VASCO, NOME DE ABRIL

A Comissão Promotora da Associação Conquistas da Revolução promove - no sábado, dia 11, às 11h30 - uma romagem ao cemitério do Alto de S. João, com a qual presta homenagem ao General Vasco Gonçalves por ocasião do sexto aniversário da sua morte.
O Cravo de Abril associa-se a essa homenagem e apela aos seus visitantes para que compareçam e passem palavra a outros amigos.

Entretanto, de hoje até sábado, recordaremos aqui a figura, a obra e o exemplo do Companheiro Vasco.
É a modesta mas muito sentida homenagem do Cravo de Abril a essa figura maior da nossa Revolução.



Da memória do 25 de Abril de 1974 - desse tempo novo de povo feliz nas ruas conquistando a liberdade através do seu exercício pleno e dando os primeiros passos no caminho do processo revolucionário que fez da Revolução de Abril o momento mais luminoso da nossa história colectiva - emerge, límpida e transparente, a figura ímpar de Vasco Gonçalves, como o mais puro e fiel intérprete dos ideais libertadores e transformadores de Abril.
Os quatro governos provisórios de que, durante o curto período de 14 meses, ele foi primeiro-ministro, corresponderam ao período mais exaltante, inovador, criativo e avançado do processo revolucionário.
Com ele, Portugal teve, pela primeira e (até agora) única vez, um primeiro-ministro que se identificava totalmente com os interesses dos trabalhadores, do povo e do País.
Com ele, a classe operária lançou-se ao assalto do céu... avançando para as grandes Conquistas da Revolução: as nacionalizações, o controlo operário, a reforma agrária, a descolonização, a liquidação do capitalismo monopolista de Estado - num processo rumo à construção de uma sociedade sem exploradores nem explorados.
Com ele, o movimento operário e popular, as massas populares em movimento, deram os primeiros passos para a construção da democracia de Abril: uma democracia avançada nas suas componentes social, política, económica e cultural; uma democracia amplamente participada - como nunca, antes, tinha existido em Portugal e nunca, depois, voltou a existir; uma democracia de facto, em que a opinião dos trabalhadores e dos cidadãos era estimulada e ouvida e, por isso, contava, imprimindo ritmos e conteúdos às políticas praticadas.
Com ele, Portugal ergueu-se, pela primeira e (até agora) única vez, como País soberano, independente, livre.
Por tudo isso, o Companheiro Vasco ficará para sempre na memória e no coração dos homens e mulheres de Abril.

8 comentários:

Maria disse...

Às vezes dou-me conta de como é complicado viver na província...
Associo-me à homenagem que este Cravo de Abril faz ao Companheiro Vasco, num abraço cheio de saudade.

Um beijo grande, grande, com saudades.

cid simoes disse...

Recordo com emoção o último comício em Almada. "Vasco, Vasco, Vasco!" Lutou até ao fim.

GR disse...

Seis anos, tanto tempo...contudo, recordo como se fosse hoje;"Força, Força Companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço!" momentos tão emotivos e bonitos que tivemos.

O nosso Vasco nunca será esquecido, pois está sempre ao nosso lado.

BJ

GR

Pintassilgo disse...

O companheiro Vasco caminha ao nosso lado.

Graciete Rietsch disse...

Não estive em Almada. Vivo no Porto. Mas nunca esquecerei o Comício na Av. dos Aliados, nas proximidades do dia 5 de Outubro de 1974.Não esqueço o dia de trabalho não remunerado a que quase todos(julgo que se pode dizer com muito ligeiro erro,todos)aderiram. Não esqueço a esperança, a exaltação, a comoção que vivemos nesse dia maravilhoso e que nos acompanhará pela vida fora, em relação aos ideais de ABRIL, porque essa herança nos foi deixada por ti, COMPANHEIRO VASCO.
Querido, saudoso companheiro a minha hmoneagem associa-se à de todos os que se deslocarem ao cemitério onde repousas.

Um beijo, camarada Fernando Samuel

Fernando Samuel disse...

Maria: até que enfim!...
Um beijo grande com muitas saudades.

cid simões: vale a pena ler, hoje, esse discurso...
Um abraço.

GR: e nós sempre ao lado do seu exemplo de dignidade e coragem.
Um beijo para ti, um abraço para o Alex.

Pitasilgo: Sempre!
Um abraço.

Graciete Rietsch: o teu comentário é lindo, lindo.
Um beijo, camarada.

cid simoes disse...

onde é que o poderei encontrar?

cid simoes disse...

Já encontrei e embora longo vou publicar no meu blog.