Histórias de Cravos (III)

Fiquem com a última composição, disponível no site da Escola Básica do Primeiro Ciclo de Idanha-a-Nova, sobre a Revolução de Abril. É tão bonita a simplicidade com que as crianças contam as coisas.


Grande vida!

Eu sou um cravo vermelho.

A minha história é muito engraçada.

Tudo começou há 32 anos. Eu e uns amigos meus estávamos numa florista onde havia sempre uma pessoa que falava sempre muito bem do governo, nunca saía dali e escutava as conversas de todos os clientes. Mas eu nunca soube porque ele fazia essas coisas.

No dia 24 de Abril de 1974, às 22 h e 55 m, tocou a canção « E depois do adeus» e às 00 h e 20 m, tocou canção « Grândola Vila Morena ». Depois os soldados começaram a sair e a minha florista foi buscar-me a mim e aos meus amigos. Deu-nos um por cada soldado para nos colocarem nas espingardas.

E em vez de matarem alguém dispararam os cravos.

E agora chamam-me o «Cravo de Abril».

Marta Santos – 3º ano Escola Básica do Primeiro Ciclo de Idanha-a-Nova (26/04/2006)

4 comentários:

Maria disse...

Estas tuas estórias sobre o cravo de abril comovem-me.
Qualquer delas será um excelente post para o próximo 25 de Abril de 2008...

Beijo

Anónimo disse...

Temos de, plantar muitos, com prioridade para os vermelhos, é preciso dar a volta a isto!
E aquí vem-me à memória aquela quadra do poeta "ALEIXO
Entra sempre com doçúra
A mentira p,ra agradar
a verdade é mais dura
pois não pretende enganar
Inventemos uma verdade macia para lhes contar, até que eles percebam que a verdade é realmente dura, mas...vale a pena lutar.
josé manangão

GR disse...

Histórias de encantar!
Acredito-me que a semente dos Cravos de Abril está espalhada e no futuro irá florir.
Que Viva Abril!

GR

Fernando Samuel disse...

«Eu sou um cravo vermelho»
..........................
«E agora chamam-me o "Cravo de Abril"»

Aí está a confirmação de que Abril é o FUTURO.