18 de OUTUBRO
Neste dia em que mais de duzentos mil trabalhadores, vindos de todo o País, participaram numa das maiores jornadas de resistência e de luta alguma vez realizadas no nosso País - tema que, certamente, será abordado de forma desenvolvida neste blog - recordamos outro 18 de Outubro: o de 1936 - dia em que, no navio Luanda, foram enviados para o Campo de Concentração do Tarrafal os primeiros 152 resistentes antifascistas.
O Campo da Morte Lenta
Com o avanço do fascismo na Europa, e na decorrência do processo de fascização do Estado promovido por Salazar, o regime fascista criou, em 1936, a «Colónia Penal» do Tarrafal. O objectivo é o de assassinar democratas dos mais combativos e aterrorizar o povo português.
«Quem vem para o Tarrafal vem para morrer»: era assim que dois dos directores do Campo da Morte Lenta - Manuel dos Reis e João da Silva - explicitavam os objectivos da criação do Campo, corroborados pelo médico, Esmeraldo Pais Prata: «Eu não estou aqui para curar doentes, mas para passar certidões de óbito».
A chuva, o vento, o calor, a falta de água e a água inquinada, a má alimentação, os mosquitos, o paludismo, a biliosa, a falta de medicamentos, os trabalhos forçados, a violência dos castigos, a brutalidade dos carcereiros - constituíam os meios necessários para que a tarefa dos carrascos fosse cumprida.
Os 340 antifascistas que estiveram presos no Tarrafal - a maioria dos quais era composta por militantes e simpatizantes comunistas - somaram aí um total de dois mil anos, onze meses e cinco dias de prisão.
32 deles, entre os quais Bento Gonçalves, secretário geral do PCP, foram ali assassinados friamente.
Em 1954, graças à luta do povo português e à solidariedade internacional, o fascismo foi forçado a encerrar o Campo.
Francisco Miguel foi o último preso a sair do Campo de Concentração do Tarrafal - que reabriria doze anos mais tarde, dessa vez para nele encerrar patriotas dos movimentos de libertação das colónias portuguesas.
O Tarrafal foi o espelho do regime fascista.
Aqui fica, então, a nossa homenagem aos homens que, no Campo de Concentração do Tarrafal, resistiram ao fascismo - aos que. morrendo com dignidade, foram fiéis aos seus ideais; aos que, sobrevivendo com dignidade, se mantiveram fiéis a esses ideais.
Neste dia em que mais de duzentos mil trabalhadores, vindos de todo o País, participaram numa das maiores jornadas de resistência e de luta alguma vez realizadas no nosso País - tema que, certamente, será abordado de forma desenvolvida neste blog - recordamos outro 18 de Outubro: o de 1936 - dia em que, no navio Luanda, foram enviados para o Campo de Concentração do Tarrafal os primeiros 152 resistentes antifascistas.
O Campo da Morte Lenta
Com o avanço do fascismo na Europa, e na decorrência do processo de fascização do Estado promovido por Salazar, o regime fascista criou, em 1936, a «Colónia Penal» do Tarrafal. O objectivo é o de assassinar democratas dos mais combativos e aterrorizar o povo português.
«Quem vem para o Tarrafal vem para morrer»: era assim que dois dos directores do Campo da Morte Lenta - Manuel dos Reis e João da Silva - explicitavam os objectivos da criação do Campo, corroborados pelo médico, Esmeraldo Pais Prata: «Eu não estou aqui para curar doentes, mas para passar certidões de óbito».
A chuva, o vento, o calor, a falta de água e a água inquinada, a má alimentação, os mosquitos, o paludismo, a biliosa, a falta de medicamentos, os trabalhos forçados, a violência dos castigos, a brutalidade dos carcereiros - constituíam os meios necessários para que a tarefa dos carrascos fosse cumprida.
Os 340 antifascistas que estiveram presos no Tarrafal - a maioria dos quais era composta por militantes e simpatizantes comunistas - somaram aí um total de dois mil anos, onze meses e cinco dias de prisão.
32 deles, entre os quais Bento Gonçalves, secretário geral do PCP, foram ali assassinados friamente.
Em 1954, graças à luta do povo português e à solidariedade internacional, o fascismo foi forçado a encerrar o Campo.
Francisco Miguel foi o último preso a sair do Campo de Concentração do Tarrafal - que reabriria doze anos mais tarde, dessa vez para nele encerrar patriotas dos movimentos de libertação das colónias portuguesas.
O Tarrafal foi o espelho do regime fascista.
Aqui fica, então, a nossa homenagem aos homens que, no Campo de Concentração do Tarrafal, resistiram ao fascismo - aos que. morrendo com dignidade, foram fiéis aos seus ideais; aos que, sobrevivendo com dignidade, se mantiveram fiéis a esses ideais.
1 comentário:
A quem interessar,e quizer saber da parte mais negra da nossa história recente, aconselho a leitura do maravilhoso romance de JOSÉ CASANOVA "O TEMPO DAS GIESTAS"
Está lá tudo, O que não devia ter acontecido, no TARRAFAL,mas infelismente aconteceu.
Choca-me o facto de alguem tentar branquear este passado negro da nossa história.
josé manangão
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