POEMA

ENTRE PATRÃO E OPERÁRIO


Entre patrão e operário,
entre operário e patrão,
o que é extraordinário
é pretender-se união.
Não vista a pele do lobo
quem do lobo a lei enjeita.
A propriedade é um roubo.
Ladrão é quem a aproveita.
Negar a luta de classes
é negar a evidência
de um mundo de duas faces,
de miséria e de opulência.


Armindo Rodrigues

6 comentários:

Anónimo disse...

Esta é, a arte de dizer verdades usando as palavras simples!
Ele sabia que;não valia a pena mascarar as coisas!
Abraço
José Manangão

GR disse...

É esta simplicidade filosófica que nos faz ler, ler e reler este tão grande Poeta.

GR

samuel disse...

E logo a seguir leio esta pérola e passam-me as "maleitas" do post anterior.

Fernando Samuel disse...

josé managão: a verdade é sempre simples como a água que corre...

gr: grande, grande Poeta, sem dúvida.

samuel: talvez porque estas «pérolas» dão mais força ao «qualquer dia, qualquer dia»...

Anónimo disse...

Um poema claro que toda a gente entende.

Fernando Samuel disse...

antuã: que toda a gente entende e que é uma arma de que dispomos na nossa luta.