DOIS MESES DEPOIS
O Sérgio Ribeiro, no seu «anónimo século xxi» - blog inequívocamente assumido política e ideologicamente (o que não é pouco importante) e que tem, ainda, o mérito (igualmente relevante) de ser excelente, logo de visita obrigatória - deu a merecida resposta a uma série de javardices bolsadas no Diário de Notícias por um desses escribas de serviço à ideologia dominante que pululam nos média propriedade do grande capital.
O referido escriba, num vómito intitulado «Os comunistas foram ao cinema»... bom, não vale a pena voltar à imundície: o Sérgio já disse tudo o que sobre o assunto havia a dizer.
No entanto - e só para ver como esta gente funciona - reproduzo um post do Cravo de Abril (27.12.07) no qual se comenta uma informação sobre as opções partidárias do tal «autarca corrupto», dada em primeira mão, precisamente pelo DN...
Aí vai, sem comentários...
A ESCOLHA DE ANTÓNIO
O DN de hoje dedica duas páginas ao mais recente filme de António Pedro Vasconcelos (APV) - «CALL GIRL» - e informa que «a história roda em torno de um autarca corrupto ligado ao PCP».
APV tem todo o direito - senão mesmo o dever - de, nos seus filmes, tratar o tema da corrupção.
Optou pela «corrupção nas autarquias»? Pronto, é uma opção tão legítima como seria abordar a corrupção em qualquer outra área da vida nacional (na Banca, por exemplo - e não falo apenas das últimas sobre o «caso BCP», que bem poderia ser designado por caso BCP/BP/CGD e o mais que se verá...)
Mas APV optou pelas autarquias - ele lá sabe porquê.
Imagino o processo de busca inteligencial seguido pelo autor de «CALL GIRL»: um autarca corrupto?: ora deixa cá ver, António, ora deixa cá ver António, um autarca corrupto, um autarca corrupto... este não, chiça... aquele, nem pensar... ah!, que estúpido que eu sou, está-se mesmo a ver: um comunista!, não estou a ver quem, mas quero lá saber, não me traz qualquer problema, bem pelo contrário, eh, eh, eh, bem pelo contrário, é isso: um comunista: está decidido: temos filme!
Não garanto que o percurso reflexivo do realizador tenha sido rigorosamente este, mas dadas as circunstâncias, é-me legítimo presumir que a sua procura de agulha em palheiro não há-de ter andado longe disto.
Curiosamente, numa das duas páginas do DN acima referidas, o tema da «corrupção nas autarquias» é abordado: vemos seis fotos de autarcas «a braços com a justiça»: três são do PS; dois, do PSD; um, do CDS/PP.
Os restantes são do PCP - a escolha de António.
O Sérgio Ribeiro, no seu «anónimo século xxi» - blog inequívocamente assumido política e ideologicamente (o que não é pouco importante) e que tem, ainda, o mérito (igualmente relevante) de ser excelente, logo de visita obrigatória - deu a merecida resposta a uma série de javardices bolsadas no Diário de Notícias por um desses escribas de serviço à ideologia dominante que pululam nos média propriedade do grande capital.
O referido escriba, num vómito intitulado «Os comunistas foram ao cinema»... bom, não vale a pena voltar à imundície: o Sérgio já disse tudo o que sobre o assunto havia a dizer.
No entanto - e só para ver como esta gente funciona - reproduzo um post do Cravo de Abril (27.12.07) no qual se comenta uma informação sobre as opções partidárias do tal «autarca corrupto», dada em primeira mão, precisamente pelo DN...
Aí vai, sem comentários...
A ESCOLHA DE ANTÓNIO
O DN de hoje dedica duas páginas ao mais recente filme de António Pedro Vasconcelos (APV) - «CALL GIRL» - e informa que «a história roda em torno de um autarca corrupto ligado ao PCP».
APV tem todo o direito - senão mesmo o dever - de, nos seus filmes, tratar o tema da corrupção.
Optou pela «corrupção nas autarquias»? Pronto, é uma opção tão legítima como seria abordar a corrupção em qualquer outra área da vida nacional (na Banca, por exemplo - e não falo apenas das últimas sobre o «caso BCP», que bem poderia ser designado por caso BCP/BP/CGD e o mais que se verá...)
Mas APV optou pelas autarquias - ele lá sabe porquê.
Imagino o processo de busca inteligencial seguido pelo autor de «CALL GIRL»: um autarca corrupto?: ora deixa cá ver, António, ora deixa cá ver António, um autarca corrupto, um autarca corrupto... este não, chiça... aquele, nem pensar... ah!, que estúpido que eu sou, está-se mesmo a ver: um comunista!, não estou a ver quem, mas quero lá saber, não me traz qualquer problema, bem pelo contrário, eh, eh, eh, bem pelo contrário, é isso: um comunista: está decidido: temos filme!
Não garanto que o percurso reflexivo do realizador tenha sido rigorosamente este, mas dadas as circunstâncias, é-me legítimo presumir que a sua procura de agulha em palheiro não há-de ter andado longe disto.
Curiosamente, numa das duas páginas do DN acima referidas, o tema da «corrupção nas autarquias» é abordado: vemos seis fotos de autarcas «a braços com a justiça»: três são do PS; dois, do PSD; um, do CDS/PP.
Os restantes são do PCP - a escolha de António.
3 comentários:
E a originalidade? como querias que ele resolvesse o problema da originalidade senão assim?
Este anticomunismo primário e repugnante acaba por ter efeito contrário ao que se deseja. é que já muita pouca gente acredita que os comunistas comem criancinhas ao pequeno almoço ou dão injecções atrás das orelhas dos velhinhos. Sábado a resposta estará na rua e o escriba do DN vai ficar calado a este respeito que nem um rato. Dignidade não passou por essa gente.
justine: tens razão, a originalidade é o diabo...
antuã: sabes que essa de «comerem criancinhas» ainda foi utilizada, recentemente, na Venezuela, na altura do referendo?
Sábado daremos a resposta... e domingo, segunda, etc, a resposta continua...
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