A sociedade de consumo é um balcão.
Nela se vende o pão,
se vende o amor,
se vende o sonho, se vende a bondade,
se vende a justiça, se vende o favor,
se vende o acesso à informação,
se vende a modéstia, se vende a vaidade,
se vende a honra, se vende a fé,
se vende a vontade, que é uma ilusão,
se vende a morte, que não o é.
Armindo Rodrigues
12 comentários:
Hoje, a sociedade de consumo chama-se economia de mercado. E está nos tratados dos tratantes
É a primeira vez que vejo na net Armindo Rodrigues....
Obrigada, Camarada!
LIMITADO AO POSSÍVEL
Limitado ao possível que me foge,
o impossível é que me seduz.
Seja logo vitória ter-lhe jus.
Seja já amanhã o dia de hoje.
Armindo Rodrigues
Um abraço camarada
Aristides
Dizer tanto com poucas palavras, e ainda rimando!
É previlégio de alguns, como o Armindo Rodrigues!
Bem hajas Fernando Samuel
josé manangão
Obrigado por trazeres Armindo Rodrigues. A luta continua contra a sociedade onde tudo é um bem económico e, por isso, sujeito a negócio.
A poesia de Armindo Rodrigues sempre actual faz-nos reflectir, dá-nos força para continuarmos a Lutar!
Conheço alguns (poucos) poemas de Armindo Rodrigues, a primeira vez que o li foi no blog do Pedro Namora (Liberdade) depois no livro “Poemas da minha vida” José Casanova, sem esquecer o blog Vermelho Vivo que já o tem referido.
GR
Num registo diferente, tenho contactado com o Armindo Rodrigues através da interessante tradução que ele fez do notável Don Tranquilo de Cholokov.
zambujal: por isso eles não o referendam... democratas espertalhões...
Abraço amigo.
maria: e, no entanto, ele tem mais de vinte(excelentes)livros de poesia publicados...
Beijo amigo.
aristides: VOZ LIVRE
Cale-se o que não se queira.
O que se quer não se cale.
É na claridade inteira
que a claridade mais vale.
Abraço amigo.
josé manangão: o camarada Armindo Rodrigues era (é) um grande, grande poeta.
Abraço amigo.
antuã: um dia destes vou voltar a publicá-lo aqui. Talvez o poema ao Partido.
Abraço amigo.
gr: para além da vasta obra poética, o Armindo Rodrigues escreveu, entre outras coisas, um excelente livro de memórias - sobre o qual os poderes instalados estenderam um espesso manto de silêncio.
Beijo amigo.
joão valente aguiar: ele traduziu, de facto, os dois primeiros volumes do Don Tranquilo (os restantes dois foram traduzidos pelo Mário Braga). Armindo Rodrigues - que era médico - teve um papel destacado, enquanto militante comunista, na resistência ao fascismo. Eu conto-me entre os muitos que, com ele, muito aprenderam sobre CORAGEM.
Abraço amigo.
Fernando Samuel,
O livro chama-se "Memórias"?
Qual a Editora? não encontro na net.
Desculpa a pergunta, mas gostava tanto de o ter!
GR
gr: o livro chama-se «Um Poeta recorda-se. Memória de uma vida» - e foi editado pela Cosmos.
gr: «Memórias» e não «Memória»...
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