O IMPÉRIO E AS BOMBAS

PRÓ-AMERICANISTA PRIMÁRIO

José Manuel Fernandes (JMF) começou por ser, enquanto director de um jornal esquerdista, um fogoso anti-americanista, género o imperialismo é um tigre de papel e coisas assim, ou seja: um anti-americanista primário.
Hoje, enquanto director do jornal da SONAE, ele é um dos mais exacerbados propagandistas dos EUA e tem lugar de destaque no exército de pró-americanistas primários que, pago pelo grande capital, ocupa os média nacionais.

Desta vez deu-lhe para, a pretexto das declarações produzidas por Putin, em Mafra, retomar um tema caro a Bush&Cia: que países podem ter armas atómicas. E, embalado, avançou um pouco mais: explicou porquê.
Explicou ele: «A França possui armas atómicas. O Reino Unido também. Tal como o Paquistão e a Índia. Mas a nenhum destes países passa pela cabeça que tenham de utilizá-las num futuro próximo contra qualquer dos países que fazem parte do G8. Em especial contra os Estados Unidos.»

Temos assim que, para JMF, são os EUA e os seus interesses que definem e decidem quem pode ou não pode ter armas atómicas: quem pense utilizá-las contra os EUA, nada, nicles, népia; quem pense utilizá-las contra quem os EUA entendam, à vontade.

Tal critério, revelador de uma postura imperial e totalitária que qualquer Hitler perfilharia integralmente, comporta ainda, neste caso, uma outra curiosidade: JMF, na sua qualidade de propagandista encartado do Império, entende que quem deve definir e decidir quem pode, ou não, ter armas atómicas é, tão somente, o único país que até hoje lançou bombas atómicas sobre populações, assassinando centenas de milhares de inocentes.

O raciocínio de JMF é tão óbvio que até chateia: as bombas fazem-se para matar; o domínio do mundo só vai à bomba, matando quem se opuser - logo, os detentores exclusivos das bombas devem ser, precisamente, os assassinos com experiência feita.
Raciocínio de pró-americanista primário, obviamente.

1 comentário:

Anónimo disse...

Nós não esquecemos o passado,por tudo que ele nos ensinou.
Os (grandes revolucionários)do pós 25 Abril estão hoje bem instalados á custa do voto daqueles que, conseguiram enganar.
Outros ainda mantêm o disfarce, esperando vaga,paraentrar no festim (ver foto poesianopopular.blog.sapo.pt)
josé manangão