - e que te ferem pessoalmente como feriram, garanto-te, outros camaradas em circunstâncias não muito diferentes. Como me custa ver o Sérgio Godinho - bandeira bloquista - e não te ver a ti, com qualidades vocais bem superiores e canções que em nada lhe ficam atrás. Mas há muitos exemplos dos quais poderíamos falar - inclusivamente em relação ao que aí vem este ano (já tive alguns enjoos a olhar para o cartaz; também eu estou no mundo da música e sei o que anda por aí). Mas falaremos noutro local. Continuarei a fazê-lo nos sítios certos e, como diz o Fernando Samuel, os erros são para ser apontados e corrigidos - e neste Partido, parece-me que é possível, e também por isso estou nele. Às vezes não se corrigem à primeira.
Mas a Festa é muito mais que esses erros, embora seja difícil não os ver. Tu sabes isso. Outros músicos, grandes músicos, lá estarão - não nos palcos mas, por exemplo, a vender ovos moles - e sei bem do que estou a falar. Também eles sabem, como tu sabes, que a Festa é muito mais que esses erros e que a sua presença, como a tua presença, é fundamental.
Lá nos encontraremos, assim espero.
Fernando Samuel
Companheiro
Esta coisa da minha participação, enquanto cantor, na Festa, não era para ter este "volume"... peço desculpa!
Agora, a resolver-se esse pormenor, que seja de facto para a Festa do próximo ano (ou outra) para que haja tempo de preparar alguma coisa digna da Festa e dos milhares de pessoas, amigas e amigos que lá vão.
Claro que a partir daí, nunca mais se colocará a questão do "desconforto" por visitar a Festa sem estar no Programa. Parafraseando o nosso seleccionador nacional, a Festa não é um espectáculo com lugares cativos...
Temos tempo... oh, se temos!... :)
Grande abraço
Samuel, meu amigo: «temos tempo... oh, se temos» - tempo, até, para falarmos um dia destes.
Um abraço grande para ti.
Enviar um comentário