A DEMOCRACIA DELES

O TACHO


PS e PSD chegaram finalmente a acordo naquela que é a única matéria em que nem sempre há, entre os dois partidos da política de direita, pontos de vista convergentes: O TACHO.
Neste caso, o tacho CGD.

Os candidatos - uns propostos pelo PS, outros pelo PSD - eram nomes de peso.
O partido do Governo apresentou três nomes sonantes: Manuel Pinho, ministro da Economia; Campos Cunha, ex-ministro das Finanças e Maldonado Gonelha, que, se a memória me não falha, iniciou a sua formação financeira na tarefa de «quebrar a espinha à Intersindical»...

O PSD respondeu taco-a-taco, com três pesos pesados: Miguel Cadilhe, que foi ministro de Cavaco Silva; Dias Loureiro, que foi ministro de Cavaco Silva e Eduardo Catroga, que foi ministro de Cavaco Silva.

Seis candidatos com abundante experiência financeira - não apenas pelos cargos que ocuparam mas, essencialmente, pelo montante das remunerações que recebem.
Portanto, cada um deles reunindo todas as condições para ocupar a presidência da pública CGD.
Daí as dúvidas sobre qual seria o eleito.

Afinal havia outro... E depois da peixeirada pública a que assistimos, o Governo optou por Faria de Oliveira - que foi ministro de Cavaco Silva, por isso sendo possuidor de currículo de gabarito semelhante ao dos restantes seis.

Pronto: entendem-se os compadres, encobrem-se as verdades.
E assim termina, em bem, mais um episódio da série A Democracia Deles.

8 comentários:

Maria disse...

Chateia-me ouvir às vezes dizer "a política é uma m....", porque normalmente põe todos os políticos no mesmo saco.
E há farinha que não é do mesmo saco.
Mas a quantidade de desvergonhas durante este (des)governo leva-me a perceber que temos que trabalhar muito mais, ainda, para que estes portugueses saibam que nem toda a farinha é a mesma....

Um abraço

Anónimo disse...

Ao ler o comentário da Maria, veio-me à memória o conto do vigéssimo premiado!
É que:- grande parte dos portuguêses, são assim, acreditam que o vigarista está ali para os ajudar, depois,quando se sentem enganados ou fazem queixa á polícia, ou calam-se com vergonha.
Estou a admitir que...vocês sabem a história do vigéssimo premiado.
josé manangão

Anónimo disse...

os vampiros andam por aí às claras e não têm qualquer pudor.

GR disse...

Isto é que foi uma prenda de natal!!!
Nem todos ficaram felizes, o saco de ratos é grande o queijo, não é para todos.
Já há vozes a regatear. Daqui a uns meses estão-se a arranhar todos novamente.

«A história do vigésimo premiado»???
Não conheço!

GR

Anónimo disse...

Gostei muito desse post e seu blog é muito interessante, vou passar por aqui sempre =) Depois dá uma passada lá no meu site, que é sobre o CresceNet, espero que goste. O endereço dele é http://www.provedorcrescenet.com . Um abraço.

Anónimo disse...

Eu vou contar a história para a Gr
Foi numa tarde de Domingo ali na Praça do Comércio, um vigarista abordou um saloio dizendo: amigo tenho aqui um vigéssimo premiado com 100 contos mas, é Domingo não posso rebatê-lo, se você quizer eu vendo-lhe por 50 contos, e não é que o saloio aceitou.
O pinto de Sousa tambem prometeu 150 mil empregos blá blá blá, vocês viram-nos, eos portuguêses que lhe deram a maioria, onde estão?
josé Manangão

samuel disse...

"Mas quando nos julgarem bem seguros
cercados de bastões e fortalezas
hão-de ruir com estrondo os altos muros
e chegará o dia das surpresas."
(Saramago)

Abraço.

Fernando Samuel disse...

maria:... e que «o PCP é diferente dos que são todos iguais».
Um beijo amigo.

josé manangão: o vigésimo premiado - ou conto do vigário - continua, infelizmente, a ser muito rentável e a corja dominante utiliza-o todos os dias.
Um abraço amigo.

antuã: «eles comem tudo, eles comem tudo» - mas um dia háo-de saber o que é a fome.
Um abraço amigo.

gr: eles oferecem-se sempre boas prendas. À nossa custa, é claro.
Um beijo amigo.

crescenet: obrigado pela visita que retribuirei hoje mesmo.
Um abraço.

samuel: «e chegará o dia das surpresas» - sabemo-lo nós e sabem-no eles.
Um abraço amigo.