BCP/BP/CGD E O MAIS QUE SE VERÁ

ISTO ANDA TUDO LIGADO


Num post de 27 de Dezembro, sugeri que o «caso BCP» bem poderia ser designado por «caso BCP/BP/CGD e o mais que se verá».
Os desenvolvimentos posteriores parecem confirmar o acerto da designação sugerida.

Diz o Público de hoje que a CGD - ainda com Carlos Santos Ferreira como Presidente e Armando Vara como vice-presidente e responsável pelo pelouro do crédito bancário - concedeu empréstimos no montante de mais de 500 milhões de euros para compra de acções no BCP.

Os principais beneficiários desses empréstimos são Joe Berardo, Moniz da Maia, Teixeira Duarte e José Goes Ferreira - este último é «um dos accionistas que está sob investigação das autoridades, dada a sua ligação a uma off-shore que comprou acções do BCP com crédito do próprio banco e que se suspeita que possa ser um testa de ferro do grupo fundado por Jardim Gonçalves».

Com a compra das ditas acções, estes accionistas «reforçaram a sua presença no BCP, o que lhes tem assegurado uma palavra a dizer no combate que se trava pelo controlo do poder no maior banco privado português».
Joe Berardo e Moniz da Maia são, como é sabido, os primeiros proponentes de Carlos Santos Ferreira para a presidência do BCP, numa lista que inclui Armando Vara.

Diz o jornal que, quando a CGD concedeu os empréstimos a estes agora apoiantes da lista de Santos Ferreira para o BCP - em meados de 2007 - «não se previa ainda os acontecimentos recentes».

É caso para perguntar: Quem é que não previa?

Por mim, sinto-me na legitimidade de presumir que esses empréstimos foram concedidos e obtidos por (e a) gente que previa os acontecimentos recentes... mais os que virão a seguir.
Porque, como a vida nos mostra todos os dias, isto anda tudo ligado...

7 comentários:

Antonio Lains Galamba disse...

«eles tratam de tudo por ti! FMI» já lá dizia o José Mário Branco.

vovó disse...

O negócio dos bancos é de facto uma maneira "tremenda" de ganhar dinheiro!
Desde que se iniciou a actividade, cada progresso, cada ideia nova de negócio, vai no sentido de mais porcaria, mais falta de vergonha, mais compadrio, até que não se aguentam e cometem actos que mesmo segundo as leis "deles" constituem crimes...
É como uma vertigem!

samuel disse...

A "Maria" do post anterior, sou eu. O computador é que ainda estava "todo simpatias e só com olhos" para o mail da minha "companheira de viagem", que esteve aqui antes de mim...

Abraço.

Anónimo disse...

Ó Maria...Desculpa minha amiga mas, trocás-te o verbo!
Os bancos não (ganham dinheiro)ROUBAM, são ladrões autorizados!
Agora estou a delirar com a cara daqueles que pensaram, que o senhor comendador tinha ido queixar-se ao PGR porque era uma pessoa honesta...áh áh áh me engana, que eu gosto!
Esta canbada é tudo farinha do mesmomo saco!
josé manangão

GR disse...

Roubam e de que maneira. Rapinam o mais que podem.
Deixamos lá meia dúzia de tostões, eles logo vão surripiar!
O pobre cliente fica sempre a perder.
Depois sabemos que a banca lucra 8,7 milhões por dia.
Ladrões profissionais!
Um escândalo!

GR

Anónimo disse...

Ao ter o dinheiro debaixo do colchão podemos ser roubados ou não; ao ter o nosso dinheiro nos bancos somos roubados todos os dias.

Fernando Samuel disse...

Começou o pai: Era uma vez um banqueiro, homem de grande honestidade...
Interrompeu-o o filho: Essa é verdadeira ou é a fingir?



Abraços e beijos para todos.