POEMA

QUEM SE DÁ AO QUE SE DEVE


Quem se dá ao que se deve
nada deve ao que se dá.
Não raro a distância é breve
da decisão boa à má.
A simples espinha sugere
à razão um peixe inteiro.
Para a pobreza entender
há que sofrê-la primeiro.
O mal é que algo se acate
apenas por boa fé.
Se mau for, má morte o mate.
Se for bom, prove que o é.


Armindo Rodrigues

2 comentários:

Anónimo disse...

O Armindo Rodrigues
Foi uma cerezideira,das palavras!
Junta as pequenas com as grandes e, ficam todas enormes!
Boa escolha para este domingo!
um abraço
José Manangão

Fernando Samuel disse...

josé manangão: «junta as pequenas com as grandes e ficam todas enormes»: bem visto!
Um abraço.