A MÃE
De noite
ouvi barulho
na cozinha.
Levantei-me.
Fui ver.
A mãe passava a ferro
os calções que eu devia
levar à escola.
Sentada, mal podia
com o ferro. Longe
um galo já dizia: «O dia aí vai!»
Esfrego os olhos, estremunhado.
e a Mãe:
- O que é filho? Cuidado
não acordes o pai.
Mário Castrim
(in «Poemas do 'Avante!'»
2 comentários:
�s vezes fico a pensar!
Onde ser� que um cr�tico t�o mordaz,guarda toda esta sublime sensibilidade!?
A obra do M�rio Castrim � digna de,uma maior divulga�o.
Vamos esperar!
Jos� manang�o
O Manganão tem razão!
Só um homem de bem, com uma sensibilidade imensa, consegue fazer este poema tão belo à Mulher Mãe!
Porque só uma Mãe se sacrifica até ao limite, pelo bem-estar dos seus.
GR
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