samuel: agora que me dizes isso, é bem provável que eu tenha escolhido este poema a pensar na Ivone... e, há coisa de duas horas, no Alto de S. João, disse-lhe que este poema lhe é dedicado por NÓS... Um abraço amigo.
antuã: a poesia é uma arma, sabemo-lo há nuito tempo. Abraço amigo.
6 comentários:
Que lindo.....
A ternura com que o Mia Couto escreve....
Obrigada.
Beijo
Para ti Fernando Samuel com um grande abraço!
COMPANHEIROS
Quero
escrever-me de homens
quero
calçar-me de terra
quero ser
a estrada marinha
que prossegue depois do último caminho
e quando ficar sem mim
não terei escrito
senão por vós
irmãos de um sonho
por vós
que não sereis derrotados
deixo
a paciência dos rios
a idade dos livros
mas não lego
mapa nem bússola
porque andei sempre
sobre meus pés
e doeu-me
às vezes
viver
hei-de inventar
um verso que vos faça justiça
por ora
basta-me o arco-íris
em que vos sonho
basta-te saber que morreis demasiado
por viverdes de menos
mas que permaneceis sem preço
Companheiros
Mia Couto
maria: e a ternura é, também, uma componente do nosso ideal, não é?
Um beijo amigo.
ana maria teixeira:obrigado, Ana, por este belíssimo poema. Um beijo amigo.
Bonito poema!
Parece-me muito adequado para dedicar à Ivone...
Acho que nem o Mia nem tu se opôem.
Abraço.
Com poesia também se faz a Revolução.
samuel: agora que me dizes isso, é bem provável que eu tenha escolhido este poema a pensar na Ivone... e, há coisa de duas horas, no Alto de S. João, disse-lhe que este poema lhe é dedicado por NÓS...
Um abraço amigo.
antuã: a poesia é uma arma, sabemo-lo há nuito tempo.
Abraço amigo.
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