Maher Arar, engenheiro de computadores, nascido na Síria e com nacionalidade canadiana, foi preso há cinco anos quando, de regresso de uma visita à familia no seu país de origem, o avião em que seguia fez escala no aeroporto de Nova Iorque. Tinha, então, trinta e dois anos.
Acusado de terrorista e de membro da Al-Qaeda, foi encerrado numa prisão norte-americana, colocado em regime de isolamento total e submetido, durante dois anos, a sucessivos interrogórios.
Foi-lhe negada, sempre, qualquer assistência jurídica.
É claro que Maher Arar não foi torturado... Por duas razões essenciais: em primeiro lugar porque, como Bush não se cansa de nos dizer, no seu país a tortura não é permitida por lei...; em segundo lugar porque, de acordo com o mesmo Bush, métodos como «choques eléctricos», «afogamentos simulados» e outros da mesma família, não são considerados «tortura»...
Terminado esse primeiro ciclo de humaníssimos interrogatórios, Maher Arar foi enviado para uma daquelas prisões que os EUA têm, espalhadas por dezenas de países, autorizadas por governos servis e sem ponta de vergonha nem dignidade.
Neste caso, a prisão era no país natal do perigoso terrorista da Al-Qaeda: a Síria.
Ali, o jovem sírio-canadiano foi novamente submetido, durante um ano, a brutais interrogatórios e torturas.
Agora, Maher Arar foi, finalmente, libertado. Os interrogadores e torturadores concluíram que, afinal, não havia «qualquer ligação» do jovem engenheiro de computadores ao terrorismo. Tratara-se, tão somente, de um engano.
Mesmo assim, por precaução, o governo sírio decidiu que o nome de Maher Arar, bem como os nomes de todos os membros da sua família, passam a figurar «na lista de suspeitos de terrorismo».
Por seu lado, esse monstro horrendo que dá pelo nome de Condoleeza Rice - criminosa de guerra e terrorista, co-responsável no assassinato de centenas de milhares de pessoas - limitou-se a dizer, em tom displicente, que «os EUA geriram mal este caso».
Assim vão as coisas nos EUA, berço da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, e bastião sagrado da luta contra o terrorismo - luta para a qual o ministro da justiça de Sócrates acaba de anunciar um contributo precioso: a abertura de uma linha de escutas telefónicas, a cargo dos serviços secretos, «para garantir a segurança nacional, por exemplo, para prevenir um atentado terrorista». Pois.
Acusado de terrorista e de membro da Al-Qaeda, foi encerrado numa prisão norte-americana, colocado em regime de isolamento total e submetido, durante dois anos, a sucessivos interrogórios.
Foi-lhe negada, sempre, qualquer assistência jurídica.
É claro que Maher Arar não foi torturado... Por duas razões essenciais: em primeiro lugar porque, como Bush não se cansa de nos dizer, no seu país a tortura não é permitida por lei...; em segundo lugar porque, de acordo com o mesmo Bush, métodos como «choques eléctricos», «afogamentos simulados» e outros da mesma família, não são considerados «tortura»...
Terminado esse primeiro ciclo de humaníssimos interrogatórios, Maher Arar foi enviado para uma daquelas prisões que os EUA têm, espalhadas por dezenas de países, autorizadas por governos servis e sem ponta de vergonha nem dignidade.
Neste caso, a prisão era no país natal do perigoso terrorista da Al-Qaeda: a Síria.
Ali, o jovem sírio-canadiano foi novamente submetido, durante um ano, a brutais interrogatórios e torturas.
Agora, Maher Arar foi, finalmente, libertado. Os interrogadores e torturadores concluíram que, afinal, não havia «qualquer ligação» do jovem engenheiro de computadores ao terrorismo. Tratara-se, tão somente, de um engano.
Mesmo assim, por precaução, o governo sírio decidiu que o nome de Maher Arar, bem como os nomes de todos os membros da sua família, passam a figurar «na lista de suspeitos de terrorismo».
Por seu lado, esse monstro horrendo que dá pelo nome de Condoleeza Rice - criminosa de guerra e terrorista, co-responsável no assassinato de centenas de milhares de pessoas - limitou-se a dizer, em tom displicente, que «os EUA geriram mal este caso».
Assim vão as coisas nos EUA, berço da liberdade, da democracia e dos direitos humanos, e bastião sagrado da luta contra o terrorismo - luta para a qual o ministro da justiça de Sócrates acaba de anunciar um contributo precioso: a abertura de uma linha de escutas telefónicas, a cargo dos serviços secretos, «para garantir a segurança nacional, por exemplo, para prevenir um atentado terrorista». Pois.
2 comentários:
Eles são capazes de tudo!
Por isso estão preparados para tudo.
São como algumas peças de fruta,muito vistosas por fora,mas,podres por dentro!
A mesma análise tambem se aplica, aos mandantes cá da aldeia.
José Manangão
Revolta, incomoda sabermos da existência de situações tão desumanas e nada podermos fazer.
Até que ponto chega a loucura de um homem e a arbitrariedade de um país!
GR
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